Nos Braços de um Sonho

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Nos braços de um sonho

Personagens principais:

• Leonardo Ferraz – 35 anos, CEO de uma das maiores empresas de tecnologia do país. Rico, bonito, arrogante, mas extremamente protetor e carinhoso com quem ama. Apesar da fama de frio nos negócios, sonha em ser pai, mas nunca encontrou alguém que o fizesse querer formar uma família… até agora.

• Clara Oliveira – 24 anos, simples, pobre, mas muito bonita e de um coração puro. Trabalha como garçonete em um café pequeno. Mãe solo da pequena Sofia, de 2 aninhos. A família adotiva de Clara morreu e ela nunca conheceu seus pais biológicos. vive com dificuldades, mas nunca perde o sorriso e a força.

Sofia, filha de clara. Tem dois aninhos, é muito inteligente e sente muito q falta de uma figura paterna em sua vida. Sofia é muito apegada a Nicolas, já que é a única figura masculina que ela tem na vida.

Nicolas, 30 anos, vizinho e amigo de Clara. Nicolas é como um irmão para Clara, eles são amigos desde que Clara se mudou para o bairro, quando ainda estava grávida de Sofia. Nicolas trabalha em um escritório de advocacia e não tem família.

Capítulo 1 —

A manhã começara fria em New York, com uma fina névoa cobrindo as ruas estreitas de manhattan. Leonardo Ferraz caminhava sozinho pela calçada, vestindo um sobretudo escuro e óculos escuros que escondiam parcialmente sua identidade. Pela primeira vez em meses, ele dispensara o motorista. Precisava de silêncio. De anonimato. De algo que não soubesse a preço.

Havia acordado antes do sol nascer, como sempre. Mas naquela manhã, algo dentro dele pesava mais do que de costume. Talvez fosse a solidão. Talvez o vazio de uma casa grande demais e fria demais. Ou o silêncio constante que o lembrava, todos os dias, de que nenhum sucesso profissional preenche o espaço de um sonho ainda não vivido.

Ele queria ser pai.

Mas não de qualquer jeito. Queria uma família. Um lar de verdade. E, depois de tantas decepções e relacionamentos rasos, começava a duvidar se isso era mesmo para ele.

Foi então que, perdido em pensamentos, avistou uma pequena cafeteria na esquina. A fachada simples, pintada em tons pastéis, destoava dos lugares que costumava frequentar. Mas algo ali… o chamou.

Empurrou a porta, e um sininho tilintou acima de sua cabeça. O cheiro de pão fresco e café passado na hora o envolveu como um abraço inesperado. O lugar era acolhedor, com mesas de madeira, cortinas floridas e prateleiras cheias de bolos caseiros.

— Bom dia! — disse uma voz doce atrás do balcão.

Leonardo ergueu os olhos.

Ali estava ela.

Clara.

Cabelos castanhos presos em um coque bagunçado, um avental florido sobre a camiseta simples. Os olhos grandes, castanhos e vivos, escondiam cansaço… mas também uma força serena. Ela sorriu, e por um breve instante, ele esqueceu até o motivo de estar ali.

— Vai querer o quê hoje? Café ou silêncio? — ela brincou, ao notar o olhar distante dele.

Ele sorriu de canto, surpreso pela espontaneidade.

— Um café, por favor. E talvez um pedaço desse bolo. — apontou para um de cenoura com cobertura generosa de chocolate.

— Feito por mim — disse, orgulhosa. — Então esteja avisado: é viciante.

Enquanto Clara preparava o pedido, uma garotinha apareceu de trás do balcão, segurando um coelho de pelúcia pela orelha.

— Mamãe… o moço é novo? — perguntou a menina, com a voz arrastada de quem havia acabado de acordar.

Clara se abaixou e a pegou no colo.

— É sim, meu amor. Dá bom dia pra ele.

A menininha esticou o bracinho e acenou.

— Bom dia, moço bonito!

Leonardo riu, surpreso com a espontaneidade da pequena. Os olhos dela eram idênticos aos da mãe. E o coração dele — que costumava ser frio, metódico, calculado — bateu mais forte pela primeira vez em muito tempo.

— Bom dia, princesa. Qual é o seu nome?

— Sofia. E você?

Ele hesitou por um segundo. Costumava evitar se apresentar. Mas por algum motivo, quis ser sincero.

— Leonardo. Mas pode me chamar de Léo, se quiser.

Sofia sorriu.

— Tio Léo, então.

Clara olhou para ele, meio sem jeito.

— Desculpa… ela fala demais. E se apega fácil.

