Capítulo 3 - A Herdeira Será vista

O castelo fervilhava. Músicos afinavam seus instrumentos com precisão, ensaiando pela última vez antes da grande noite. Cozinheiros e servos corriam de um lado para o outro, carregando bandejas, flores e tecidos. Cada canto do salão era cuidadosamente decorado — afinal, não era apenas um baile, mas a apresentação oficial da herdeira do Reino da Estrela.

Do lado de fora, carruagens luxuosas chegavam uma a uma sob o portão real.

Reino da Terra: trouxeram presentes em joias e pedras encantadas. O representante era o jovem príncipe Gael, um diplomata justo e observador.

Reino do Ar: chegou em aeronavios flutuantes, com suas roupas leves e presença elegante. A princesa Ayra veio em nome da rainha-mãe.

Reino do Fogo: por último, em uma carruagem negra de detalhes dourados, chegou Dante, príncipe herdeiro. Cabelos escuros, olhos vermelhos como brasas, com uma postura firme, mas olhar curioso. Ele havia ouvido falar da princesa escondida e quis ver com seus próprios olhos.

Enquanto isso Mariana arrumava Alissa para o grande dia.

O vestido foi colocado com reverência, peça por peça, ajustado como se tivesse sido costurado sob a luz da própria estrela da deusa.

Mariana finalizava o coque de Alissa com pequenos cristais presos entre os fios brancos como a neve. As mechas soltas emolduravam o rosto da jovem, agora levemente maquiado.

— "Sabe..." — disse Mariana suavemente — "Eu sempre quis ter uma menininha para fazer penteados assim."

Alissa sorriu com doçura no espelho. Estava diferente... quase não se reconhecia. Não por causa das joias que seu avô lhe mandou, ou do vestido azul como o céu noturno.

Mas por dentro. Ela estava mudando.

Mais forte.

Mais firme.

Mesmo que ainda sentisse o coração vacilar.

Ela sabia o motivo das joias. Não era um presente. Era um símbolo.

“Vejam como o Império é rico. Vejam como minha neta é poderosa.”

Era só mais uma parte da encenação.

Alissa suspirou, passando a mão sobre o colar pesado com o brasão da deusa estrela. Seus olhos, reluzentes, encontraram os de Mariana no espelho.

— "Você acha que consigo?"

— "Alissa... você nasceu para brilhar. Não porque o rei mandou. Mas porque você é a estrela. A verdadeira." — respondeu Mariana com firmeza. Alissa sorri em resposta mas, ansiedade tomava conta da princesa.

O salão imperial estava abarrotado. O brilho dos lustres refletia nos vestidos, nas joias e nos olhos curiosos dos nobres. A música clássica preenchia o ar, mas mesmo as notas mais suaves não conseguiam esconder o verdadeiro som da noite: as línguas afiadas dos aristocratas.

Rumores corriam de um canto ao outro, como serpentes invisíveis.

— “Ouvi dizer que a herdeira tem olhos de cristal...”

— “Outros dizem que brilha como uma maldição...”

— “Talvez o rei tenha escondido a garota por ser... deformada?”

Oliver, parado em um canto da parede com as mãos cruzadas, ouvia cada palavra com o maxilar travado.

"Deformada?"

Idiotas... pensou, bufando pelo nariz. Se eles ao menos soubessem o quanto Alissa lutou para chegar ali... quantas noites ela passou reprimindo seus poderes, engolindo a dor e o desprezo daquele trono que agora a chamava de “estrela”.

— "Que todos se curvem ao Sol da Nação!" — anunciou um servo com a voz inflada de orgulho.

O salão silenciou. Todos se curvaram.

O Imperador surgiu com a imponência de quem controlava destinos. Seus olhos varreram o salão como lâminas.

— "Podem se levantar."

Ele ergueu os braços. Todos obedeceram. Ele caminhou lentamente até o trono no centro da plataforma elevada. Seu manto escuro parecia devorar a luz ao redor.

— "Hoje..." — começou, com a voz firme — "...vocês conhecerão minha querida neta, Alissa. A Estrela da nossa Nação. Hoje, ela completa dezenove anos, e em breve... será Imperatriz desta terra."

Um burburinho de surpresa e choque percorreu o salão. Imperatriz? Ele a anunciar assim, de maneira tão direta, pegou até os mais influentes de surpresa.

