As sombras da noite se estendiam como tentáculos, envolvendo o ‘trailer’ num abraço frio e sufocante.
O ar estava carregado, pesado, com o cheiro de pinho e medo. Eu, Sarah, estava sentada na cama, com o corpo tenso como um arco prestes a se romper. Meu coração batia um ritmo frenético contra minhas costelas, um tambor frenético anunciando a chegada da tempestade.
Ele estava de volta. Brandon Walton. O meu fantasma. O homem que havia transformado a minha vida em um pesadelo de câmeras escondidas, ameaças sussurradas e o terror constante de sua presença opressiva.
Eu podia senti-lo. Uma presença gelada, uma energia sombria que permeia as paredes finas do trailer. Era como se ele estivesse aqui, respirando ao meu lado, observando cada movimento meu com olhos de gelo.
Correr. Essa era a única coisa que eu sabia fazer. Correr e me esconder. Mas correr não era uma solução. Era uma fuga temporária, uma ilusão de segurança que se desfazia a cada passo.
Eu me levantei, as pernas tremendo, e me dirigi até a janela. A lua, uma bola pálida e solitária no céu negro, lançava longas sombras distorcidas sobre a paisagem desolada. A floresta ao redor do trailer parecia se mover, sussurrando segredos sombrios ao vento.
Brandon. O seu nome era um veneno, uma serpente enroscada no meu coração. Ele era o meu pesadelo, a minha obsessão, o meu algoz. Mas também era uma parte de mim, uma sombra escura que eu não conseguia apagar, por mais que tentasse.
Eu tinha fugido. Eu tinha mudado de cidade, de estado. Eu tinha apagado o meu passado, tentando criar uma nova vida, livre de sua influência maléfica. Mas ele sempre me encontrava. Como um paciente predador, ele esperava o momento certo para atacar, para me arrastar de volta para o seu jogo macabro.
Desta vez, ele estava diferente. Mais silencioso, mais calculista. Não havia mais ameaças explícitas, os gritos furiosos. Era uma presença opressiva, uma ameaça implícita que se insinuava na minha mente, corroendo a minha sanidade.
Eu me sentia observada. Cada movimento, cada respiração, era acompanhado por um olhar invisível, penetrante, que me deixava arrepiada. A sensação de ser presa em uma teia de aranha invisível, cada fio mais forte e mais insidioso do que o anterior.
Eu precisava sair dali. Eu precisava fugir.
Mas para onde? Para onde eu poderia ir para escapar da sombra de Brandon Walton?
A resposta, como sempre, era um enigma doloroso, uma pergunta sem resposta em um labirinto sem saída.
Meu corpo tremia, mas minha mente estava mais clara do que nunca. Eu não iria me deixar destruir. Eu iria lutar. Eu iria enfrentar o meu fantasma. Mesmo que isso significasse a minha própria destruição.
Eu peguei o meu casaco, os meus dedos tremendo enquanto fechava o zíper. Olhei pela última vez para o “trailer”, para a minha pequena e frágil fortaleza, que agora se sentia como uma armadilha. E então, com um suspiro profundo e um nó na garganta, eu saí para a noite, pronta para enfrentar o meu destino.
**𝙉𝙤𝙩𝙖 𝙋𝙖𝙧𝙖 𝙙𝙚𝙨𝙘𝙤𝙣𝙩𝙧𝙖𝙞𝙧:**
Bem-vindos ao mundo de Sarah, onde as únicas coisas que ela não pode escapar são o cheiro de pinho e o seu ex-assassino de vibrações más!
Neste capítulo, temos uma luta épica entre correr para a liberdade e ficar presa em um trailer que mais parece uma casa de terror. Afinal, quem precisa de filmes de suspense quando você tem Brandon Walton como seu "fantasma pessoal"? Prepare-se para uma noite cheia de adrenalina, perseguições e a eterna pergunta: "Para onde eu fujo agora?" Spoiler: o trailer não é exatamente um Airbnb dos sonhos!
𝙚𝙢𝙤𝙟𝙞:
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Atualizado até capítulo 43
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