Capítulo 4

Maxim

Assim que o carro estaciona em frente ao galpão onde ocorrem as lutas clandestinas, encaro os meus soldados que estão do lado de fora. Ao descer do carro, escuto os gritos enlouquecidos da multidão, que assisti o massacre humano em forma de luta. Assim que adentro o galpão, um silêncio toma o espaço; todas as cabeças se viram diante de mim, com olhos assustados, e o medo deles é quase palpável. Um medo puro, cru, que faz o meu próprio sangue pulsar em satisfação.O homem responsável por entregar o dinheiro aos meus adversários se aproxima com a maleta seca.

Homem- Senhor, é uma honra conhecê-lo.

Maxim - Quantos lutadores?

— Pergunto, e ele sorri.

Homem - Dez, senhor!

— Concordo com a cabeça e vou até a ala de cima, Este lugar, o epicentro de toda a operação de drogas, cada grama, cada gota… tudo é meu. Troco de roupa, saboreando a quietude momentânea antes da fúria. Na gaiola lá embaixo, o espetáculo já cobrava seu preço: um dos lutadores jazia inerte, o outro arrastava-se para fora, um farrapo humano, as costelas marcadas sob a pele, auxiliado por um dos meus demônios disfarçados de seguranças. Observo o cenário, a arena úmida de suor e expectativa.

Ele entra na gaiola e começa a gritar e bater no peito, um tipo patético de lutador amador. Um silêncio paira sobre o galpão quando anunciam a minha entrada.

O som metálico de grades sendo trancadas ecoa pelo galpão úmido. A multidão se agita, vozes roucas apostam, gritam, exigem sangue. Eles desejam ver sangue, e é isso que lhes darei! Derramarei até a última gota de sangue do homem à minha frente.

Sangue... Sangue

Os gritos continuam e encaro a multidão. O homem começa a se enfurecer, e isso me diverte. Ele vem pra cima de mim em fúria e acerta um soco no meu rosto. Encaro-o e abro um sorriso; o pânico em seus olhos me diverte. Acerto o seu queixo com tanta força que ele dá alguns passos para trás. Ele balança a cabeça, e dou um soco na costela, escutando o som da fratura. Esse som é como melodia, e meu lado sanguinário ferve com rapidez. Acerto o seu rosto com socos, e a cada impacto um corte se abre, com o sangue escorrendo. Com os gritos da plateia, vou até o homem que está no chão, sangrando.

Morte... Morte

E, com um último golpe, levanto o corpo já desfalecido, dando uma guilhotina quebrando o pescoço do meu oponente. Os gritos estridentes da plateia ecoam enquanto aponto para que retirem o corpo.

Maxim-Mande o próximo.

• Mando e o homem me encara com o rosto nervoso

Homem-Senhor é que…

Maxim-Diga

• Falo no tom calmo, mais letal.

Homem-Quando viram que era o senhor o lutador misterioso, devolveram o dinheiro assim que o senhor entrou na gaiola

Maxim-Covardes.

• Rosno saindo da gaiola. Mas pelo menos consegui o que queria… Ele entrega a maleta ao meu soldado com o dinheiro continuo coberto de sangue, mais isso não me incomoda nem um pouco.

Maxim-Mande o dinheiro para a família do rapaz e acrescente 10 mil dólares

• Ele assente com a cabeça, tiro um cigarro, acendo e levo aos lábios, solto a fumaça e encaro as ruas de Moscou

Assim que o veículo estaciona vou em direção a minha cobertura, chamo a senhora Eleonora, a minha governanta e a responsável por deixar a cobertura impecável.

Maxim-Amanhã, uma jovem vira morar aqui! Prepare o quarto ao lado do meu, por favor.

Eleonora-Sim senhor! Mais alguma coisa?

Maxim-A partir de hoje tudo relacionado a mim será responsabilidade dela! Da comida até as minhas roupas. Tudo será feito por ela e, se eu descobrir que alguém tenha ajudado, será demitido.

Eleonora-Sim senhor

— Ela sai e vou tomar banho. Poderia muito bem usá-la quando quisesse e fazer o que eu disse ao pai dela, mas não sou abusador, ela irá ficar sobre o meu teto e cuidará das minhas coisas, ela será a minha empregada particular, e claro que será vigiada por meus soldados todo o tempo, um descuido e o pai dela pagar caro.

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