Leonardo balançou a cabeça, com um sorriso gentil.

— Isso não é um defeito. É um presente.

E foi nesse instante, naquela cafeteria esquecida pelo luxo da cidade, que o CEO mais poderoso do país percebeu: talvez, só talvez… o que ele tanto procurava não estivesse tão longe

Leonardo voltou para aquela cafeteria todos os dias naquela semana.

Sempre no mesmo horário. Sempre pedindo o mesmo bolo. Sempre escolhendo a mesa mais próxima do balcão, onde podia observar Clara atender com delicadeza, sorrir para os clientes habituais e, vez ou outra, correr atrás de Sofia, que transformava o lugar no próprio parquinho.

Era quase ridículo. Ele, um homem acostumado a reuniões com acionistas e jantares de gala, agora se via preso à rotina de um café de bairro. Mas ali havia uma paz que o mundo lá fora nunca lhe ofereceu. Uma simplicidade que ele não sabia que precisava.

Na terceira manhã, Clara já nem perguntava mais o pedido. Apenas colocava o café na mesa, com o bolo quentinho ao lado.

— Você é sempre tão pontual assim ou tá mesmo viciado no meu bolo? — ela brincou, apoiando as mãos na cintura.

Leonardo sorriu, encostando-se na cadeira.

— Os dois. Mas eu diria que a companhia também tem mérito.

Clara sorriu, sem saber ao certo como reagir. Aquela era a primeira vez, em muito tempo, que um homem a elogiava sem segundas intenções explícitas. Ou talvez tivesse… mas havia algo diferente nele. No jeito como olhava para Sofia, no respeito no tom de voz.

Falando nela, Sofia surgiu correndo, os pezinhos batendo no chão de madeira.

— Tio Léo! Hoje eu pintei um sol! Quer ver?

Sem esperar resposta, estendeu um papel amassado, coberto por traços coloridos e uma mancha amarela no centro.

Leonardo pegou o desenho como se fosse uma obra de arte.

— Que lindo, Sofia! Você tem talento. Posso guardar?

Os olhinhos dela brilharam.

— Pode! Mas só se você voltar amanhã pra ver o arco-íris que vou fazer.

— Feito. — ele disse, rindo.

Clara observava tudo em silêncio. E, pela primeira vez em muito tempo, sentiu medo. Não do homem à sua frente, mas do que aquilo estava despertando dentro dela. O instinto protetor que a maternidade lhe deu era forte. Forte demais para permitir que qualquer um se aproximasse. Mas Leonardo… era gentil com Sofia. Genuíno.

E isso a desarmava.

— Posso te fazer uma pergunta? — ela disse, quebrando o silêncio.

— Claro.

— Você tem filhos?

Ele balançou a cabeça.

— Não. Mas… sempre quis.

Clara desviou os olhos, mexendo na toalha da mesa.

— A maioria dos homens corre quando vê uma criança. Ou quando descobre que existe uma.

Leonardo manteve o olhar firme sobre ela.

— Talvez porque eles nunca entenderam o que é sorte de verdade.

Ela riu, sem graça.

— Você é diferente… mas eu não sei ainda se isso é bom ou ruim.

— Nem eu — ele respondeu, com honestidade.

Naquela noite, Clara fechou o café mais tarde que o normal. Sofia dormia no carrinho, com o coelho de pelúcia nos braços. A rua estava silenciosa. Ela acendeu o cigarro que evitava havia meses, só para acalmar os pensamentos.

Leonardo era um mistério. Gentil demais para ser real. Atencioso demais para não esconder alguma coisa.

E ela… estava começando a torcer para que ele não fosse mais um homem que entraria e sairia da vida dela sem aviso.

Mas ela sabia que segredos sempre aparecem. E que nenhum homem com aquele olhar e aquele relógio no pulso era só um cliente qualquer.

O que ela ainda não sabia… era o tamanho do mundo do qual Leonardo fazia parte. E o quanto a verdade, quando viesse à tona, poderia destruir o pouco que ela tinha reconstruído.

Naquela manhã de quarta-feira, Clara olhou para o relógio da parede pela quarta vez. Eram quase nove horas, e a cafeteria já estava cheia de clientes do bairro, mas nenhuma sombra de Leonardo.

Ela não queria admitir — nem para si mesma — que estava esperando por ele. Mas seu coração a traía cada vez que ouvia o sino da porta se abrindo. E o nome dele já estava na xícara separada sobre o balcão, como nos outros dias.

Mas Léo não apareceu.

Nem naquela manhã.

Nem na seguinte.

