Capítulo 2

           Maxim Pakhan

Estava imerso em pensamentos no meu escritório quando batidas leves na porta quebraram o silêncio. Dei permissão para entrar, mas antes que minha nova secretária pudesse sequer formular um aviso, Ygor irrompeu na sala, fazendo-a recuar visivelmente constrangida. A porta se fechou às suas costas.

Maxim-O que você está fazendo aqui?

-A indagação soou mais como uma ordem, carregada de impaciência. Ele com a postura um tanto tensa, respondeu de imediato

Ygor- O juiz virá ainda hoje!

Um sorriso, mais um esgar de antecipação do que de alegria, desenhou-se em meus lábios.

Maxim- O que foi que você arranjou desta vez?

A curiosidade misturada à desconfiança.

Ygor- Descobri que o infeliz está falido! Resolvi ir atrás de uma velha dívida que ele nos deve.

Meus olhos se estreitaram, fixos nele.

Maxim- Ele estava me devendo algo?

A pergunta era quase um sussurro, perigoso.

Ygor- Cem mil dólares. Já faz cinco meses e ele só enrola, chefe.

Um calafrio percorreu a minha espinha, seguido por uma onda de fúria contida.

Maxim-E por que eu estou sabendo dessa merda só agora?

A voz subia, rasgando. Ele engoliu em seco.

Ygor-Desculpa, chefe, achei que estivesse ciente da dívida!

Maxim- O maldito me deve cem mil dólares e ainda continua vivo?

Era inacreditável, um insulto pessoal. Levantei-me bruscamente, a cadeira arrastando no chão, a raiva fervendo em minhas veias. Ygor, hesitante, perguntou:

Ygor- Para onde vai?

Abri a porta sem encará-lo, a voz carregada de uma promessa fria:

Maxim- Cobrar pessoalmente o meu dinheiro.

A porta se fechou com um baque surdo, ecoando a decisão que já estava tomada em meu peito. Misericórdia? É uma palavra que não conheço, não quando se trata de negócios. Esse desgraçado me devia há cinco meses, cinco meses de pura insolência. Não haveria juiz nem piedade para ele. Assim que o carro parou em frente à mansão — mediana, para mim, mas um castelo para insetos como ele —, desci, meus homens ao meu lado. Em vez de paciência, a bala. A fechadura cedeu sob o impacto, convidando-me a entrar no antro do caloteiro. Afundei no estofado, observando os empregados se dispersarem em pânico, suas costas curvadas pelo medo. Uma senhora, porém, congelou, prestes a fugir. Ordenei que a trouxessem.

Mulher- Senhor, por favor…

-ela murmurou, a voz embargada. Meu olhar gélido a cortou.

Maxim- Onde está o seu chefe?

- Ela balbuciou algo sobre não saber.

Maxim- Então ligue para ele. Mande-o vir para casa antes que eu decida queimar tudo, com vocês dentro.

Minha voz, um grunhido contido, carimbou sua sentença. Ela se afastou tremendo. Poucos minutos depois, passos apressados. Um velho. Pálido ao me ver. Um verme. Ajoelhou-se.

Maxim- Onde está o meu dinheiro?

- Lancei, minha mão já no cabo da pistola. Ele implorou por tempo, por misericórdia. O cano frio da arma em sua testa selou o argumento. Misericórdia? Não para vermes.

Verme- Misericórdia, por favor!

— O grito dele ecoou na sala, um som patético que mal me alcançou. Respiro fundo, e meus olhos param num retrato. Uma mulher jovem, uma beleza delicada. Peguei-o, um sorriso lento se abrindo em meus próprios lábios. Tão jovem, tão inocente.

Maxim- Onde ela está?

— Minha voz rasgou o silêncio. Joguei o porta-retrato. O rosto dele contorceu-se em choque, seus olhos arregalados fixos na imagem da filha.

Verme- Não a envolva, por favor!

— Ele implorou, a voz embargada. Meu único resposta foi um tiro na perna. O grito dele, agora, tinha um timbre diferente, de dor crua.

Maxim- Responda à maldita pergunta!

— A paciência era um luxo que eu não podia me dar.

Verme- Na faculdade, senhor. Ela está na faculdade.

— sussurrou ele, a voz quase inaudível.

Maxim- Sua dívida. Está quitada.

-A pronúncia dessas palavras flutuou no ar pesado entre nós, uma sentença, um veredito final que selava o destino.

Maxim- Amanhã de manhã, "eu continuei, a voz um murmúrio gélido que prometia iminente desgraça," meus soldados virão buscá-la.

-O pavor irrompeu em seus olhos, um espelho vívido da condenação que eu decretar. Uma leve contração, talvez um tremor, rasgou aquela fachada de medo. E então, o impensável.

Verme- Irá se casar com a minha filha?”

Por um ínfimo instante, o mundo pareceu parar, o próprio tempo suspendeu a respiração. A incongruência. A audácia. A completa e absoluta insanidade daquela pergunta, proferida no limiar do desespero. Todo o meu ser, cada fibra de controle, de cálculo frio, foi invadido por uma onda incontrolável. Não foi alegria, nem surpresa, e muito menos ofensa. Foi algo mais primordial, uma explosão gutural, um som que irrompeu de mim como um trovão. Minha gargalhada. Desfeita. Esmagada. A pergunta, com toda a sua patética súplica, foi engolida pelo eco trovejante da minha diversão sombria.

Maxim- Ela será uma bela puta para satisfazer meus desejos, Verme. Uma bela puta.

— As palavras saíram com um prazer doentio. Ele tentou se levantar, a desesperança uma névoa densa em torno dele.

Maxim- Não, não fuja do inevitável. Se até às dez da manhã ela não estiver no meu apartamento, vocês dois estarão numa cova rasa em algum lugar de Moscou. Não tente fugir. Será perda de tempo.

Saí da mansão do verme, o sorriso em meu rosto se alargando com a perspectiva do meu novo brinquedo. A antecipação era inebriante.

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Comments

Maria Fatima

Maria Fatima

ele não quis as mulheres virgens que o homem pediu .inocente e crianças mas vai usar a moça

2025-07-05

12

joelma silva

joelma silva

vixx ele vai fica cm ela a força n neh aí já tô dor dela tadinha

2025-07-05

0

Solange Santos

Solange Santos

NOSSA ESSE MAXIM E UM IDIOTA CADE AS NORMAS QUE COLOCOU PROS SÓCIOS DA MÁFIA QUE NÃO USAVA VIRGEM E NEM CRIANÇAS INOCENTES E VAI SE APROVEITAR DA MENINA AFF 🙄🙄🙄🙄🙄🙄🙄🙄🙄

2025-07-25

0

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