— "Abençoada pela Deusa, Alissa irá proteger e guiar nossa terra para uma nova era. Comam, bebam e celebrem... pois em breve, minha querida neta se juntará a nós."

Oliver sentiu uma pontada no estômago. Neta querida? Quase cuspiu no chão. Aquele velho jamais tratou Alissa com carinho, e agora a usava como peça central de sua encenação imperial.

Enquanto o salão retornava à festa, uma presença nova cruzou as portas principais.

Dante.

O salão pareceu parar. As conversas cessaram por um instante, como se o próprio tempo tivesse prendido o fôlego.

Ele era alto, de pele pálida como porcelana, cabelos negros lisos e olhos cor de âmbar — intensos e selvagens. Trajava um manto carmesim com bordados dourados que reluziam como fogo. Ele andava com a graça de um predador, cercado por três guardas pessoais, mas claramente... não precisava de proteção.

— "É ele..." sussurrou uma lady.

— "Dante, o príncipe do reino de fogo aquele que venceu o campo de Marelos sozinho..."

O príncipe herdeiro de um império inimigo.

Temido. Respeitado.

E agora... convidado pessoal do Imperador.

Oliver ficou em alerta. O olhar de Dante parecia avaliar tudo ao redor como se caçasse algo — ou alguém. Ele não sorriu. Não fez reverência. Apenas encarou o trono com um aceno breve, e se posicionou no salão como se fosse dele.

Enquanto isso no quarto da estrela

Alissa virou-se para o espelho.

E ali estava ela.

Não uma prisioneira dos muros, não uma neta moldada pelas exigências de um rei, mas a herdeira da luz.

— Você está radiante. — disse Mariana, os olhos úmidos.

— Hoje, — respondeu Alissa com voz firme — o mundo verá quem eu sou.

Lá fora, os sinos tocaram.

Estava na hora.

— "Venha, minha menina..." — disse Mariana, abrindo as portas do quarto.

A Estrela da Nação daria seus primeiros passos diante do mundo.

 

O som da orquestra diminuiu como um sussurro na brisa.

Dante, encostado com elegância no parapeito do segundo andar do salão, olhava para o centro do baile com tédio discreto. Seu cálice de vinho oscilava em sua mão, enquanto ele escutava nobres bajuladores discutindo rumores sobre a “princesa escondida”.

— “Dizem que ela nasceu deformada, por isso o rei nunca a mostrou ao mundo.”

— “Ou talvez seja uma criança fraca... incapaz de controlar o dom da deusa.”

Dante ouviu tudo em silêncio, com um meio sorriso irônico. Ele já não esperava muito da noite — mais uma reunião diplomática cheia de rostos falsos, alianças forçadas e mentiras educadas.

Até que o anúncio ecoou:

— “Com o coração da estrela e a bênção da luz... se curvem diante da herdeira da nação: Vossa Alteza, Princesa Alissa.”

O salão ficou em silêncio.

As portas do grande salão se abriram com solenidade.

Tambores rufaram suavemente, seguidos pelo soar delicado das harpas. Os convidados, em seus trajes mais nobres e enfeitados, voltaram-se para a escadaria principal do salão, decorada com flores da estação e lanternas mágicas flutuantes. O murmúrio cessou.

Alissa surgiu no topo da escadaria com a elegância de um sonho.

Dante virou a cabeça com descaso... mas seus olhos se prenderam ao topo da escadaria.

E então ele a viu.

Alissa.

Vestida em um azul celestial que brilhava como safiras sob as luzes do grande lustre. Seus cabelos brancos como a neve caíam em mechas suaves, e os olhos… ah, os olhos.

Dante sentiu o tempo parar.

Aquele olhar o atravessou como uma lâmina de luz. Um azul profundo com uma estrela viva no centro.

Era como encarar o céu da noite e ver, de verdade, a presença de uma deusa diante de si.

Seu coração deu um salto — não de amor, mas de algo mais raro em Dante: admiração verdadeira.

— “Impossível...” ele murmurou, sem perceber que havia parado de respirar por alguns segundos.

A imagem que tinha criado na mente — da filha escondida, frágil e maldita — foi totalmente destruída. O que se erguia agora diante dos nobres era uma jovem que emanava poder, beleza e dignidade. Abençoada. Intocável.