— Mamãe, cadê o Tio Léo? — perguntou Sofia pela segunda vez naquele dia, com os olhinhos ansiosos e a voz doce.

— Ele deve ter tido que trabalhar, filha — respondeu Clara, tentando soar natural enquanto dobrava guardanapos.

— Mas ele vem todo dia…

Clara se abaixou e ajeitou uma mecha do cabelo da filha.

— Às vezes os adultos têm que sair às pressas. Pode ser que ele viaje. Mas quando puder, ele volta.

Sofia assentiu devagar, mas seus olhos brilharam de um jeito estranho. Era o começo do que Clara conhecia muito bem: um silêncio dolorido. O tipo de vazio que crianças sentem quando alguém que amam desaparece sem explicação.

Na noite do segundo dia, Sofia começou a reclamar de dor de cabeça.

No terceiro, a febre apareceu.

— 38.9º… — Clara murmurou, aflita, enquanto tirava o termômetro e passava um pano frio na testa da filha, que chorava baixinho, com o coelho de pelúcia apertado contra o peito.

— Mamãe, o Tio Léo vai vir? — perguntou, a voz trêmula.

— Vai sim, meu amor. Ele só foi resolver umas coisas. Mas ele gosta muito de você. Ele não esqueceu da gente.

Mas no fundo, Clara não sabia disso. Não tinha número. Não sabia onde ele morava. Não sabia nem o sobrenome dele.

E foi aí que percebeu: estava se deixando envolver por alguém que ainda era um estranho.

E Sofia estava pagando o preço.

Enquanto isso, em um hotel cinco estrelas de Nova York, Leonardo olhava para a tela do celular, com mensagens e chamadas perdidas da sua equipe. As reuniões tinham sido longas, o tempo escasso, e ele mal conseguira respirar nos últimos dois dias.

Mas o que mais o incomodava era não ter conseguido avisar Clara.

Pegou o celular e digitou o número da cafeteria que tinha anotado uma semana antes, mas hesitou antes de ligar.

E se ela achasse que ele era igual a todos os outros?

E se já fosse tarde demais?

Ele não sabia. Mas precisava voltar o quanto antes.

Na manhã do quarto dia, a campainha da cafeteria tocou antes mesmo do horário de abertura. Clara estava no balcão, de moletom e com olheiras profundas, limpando as xícaras de forma automática. Sofia dormia no sofá do canto, com o rosto ainda pálido da febre que, graças a Deus, começava a baixar.

Ela foi até a porta, destrancou — e o coração disparou.

— Leonardo?

Ele estava ali. Cabelos bagunçados, barba por fazer, os olhos cansados mas ansiosos. Como se tivesse corrido da porta do avião até ali.

— Desculpa… — foi tudo o que ele conseguiu dizer.

Clara cruzou os braços, tentando manter a firmeza.

— Três dias, Léo. Três dias sem uma palavra. Você tem ideia do que isso fez com a minha filha?

— Eu não consegui avisar. Foi uma viagem de emergência. Reuniões, mudanças… mas isso não é desculpa. Eu devia ter dado um jeito. Eu falhei com vocês.

Ela engoliu o choro que ameaçava vir.

— Sofia teve febre emocional. Ficou três noites perguntando por você. Não comeu, não brincou, só chorava. E eu… — a voz dela falhou. — Eu deixei você se aproximar demais. Rápido demais. E agora ela tá sofrendo.

Ele se aproximou, devagar.

— Me deixa vê-la?

Clara hesitou… mas então abriu espaço para ele passar.

Leonardo se aproximou do sofá, ajoelhou-se e tocou a mão pequena de Sofia.

— Princesa…

Sofia abriu os olhos devagar, e quando o viu, murmurou:

— Tio Léo… você voltou?

Ele sorriu, emocionado.

— Voltei, meu amor. E não vou sumir mais assim, tá?

Ela fechou os olhos de novo, com um pequeno sorriso.

Clara observava a cena, o coração em pedaços.

Porque agora ela sabia.

Se ele fosse embora de novo — não só Sofia se partiria. Ela também.

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Comments

Joselma Trajano

Joselma Trajano

caramba ele criou um laço de amor e afeto tão naturalmente , sem vulgaridade , só o amor mesmo , e a sofi se apegou tão rápido ,mais crianças são assim mesmo , basta da carinho e amor , e a clara tá mais que derretido pelo boy,🤭

2025-06-19

1

Maria Antônia

Maria Antônia

eu estou amando essa história

2025-06-17

1

Joice Nascimento

Joice Nascimento

Muito bom

2025-06-18

0

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