Pov's Laura
—Logo você vai conseguir ganhar seu Green Card.— toca no assunto, enquanto dirige.
Balbucio os dedos na porta do veículo, inquieta, e ele percebe.
— Sobre isso, sen....— corrijo o termo, quando me olha por um instante.— Quer dizer, Arthur. Quero agradecer profundamente pelo seu gesto de generosidade. Nenhuma outra pessoa, faria isso que você fez, pra ajudar uma estranha.
— Você foi enviada pelo meu grande amigo Ryan, ele não mandaria uma má pessoa pra dentro da minha casa.— seu olhar preenche uma sensação indescritível.— Eu quis apenas ajudar.
— Muito obrigada.— o agradeço, e num ato de gratidão, acabo pousando a minha mão em cima da sua que está exposta.
Toco carinhosamente e avisto que ele fica um pouco sem jeito. O seu celular vibra, e imediatamente se distrai;
— Só um momento, preciso atender.
O observo de canto de olho, enquanto conversa no celular com uma mulher, provavelmente seja alguém que trabalhe para ele.
Quando Arthur encerra a chamada e olha para mim, com aquela expressão sugestiva:
— Você já foi há um desfile de moda, Laura?— me pergunta.
— Nunca na minha vida, não sei nem como é.
— Então você irá ao primeiro, irá me acompanhar.
— Eu não estou vestida adequadamente, senhor Arthur— desço os meus olhos para os meus trajes, e bate uma vergonha.
— Nao se preocupe com isso, iremos até a minha empresa.
— O senhor tem uma empresa?
— Acredito que não tenha investigado nada sobre mim.— lança um sorriso de canto, cheio de charme. – Mas um motivo eu tenho, para admirá-la dona Laura.
Após aquelas palavras, soa o silêncio. Sinto um frio na barriga, e o coração querendo sair pela boca.
Ele dirige o percurso inteiro e evito encará-lo, pois sinto uma certa vergonha.
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Descemos diante de um grande prédio, e fico até impressionada com tanto luxo à minha frente.
Arthur me guia.
— Não me diga que é dono dessa agência de modelos...— o pergunto.
— Não só dono, como presidente majoritário. Vamos entrar, Laura.
Ele entrega as chaves para um dos seguranças, manusear seu carro. E me puxa, pelo braço.
O caminho inteiro enquanto nos direcionamos até o elevador, o mesmo cumprimenta educadamente os funcionários e vai perguntando por uma tal de Chloe.
O elevador para no nono andar.
— É por aqui.— sinaliza, e o sigo.
Entramos numa sala enorme, toda de vidro e manequins. É um ateliê cheio de vestidos de grifes.
Há uma mulher organizando, as modelos. Ela com certeza é a estilista.
—Até que enfim apareceu, Arthur, está atrasado.
— Chloe quero conheça uma pessoa.
Ela para tudo que está fazendo, e finalmente nos olha.
Seus olhos claros me analisam de cima abaixo, trazendo o mesmo olhar, que a sobrinha dele me lançou hoje cedo.
— Não há tempo, para arrumar mais uma modelo.— é tudo que responde.
— Ela não é uma modelo.— Arthur remete— Quero que conheçam a minha esposa.
Quando ele pronuncia em voz alta, a tal Chloe derruba a tesoura das mãos, tendo uma reação negativa, como se aquilo a incomodasse.
Ela é uma mulher mais velha, tem aparentemente cinquenta e pouco anos, talvez ela goste dele e esteja sentida ao saber sobre o casamento.
— E preciso que faça um vestido exclusivo para Laura, Chloe.— o dono da empresa manda, entreolhando para mim.
— A essa altura, Arthur? Estamos quase na hora do desfile, não há tempo.
— Toda estilista, improvisa em cima da hora, faça o que você sabe de melhor. Minha esposa e eu estaremos aguardando em meu escritório.
Saímos, e fico com aquele questionamento na cabeça: será que os dois são namorados?
— Há algum problema, Laura?
— Nenhum.
— Você está muda.
— A sua funcionária pareceu não gostar de mim.
— Não se preocupe com isso, Chloe implica com todo mundo.
Ele abre a porta de vidro do seu escritório chique. A vista dá para ver a cidade inteira. Fico impactada.
Me aproximo da sacada, sentindo medo de pisar no piso.
— Nunca vi tanta beleza.— falo, admirando.— É lindo.
Arthur se encosta ao meu lado e ponho a mão em meu ombro:
— Se você quiser uma sala com essa vista, posso lhe dar.
— Não senhor Arthur, eu sou apenas uma empregada. Eu não mereço tudo isso.