Ele não desviava os olhos dela.

E naquele momento, decidiu:

“Essa princesa... não é uma peça. É uma jogadora.”

E, como bom estrategista, Dante não via beleza como obstáculo — mas como arma.

“Se ela é mesmo a estrela do Império... então vou fazê-la orbitar ao meu redor.”

O cálice de vinho em sua mão tremeu um pouco quando ele deu o primeiro passo na multidão.

Seu interesse agora era claro — e perigoso.

Todos se curvaram. Um silêncio reverente tomou o salão.

A princesa do Reino do Ar, Lady Arya, observava com os olhos roxos arregalados. Seus cabelos dourados em cascata pareciam brilhar sob as luzes, e mesmo sendo conhecida por sua beleza celestial, ela não conseguiu conter o suspiro ao ver Alissa.

— Ela é... divina, — murmurou Arya, encantada, como se visse uma lenda viva.

Do outro lado do salão, o príncipe do Reino da Terra, príncipe Gael, também observava com olhos atentos. Forte e elegante, com traços firmes e uma aura de nobreza, ele manteve sua expressão serena, mas seus olhos revelavam admiração.

— Então esta é a herdeira escondida... — pensou ele. — O mundo finalmente verá a luz.

Alissa desceu cada degrau sentindo todos os olhares sobre si, mas não se encolheu. Por dentro, seu coração acelerava — mas por fora, ela era pura realeza. Quando chegou ao último degrau, seu olhar se encontrou com o do rei. Ele sorriu, frio e orgulhoso. Ela respondeu com um leve aceno.

O salão explodiu em aplausos.

Alissa caminhou entre os nobres como uma estrela atravessando a escuridão. Ela era a promessa do novo tempo. E todos ali, dos reinos do Ar, da Terra e do Fogo, sabiam: aquela noite marcava o início de uma nova era.

Os sussurros vieram quase que imediatamente, como vento entre folhas, carregando comentários de deslumbramento, surpresa e ambição velada:

— “Impressionante... então era isso que o velho imperador escondia?”

— “Nunca vi olhos assim... parece que carrega a bênção da própria deusa em cada fio de cabelo.”

— “Ela parece uma visão... quase etérea.”

— “Aquela menina tem o sangue da antiga linhagem divina. Agora entendo por que o rei a manteve afastada.”

Outros, mais interesseiros, já murmuravam entre goles de vinho:

— “Se ela realmente subir ao trono, será a mais poderosa imperatriz da história.”

— “Qualquer reino aliado ao dela será invencível...”

— “Imagine só se ela casar com um dos nossos... isso mudaria toda a balança política do continente.”

Até mesmo lordes veteranos, calejados e desconfiados, se mostravam impressionados:

— “A aura dela é inquietante. Como se a própria deusa estivesse nos observando através dela.”

— “É uma estrela, mas também uma arma. O rei forjou bem sua sucessora.”

Sentado em seu trono dourado, com uma taça de vinho rubro em mãos, o Imperador observava tudo com um sorriso vitorioso.

Os olhos semicerrados de prazer, quase como um tigre satisfeito após a caçada.

— “Agora todos veem... a força da minha linhagem.” — murmurou ele para um de seus conselheiros mais próximos, que estava ao seu lado.

— “A nação jamais esquecerá esta noite, majestade. A princesa é o próprio reflexo da deusa.”

O rei bebeu lentamente, saboreando a vitória.

— “Ela não é só bela. É o símbolo do meu poder.”

— “E será usada como tal.”

Alissa passou a caminhar entre os nobres com graça inata. Como uma estrela entre as constelações, sua presença atraía olhares, sorrisos e reverências por onde passava. Nobres, lordes e damas murmuravam elogios, encantados com sua beleza e postura — a herdeira que por tantos anos vivera nas sombras agora brilhava diante de todos.

Entre cumprimentos e palavras gentis, uma figura se destacou em meio à multidão.

A princesa Ayra do Reino do Ar — tão bela quanto uma aurora — aproximou-se com leveza. Seus cabelos dourados reluziam, e seus olhos de um roxo etéreo refletiam verdadeira admiração. Ela se curvou delicadamente diante de Alissa.

