Capítulo 3

Maxim

O veículo deslizou até a sede, e mal pisei na minha sala, Ygor já me esperava, um ritmo frenético e inquieto marcando seu passo de um lado para o outro.

Maxim- O que você quer?

- cortei, a voz afiada, já impaciente com sua presença inesperada.

Ele parou, a aflição gravada em cada traço.

Ygor- Ela estava viva?

A pergunta, quase um sussurro desesperado, fez uma ruga cruzar minha testa. Inclinei a cabeça, analisando-o.

Ygor- A filha dele está viva?

Insistiu, uma urgência palpável em sua voz.

Maxim- Por que a pergunta?

Retorno, a resposta dele ditando seu destino, uma linha tênue entre a vida e a morte.

Ygor- Por que ela

Ele desabou no sofá, as mãos nos cabelos, a imagem de desespero.

Ygor- Ela é a filha da Tereza

Confessou, a revelação me pegando de surpresa.

Maxim- Ela é sua filha?

Disparei, uma pontada de curiosidade.

Ygor- Não, mas jurei à mãe dela que a protegeria.

Maxim- Entendo.

Conclui, a estratégia já se formando em minha mente.

Maxim- Não se preocupe, amanhã ela estará na minha cobertura.

- Ele se sobressaltou.

Ygor- O que você pensa em fazer com a menina?

Perguntou, o medo transparecendo.

Maxim- Não te devo explicações, Ygor

A minha voz endureceu, uma ameaça velada.

Maxim- E espero que não ouse falar assim comigo de novo. Conheça o seu lugar na minha organização.

-Ele engoliu em seco, o olhar fixo no nada, antes de se retirar em silêncio. A dominância era completa.

Desço os degraus, cada passo uma afirmação da minha presença, e adentro o vasto salão de treinamento. O ar, denso com o suor e a disciplina, vibra com o ritmo ininterrupto dos meus soldados. Erguem os olhos, uma orquestra de respeito e apreensão, e se inclinam em uma reverência quase instintiva. Um aceno meu e me afasto, a mente já imersa na coreografia da luta. No vestiário, o terno de grife italiana é trocado pela leveza de um short de treinamento, e cada alongamento é um prelúdio para a tempestade que se aproxima. Este não é apenas um treino; é a essência do meu ser. Avanto em direção ao ringue, o centro do meu universo. Deslizo pelas cordas, a lona gelada sob os pés, e meus olhos se fixam nos homens que ousam me chamar de líder.

Maxim- Dois mil dólares, "ecoa minha voz, seca e precisa," para quem tiver a coragem de me enfrentar.”

Nenhum som. Apenas olhares perdidos, desviados, o silêncio uma afronta pessoal.

Maxim- Cinco mil?

Um murmúrio, olhares trocados, mas a inércia persiste. A paciência flutua, fina como papel. O que é preciso para movê-los? Medo? Respeito?

Maxim- Não os busco para a morte, apenas para o combate. Para o treino.

Minha voz, agora uma rocha inabalável. Alguns meneiam a cabeça, outros, covardes, se dirigem à saída. A porta se fecha, levando consigo a esperança de um embate justo. A decepção, amarga, me envolve. Estes são os homens que deveriam lutar ao meu lado?

Maxim- Porra! Como foi que vocês se tornaram meus soldados? Onde está a coragem, o ímpeto de me enfrentar, de me testar de verdade?”

O chefe dos soldados se aproximou, a voz carregada de uma resignação que eu já esperava.

Chefe dos soldados - Senhor, as últimas lutas… o senhor ceifou a vida de dez dos nossos melhores homens. Sua reputação é um peso tão grande que nem mesmo os recrutas, os mais jovens e impetuosos, ousam se arriscar.”

Eu apenas inclinei a cabeça, um suspiro entediado escapando. Ele prosseguiu, a voz um pouco mais firme:

Chefe dos soldados - Se o senhor busca um combate hoje, o inferno é o único lugar que poderá oferecer.

-E, naquele instante, uma onda gloriosa de desejo, o sabor metálico do sangue, preencheu minha boca – uma promessa macabra que eu mal podia esperar para cumprir.

Maxim- Mande que protejam este lugar com toda a força! Mas que ninguém saiba da minha participação. Circulem a história de um combatente que oferece três mil dólares para quem tiver a audácia de me desafiar, e o dinheiro será entregue antes mesmo da luta.

- Ele assentiu, um reconhecimento mudo da minha ordem, e se retirou. sem um oponente digno, fui para o saco de areia, meus punhos o atingindo repetidamente. É inútil. Não há prazer nisso. Minha alma só encontra paz e gozo no clangor dos ossos que se fragmentam, no rasgar da carne sob meus golpes, no jorro do sangue. Não é apenas diversão; é o meu santuário, o único lugar onde a paz me encontra.

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Comments

Mônica

Mônica

Autora ajuda nós, coloque parágrafo nas falas dos personagens, isso facilita o entendimento.
Estou gostando do livro, se colocar os parágrafos irá melhorar muito.

2025-07-07

1

Samantha Stefany

Samantha Stefany

fiquei um pouco perdida nas falas ,mais estou adorando muitoooo

2025-07-06

1

Iracema Vianna

Iracema Vianna

Será que a filha do juiz é virgem?
E ela vai ficar grávida dele?
Porque ele vai rejeita-lá?
Por ficar grávida?
Ou o filho é de outro?

2025-07-07

0

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