Entrei com o Gabriel na enfermaria e vi a moça de longe, ela estava deitada com vários hematomas e um curativo na testa. Tomava um medicamento na véia. Ela chorava baixinho, suplicando alguma coisa enquanto roía as unhas.
Me aproximei, ela estava tão dispersa que não percebeu.
— Oi moça
— Ela prendeu os olhos em mim. Mas não disse nada
—Como está se sentindo? Fui eu que te trouxe até aqui.
— Estou destruída, de todas as formas que uma pessoa possa estar.
Ela respondeu olhando para um ponto da parede com os olhos perdidos
Ela olhou para mim.
— Como vim parar aqui e o meu filho? Cadê o meu filho? Aquele desgraçado fez algo com ele? Ela perguntou com a voz trêmula.
— Sui filho está em segurança moça, está com a minha mãe.
— Sei filho fugiu da sua casa para pedir ajuda enquanto você estava desmaiada. Eu encontrei ele e fiz o que tinha que fazer.
— E o....
— Esse ainda está vivo , mas não por muito tempo. Ele vai sofrer as consequências do que fez com você e com o seu filho. Ele tá preso na minha salinha e lá não sai com vida.
Ela me olhou com curiosidade.
— Você não me conhece?
Ela negou com a cabeça
— Estranho uma pessoa que mora na comunidade não me conhecer.
— Eu não podia sair de casa. Ela respondeu olhando para baixo.
— Eu sou o Cobra, chefe do morro, mas pode me chamar de Gael.
Ela arregalou os olhos assustada
— Não precisa ter medo de mim, só sou ruim com quem merece.
— E qual é o seu nome.
— L-Liz
— Liz, não precisa ter medo, aquele cuzão nunca mais vai encostar um dedo nem em você e nem no seu filho.
— Obrigada
— Amanhã você terá alta e eu vou vim te buscar e te levar até o seu filho. Não precisa se preocupar que ele está muito bem.
— Obrigada.
Ela pegou a minha mão que estava na grade da cama e apertou. Irmão,e arrepiei dos pés a cabeça com dó toque dessa moça. Mas que caralho é isso
Deixei ela no posto, coloquei um vapor de segurança e fui em direção a casa dos meus pais.
Já estava de manhã
— Família, cheguei, falei alto da porta e fui entrando.
Meus pais estavam tomando café da manhã na piscina junto com o Dedé que estava de bermuda brincando na piscina com o rostinho todo feliz.
Minha mãe se levantou e veio me cumprimentar..
— Adorei o netinho que você me deu. Falou toda feliz.
Meu pai ficou brincando com o Dedé e eu fui conversar com a minha mãe.
Contei tudo o que aconteceu e no final ela já estava chorando.
— Meu Deus, meu filho,o quanto que essa criança deve ter sofrido e mesmo assim é um menino doce e educado.
— É que a senhora não viu a mão dele, chega a dar dó. Uma moça jovem, linda, passar por tudo isso.
— Linda é Gael? Minha mãe perguntou maliciosa
— Não vem mãe, só fiquei com dó da moça e vou ajudar.
— Sei... Que pena queria tanto que o Dedé fosse meu netinho.
Balancei a cabeça e sai em direção a piscina.
Meu pai e o Dedé se divertiam.
— E aí amiguinho, tá boa a piscina.
Ele veio até mim
— Tio, e minha mamãe? Ela foi para o céu? Perguntou triste.
— Claro que não, sua mãe tá no hospital, te mandou um beijo e amanhã ela estará em casa
Ele pareceu pensativo.
— Ele vai bater na mamãe de novo.
— Dedé, seu pai foi para um lugar muito longe e não vai mais voltar.
— Ele arregalou os olhos e passou os bracinhos pelo meu pescoço.
— Obrigada tio...sabe eu não gostava dele.
— Ele não vai mais incomodar vocês, vocês teriam vida nova e uma casa nova também.
— E pode visitar o vovô João quando quiser. Meu pai falou e o pequeno correu para os braços dele.
— Dedé então hoje você fica aqui, amanhã vou buscar sua mãe.
— Vamos tirar uma foto sua para mostrar para sua mãe?
Ele concordou feliz, fez eu tirar várias fotos e tirou uma com os meus pais e uma comigo.
— Agora o tio tem que resolver uma coisa e depois vou dormir no hospital com a sua mãe.
Meus pais me olharam rindo.
Meu pai perguntou
— E o desgraçado? Já finalizou?
— Tô agorinha mesmo indo mandar ele para o inferno.
Meu pai me deu um abraço
— Faça que ele sofra muito, a morte é pouco para ele.
Sai da casa dos meus pais e fui em direção a salinha pensando.
Meu pai é bandido e um também, mas ele sempre me tratou com amor e a minha mãe como uma rainha, mesmo sendo do crime temos princípios e não aceitamos essa violência com mulheres e crianças.
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Atualizado até capítulo 34
Comments
Leitora compulsiva
capricha com esse escroto, merece uma morte bem lenta 🤬🔫
2025-08-23
3
Carolzynha
está muito top a história, mais capítulos por favor
2025-08-23
1
jeovana❤
que bom que ela vai pode reconstruir a vida
2025-08-24
1