— Me curvo diante da estrela da nação. É um prazer finalmente te conhecer, Vossa Alteza, — disse com voz suave e graciosa.

Alissa retribuiu com uma leve reverência e um sorriso gentil.

— O prazer é meu, Alteza. E agradeço imensamente pelos presentes enviados — sua gentileza honra nosso reino, — respondeu com sincera cortesia, encantada com a beleza e postura da princesa.

Ayra sorriu, os olhos cintilando.

— Espero que possamos conversar mais adiante, talvez discutir maneiras de melhorar nossos reinos... juntas.

Alissa assentiu, sentindo uma inesperada afinidade com a jovem princesa.

— Pode ter certeza disso. Será uma honra, princesa.

Ambas sorriram com delicadeza, e antes que o momento fosse encerrado, uma nova presença se aproximou.

príncipe Gael, do Reino da Terra.

Alto, de ombros largos, cabelos longos cor de mel presos em um meio-rabo nobre, e olhos verdes intensos como campos floridos. Ele se curvou diante de Alissa com um charme respeitoso.

— Me curvo diante da estrela da nação. Está deslumbrante, princesa. Sua beleza me deixou completamente sem ar, — disse com um sorriso cativante, tomando a mão de Alissa com reverência e depositando um beijo educado em seus dedos.

Alissa corou levemente, mantendo sua compostura com um sorriso cortês.

— Agradeço suas palavras, príncipe Gael. É uma honra tê-lo em nosso reino. Espero que possamos discutir em breve algumas questões que ficaram adormecidas entre nossos povos.

Gael arqueou as sobrancelhas, surpreso com a firmeza e elegância de Alissa. Logo sorriu, genuíno.

— Aguardo ansiosamente, Vossa Alteza. E permita-me dizer... feliz aniversário.

— Obrigada, — respondeu Alissa, com leveza, e a troca de olhares revelou o respeito imediato que nascia entre eles.

Ao longe, Helena observava com um sorriso que escondia pensamentos sombrios, enquanto o rei, em seu trono elevado, apenas analisava em silêncio. E em algum ponto do salão, disfarçado entre os nobres, alguém de olhos vermelhos e cabelo negro já se aproximava silenciosamente... mas sua hora ainda não havia chegado.

Enquanto os nobres disputavam a atenção de Alissa com elogios, promessas e alianças disfarçadas de elogios educados, o rei apenas observava, como um jogador de xadrez satisfeito ao ver sua peça mais preciosa brilhar sob os olhos do mundo.

Ele sabia que agora, todos queriam um pedaço da estrela. E isso... o deixava no controle.

Alissa caminhou até o trono ao som de aplausos e murmúrios encantados. Os olhos de todos estavam sobre ela, mas os que mais pesavam eram os de seu avô — o homem que moldava sua vida desde o berço.

Ela se curvou diante dele com toda a graça que Mariana lhe ensinara.

— “Eu me curvo diante do sol do Império.”

— “Alissa... está deslumbrante. Como uma verdadeira imperatriz.” — disse o Imperador, com um sorriso satisfeito nos lábios.

Ele estendeu a mão e indicou o assento menor ao lado do seu trono principal — o lugar reservado à futura soberana.

Alissa se sentou, sentindo o peso do ouro que carregava — não apenas o das joias, mas o das expectativas. Seu olhar manteve-se altivo, como treinara, mas por dentro o coração batia com inquietação.

— “Não decepcionou, minha estrela.” — disse ele num tom mais baixo, apenas para ela ouvir, enquanto acenava para os nobres. — “Está vendo todos esses rostos? Estão fascinados. Encantados. Subjugados. Como eu queria.”

Alissa olhou para o salão, os olhos atentos aos sorrisos falsos, às taças erguidas, aos sussurros cobiçosos.

— “Eles não me conhecem, avô. Só veem o que querem ver.”

— “É o suficiente, por enquanto.” — retrucou o rei, frio. — “Eles não precisam conhecer seu coração, Alissa. Só precisam seguir sua luz.”

Ela engoliu em seco.

— “E quanto à minha vontade, ao que eu quero?”

Ele soltou uma risada abafada, sem nem virar o rosto para ela.

— “Vontade é um luxo que líderes não têm, minha querida.”

