A ligação

Sarah apertava o volante, os nós dos dedos brancos sob a pressão.

A estrada escura e sinuosa se estendia diante dela, uma fita negra rasgando a noite. A cada curva, a cada sombra projetada pelas árvores, seu coração batia mais forte, um tambor frenético anunciando a chegada do perigo.

Ela estava a fugir, mas sabia que não era uma fuga verdadeira. Brandon estava em algum lugar próximo, tecendo a sua teia de terror ao seu redor.

Ele era uma presença constante, um peso que a oprimia, uma sombra que a perseguia. A cada quilômetro percorrido, a sensação de ser observada se intensificava, como se olhos invisíveis a esperassem através da escuridão.

Seu celular vibrou, o som agudo rasgou o silêncio da noite. Era uma ligação de um número desconhecido. Seu estômago se revirou. Ela sabia quem era. Brandon.

Ela hesitou por um instante, o medo lutando contra a curiosidade. Deveria atender? Era uma armadilha? Mas a curiosidade, essa força insidiosa, a dominou. Com dedos trêmulos, ela atendeu a ligação.

"Alô?" Ela sussurrou, sua voz quase inaudível.

Uma risada rouca ecoou do outro lado da linha, uma risada que a gelou até os ossos. Era a risada de Brandon, fria e ameaçadora, como o sussurro do vento em um cemitério.

"Sarah, minha querida," a voz dele sibilou, carregada de uma ironia cruel.

"Você está tão longe, e ainda assim, tão perto."

Sarah apertou os dentes, tentando manter a calma. "O que quer?

" Ela perguntou, sua voz firme, mas tremendo por dentro.

"Eu quero brincar," ele respondeu, sua voz se aproximando, como se ele estivesse dentro do carro com ela. "Quero ver até onde você pode correr. Quero ver se você é realmente tão esperta quanto pensa."

Ele descreveu o cenário ao seu redor com detalhes assustadores, como se estivesse a observação através de uma câmera escondida. A curva da estrada, a placa de madeira enferrujada, a árvore solitária na beira da estrada. Ele sabia exatamente onde ela estava.

Sarah acelerou, as mãos suando no volante. Ela precisava sair dali, mas para onde poderia ir? Brandon estava por toda parte, seus olhos invisíveis a perseguindo em cada canto da noite. A sensação de impotência a dominou, como se estivesse presa em uma teia de aranha, cada fio mais forte e mais insidioso do que o anterior.

A ligação continuou, Brandon descrevendo cada movimento dela, cada mudança de direção, como se estivesse jogando um jogo cruel, com Sarah como sua presa indefesa. A noite era escura, mas a presença dele era ainda mais escura, mais opressiva, sufocando-a a cada palavra.

A conversa se estendeu, um jogo psicológico brutal, uma batalha de vontades entre o caçador e a presa. Sarah lutava para manter a calma, mas o medo a corroía por dentro, como uma doença incurável. A cada palavra de Brandon, a sensação de desespero se intensificava, afogando-a numa onda de terror. Ela estava sozinha, indefesa, à mercê de um homem que conhecia os seus medos mais profundos e estava determinado a exploração até o fim.

𝙍𝙚𝙨𝙪𝙢𝙤 𝙙𝙤 𝙘𝙖𝙥𝙞́𝙩𝙪𝙡𝙤:

Sarah dirige nervosamente por uma estrada escura e sinuosa, sentindo a presença ameaçadora de Brandon. Ela sabe que ele a está perseguindo e que sua fuga não é uma verdadeira fuga. Seu celular toca com uma ligação de número desconhecido, e ela, apesar do medo, atende, reconhecendo a voz de Brandon. Ele a provoca, descrevendo o cenário ao redor dela com detalhes assustadores, mostrando que sabe exatamente onde ela está. Sarah acelera, sentindo o pânico aumentar, sem saber para onde fugir.

**𝙉𝙤𝙩𝙖 𝙥𝙖𝙧𝙖 𝙙𝙚𝙨𝙘𝙤𝙣𝙩𝙧𝙖𝙞𝙧:**

Ah, o romance moderno! Quem precisa de flores e chocolates quando se tem um stalker que não só sabe onde você está, mas também te liga para narrar sua própria fuga em tempo real?

Brandon, o rei do "stalker chic", prova que a comunicação é a chave... especialmente quando essa comunicação envolve descrever a árvore solitária mais próxima para aumentar a sua ansiedade.

Sarah, minha querida, da próxima vez, talvez um curso de "Como Ignorar Chamadas de Números Desconhecidos e Sobreviver" seja mais útil do que um plano de vingança elaborado. Afinal, ele está apenas tentando "brincar", certo? E quem não ama um joguinho de esconde-esconde onde o perdedor pode acabar em um suspense psicológico?

𝙀𝙢𝙤𝙟𝙞:

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