— Já pensou em virar modelo, Laura?
— Não.— rio, sem graça.— Eu não levo jeito.
— Como não, desfile para mim.— pede, sentando-se em sua cadeira giratória, para me observar.
Fico ainda mais tímida em sua presença e minhas pernas ficam esmorecidas, mas tento ensaiar os passos, mas acabo escorregando sem querer no colo do senhor Arthur.
E suas mãos quentes voluntariamente envolvem em minha cintura e em câmera lenta, nossos olhos se fixam um no outro. A profundeza dos nossos olhos trazem uma coisa tão estranha no meu coração.
Ele mira os meus lábios, discretamente, por um momento, me perco naquele momento.
Logo, somos interrompidos, e a pessoa que adentra nem bate na porta.
— Com licença.— a estilista aparece.— Vim tirar as medidas dela. — levanto imediatamente, constrangida. — Como imagina seu vestido?— a mulher me questiona, agachando-se em minha frente.
— Bem simples, pode ser estampado mesmo.
— Um evento de alto nível, você quer que eu desenhe um vestido estampado?— o tom feminino sai estressado.
Encolho os ombros, e Arthur nota e diz:
— Atenda os pedidos de Laura, Chloe.
A loira cruza o olhar para seu chefe, um olhar revoltado e ao mesmo tempo cheio raiva.
— Como quiser.— há meio que uma ironia na voz da mesma.— Que número calça, garota?
— 35.
Arthur responde por mim, e mais uma vez, sua funcionária se incomoda.
— Como imagina a sandália?
— Pode ser mais baixa?— indago inocentemente, e a própria suspira fundo.— Eu não sei calçar salto alto.— admito e entreolho envergonhada para Arthur.
— Como quiser, você que manda.
Em seguida, a estilista se retira, batendo a porta de com força.
— Eu acho que ela não gostou de mim.— falo.
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21:00 PM.
O evento vai ocorrer no salão de festa da agência. Eu estou tão nervosa em entrar de mãos dadas com com o dono, ele vai me apresentar como esposa para os convidados.
O local está todo organizado para o desfile, há um enorme tapete vermelho na passarela.
Alguns convidados cumprimentam Arthur, a maioria são homens mais velhos, acompanhado das esposas.
Alguns fazem comentários do tipo: essa é sua filha? Todos os comentários sempre Arthur tenta amenizar.
A sobrinha dele surge, e vem nos confrontar:
— Não acredito que trouxe essa suburbana.— a loira faz uma careta.— Tio, isso é uma pouca vergonha.
Arthur resolve ignorar e me leva, até o primeiro assento da primeira fileira.
— Não ligue para o que ela fala.— cochicha no meu ouvido, e assinto.
A música eletrônica começa a tocar, assim como flashs disparam pelo salão, com foco na passarela.
Ficamos aguardando o início do desfile, me encontro tão empolgada.
A estilista dá abertura e entra, acompanhada da modelo que se exibe no palco.
Conforme as mulheres passam, outras vão entrando, mostrando as peças de roupas.
O meu nome é pronunciado no alto falante:
Laura.
E a luz se destaca no meu rosto.
Sou chamada até a passarela. E fico tão constrangida em negar, que acabo subindo, mesmo tropeçando e não tendo o menor jeito.
A estilista me puxa até centro do palco, mostrando criação do vestido. Fico parada, recebendo tantos flashs.
Até que de repente, um balde cheio de tinta despeja sobre mim, sujando-me inteira.
Todas começam a rir, quando o líquido verde como uma cosma escorregue.
Vejo na plateia a sobrinha do Arthur gargalhando, e no canto, a estilista.
Mas, num ato que me pega de surpresa, Arthur sobe ao palco, me envolve num abraço e deixa a tinta sujá-lo também, sem hesitar.
Seus braços firmes me protegem, seu olhar me aquece, enquanto diz perto do meu ouvido:
— Eu estou com você.
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Atualizado até capítulo 70
Comments
Raimunda Neves
Mexeram com a pessoa errada, com a esposa do chefe, acho que vão se dar mal
2025-07-07
1
Fátima Ribeiro
ridículas.
essa chloe, a scarllet...
o Arthur precisa se impor, isso não pode ficar assim, com certeza a estilista é interessada nele.
2025-07-07
1
Maria De Lourdes Guimarães
gente mas ela tinha que perguntar o Arthur você podia subir lá ou não porque ele mesmo falou que ela não era modelo como vai chamar um homem ali em cima ela não era modelo nem nada porque ele não conforta é sobrinho dele o que eu tenho a ver com a herança dele
2025-09-01
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