— “Você nasceu com um dom. E como o próprio destino, vai carregar o peso dele até o fim. Sozinha, se for preciso.”

Alissa apertou as mãos no colo. Sabia que discutir ali era inútil — o rei já a moldava como ferramenta desde o nascimento. Mas não podia impedir o nó em sua garganta.

Ela desviou o olhar para o salão... e encontrou Oliver, ao longe.

Sorrindo para ela. Silencioso. Fiel.

Foi como um sopro de ar fresco.

O rei continuava, satisfeito com sua obra-prima:

— “Logo, começarão as ofertas de alianças. Propostas de casamento. Pactos. Todos a seus pés. Todos querendo sua luz. Use isso, Alissa. É para isso que você nasceu.”

Ela não respondeu.

Mas em sua mente, uma certeza começava a crescer como fogo aceso sob a neve:

— “Eu não fui abençoada para ser uma peça. Fui escolhida para mudar esse império.”

E ao seu lado, o rei sorria, sem imaginar a força que acabara de acender.

Os nobres ainda murmuravam encantados com a beleza celestial de Alissa. Entre eles, os olhos do príncipe Dante estavam fixos nela desde o momento em que ela adentrara o salão — hipnotizado pelo brilho sereno e ao mesmo tempo desafiador daquela presença.

Vestido com trajes formais em tons escuros bordados em prata, o príncipe caminhou pelo tapete dourado com passos firmes, deixando o salão em silêncio conforme se aproximava do trono.

Diante do Imperador, Dante se curvou com elegância, sem tirar os olhos de Alissa.

— "Majestade," disse ele com voz firme, porém respeitosa, "se não for abuso de confiança, gostaria de pedir a honra da primeira dança com a princesa Alissa."

O rei, recostado em seu trono, ergueu a sobrancelha — mas logo seus lábios se curvaram num sorriso satisfeito. Estava exatamente como ele esperava: o príncipe herdeiro do reino mais influente presente era o primeiro a se aproximar da estrela que ele mantivera oculta por tanto tempo.

— "Claro que sim, príncipe Dante." — respondeu o Imperador, com tom orgulhoso.

— "Será mais do que digno de conduzir minha neta na primeira dança desta noite."

Ele então virou-se para Alissa com um olhar firme e autoritário — não era um convite, era uma ordem silenciosa.

Alissa se levantou, seu coração acelerado. Olhou para Dante — seus olhos rubros como brasas, intensos, a observavam como se enxergassem algo além da coroa.

Ele estendeu a mão.

— "Permite-me, estrela da nação?" — disse ele, com um leve sorriso nos lábios.

Ela hesitou por um instante, surpresa pelo jeito como ele a olhava, como se visse a garota por trás da lenda. E então, com delicadeza, colocou sua mão sobre a dele.

— "Com honra, príncipe Dante."

Eles caminharam para o centro do salão, os olhares de todos os presentes acompanhando cada passo. As vozes sussurravam entre si:

— “Ela é mesmo real...!”

— “Parece uma visão divina…”

— “Será que o rei a está prometendo ao príncipe Dante?”

— “Imaginem essa aliança… dois impérios unidos pela estrela e pelo fogo!”

E no trono, o rei apenas observava. O vinho descansava em sua taça intocada.

Seu olhar era de pura vitória.

— "Deixe que todos se curvem. Ela vai brilhar, e brilhar por minha vontade."

Mas ao longe, um outro olhar assistia em silêncio: Oliver.

Firme. Imóvel. Seu coração apertado com a imagem de Alissa dançando com outro.

Mas ele sabia… uma estrela não pode ser enjaulada — nem por amor.

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Comments

·Laius Wytte🔮·

·Laius Wytte🔮·

Não pare, está ótimo!

2025-07-15

1

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Capítulos
1 Capítulo 1 - Luz em silêncio.
2 Capítulo 2 - A Herdeira Escondida.
3 Capítulo 3 - A Herdeira Será vista
4 Capítulo 4 - Dançando com Fogo.
5 Capítulo 5 - Sorrisos Forçados e olhares que queimam
6 Capítulo 6 - Visita Inesperada.
7 Capítulo 7 - Sentimentos Compartilhados.
8 Capítulo 8 - Liberdade momentânea.
9 Capítulo 9 - Segredos nas paredes do castelo.
10 Capítulo 10 - Sentimentos que Nunca chegaram.
11 Capítulo 11 - A voz que Move o reino.
12 Capítulo 12 - Chegada a Vila Colina azul
13 Capítulo 13 - Fios da corrupção.
14 Capítulo 14 - Julgamento
15 Capítulo 15 - Sussuros nas paredes.
16 Capítulo 16 - Início das sombras.
17 Capítulo 17 - Teia invisível
18 Capítulo 18 - Confidências e desconfianças
19 Capítulo 19 - Verdades Sepultadas
20 Capítulo 20 - O cavaleiro E nomeado.
21 Capítulo 21 - A luz antes da tempestade
22 Capítulo 22 - Sombras
23 Capítulo 23 - Máscaras e mentiras
24 Capítulo 24 - Trama silenciosa.
25 Capítulo 25 - Laços
26 Capítulo 26 - O Jogo de tabuleiro Começa
27 Capítulo 27 - Máscaras que caem
28 Capítulo 28 - Então e assim que acaba.
29 Capítulo 29 - Dor, fúria & negação.
30 Capítulo 30 - Dias Cinzentos
31 Capítulo 31 - Até outra vida.
32 Capítulo 32 - Julgamento e perdão.
33 Capítulo 33 - O amanhã Virá
34 Capítulo 34 - União dos reinos
35 Capítulo 35 - Uma Nova era.
36 Capítulo 36 - Dias Felizes
37 Capítulo 37 - Até a eternidade.
38 Capítulo 38 - Noite de felicidade.
39 Capítulo 39 - Sentimentos que Florescem
40 Capítulo 40 - Notícias Felizes
41 Capítulo 41 - Uma amor que Cresce.
42 Capítulo 42 - Nasce uma nova vida.
43 Capítulo 43 - A linhagem continua.
44 Agradecimento
Capítulos

Atualizado até capítulo 44

1
Capítulo 1 - Luz em silêncio.
2
Capítulo 2 - A Herdeira Escondida.
3
Capítulo 3 - A Herdeira Será vista
4
Capítulo 4 - Dançando com Fogo.
5
Capítulo 5 - Sorrisos Forçados e olhares que queimam
6
Capítulo 6 - Visita Inesperada.
7
Capítulo 7 - Sentimentos Compartilhados.
8
Capítulo 8 - Liberdade momentânea.
9
Capítulo 9 - Segredos nas paredes do castelo.
10
Capítulo 10 - Sentimentos que Nunca chegaram.
11
Capítulo 11 - A voz que Move o reino.
12
Capítulo 12 - Chegada a Vila Colina azul
13
Capítulo 13 - Fios da corrupção.
14
Capítulo 14 - Julgamento
15
Capítulo 15 - Sussuros nas paredes.
16
Capítulo 16 - Início das sombras.
17
Capítulo 17 - Teia invisível
18
Capítulo 18 - Confidências e desconfianças
19
Capítulo 19 - Verdades Sepultadas
20
Capítulo 20 - O cavaleiro E nomeado.
21
Capítulo 21 - A luz antes da tempestade
22
Capítulo 22 - Sombras
23
Capítulo 23 - Máscaras e mentiras
24
Capítulo 24 - Trama silenciosa.
25
Capítulo 25 - Laços
26
Capítulo 26 - O Jogo de tabuleiro Começa
27
Capítulo 27 - Máscaras que caem
28
Capítulo 28 - Então e assim que acaba.
29
Capítulo 29 - Dor, fúria & negação.
30
Capítulo 30 - Dias Cinzentos
31
Capítulo 31 - Até outra vida.
32
Capítulo 32 - Julgamento e perdão.
33
Capítulo 33 - O amanhã Virá
34
Capítulo 34 - União dos reinos
35
Capítulo 35 - Uma Nova era.
36
Capítulo 36 - Dias Felizes
37
Capítulo 37 - Até a eternidade.
38
Capítulo 38 - Noite de felicidade.
39
Capítulo 39 - Sentimentos que Florescem
40
Capítulo 40 - Notícias Felizes
41
Capítulo 41 - Uma amor que Cresce.
42
Capítulo 42 - Nasce uma nova vida.
43
Capítulo 43 - A linhagem continua.
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