Lilly...
Toda menina cresce sonhando com um tal de "felizes para sempre''. Eu sonhava em me formar, casar e ter filhos, mas a vida deu uma volta assombrosa. A verdade é que a vida não é um conto de fadas, e o "felizes para sempre" não existe. Essa ideia, é apenas uma ilusão que nos ensinam na infância, querendo que a gente acredite em algo que não temos a certeza de que exista.
A tristeza é uma emoção que faz parte da nossa jornada, e eu aprendi a abraçá-la. Cada lágrima derramada trouxe consigo uma lição, cada desilusão moldou quem sou hoje. A vida não me deu o que eu esperava, mas me ofereceu algo mais real e cicatrizes que talvez nunca se curem.
Não há príncipes encantados esperando para nos salvar, somos nós que devemos encontrar nossa própria força e escrever nossa própria história. E mesmo que o caminho seja cheio de desafios, aprendi que é nas tempestades que encontramos nossa verdadeira essência. Mesmo que ela não seja a melhor versão ou que esteja profundamente derrotada."
Olá, sou Lilly Boucher, 25 anos, solteira e em busca de um trabalho.
Tenho 1,66 de altura, branca, olhos verdes claro, cabelo longo na altura da cintura, liso e na cor preta.
Morava em Alberta, mas fugi do meu ex-namorado e da minha mãe, após perder o bem mais precioso que já tive em minha vida.
Graças a minha amiga, Heloíse, decidi fugir e recomeçar longe de tudo e de todos que me fazem lembrar dos anos de aflição em que vivi.
Inicialmente, meu objetivo era o Canadá, onde havia amigas de Heloíse que poderiam me ajudar. Porém, quando desembarquei, lá estava o homem que quase acabou com a minha vida. Acreditei que estivesse preso, mas pelo visto a justiça mais uma vez falhou.
Por entre a multidão consegui fugir, fui para o aeroporto e embarquei para Los Angeles, como se fosse uma fugitiva. Eu odeio voar e foram horas angustiantes, mas nada comparado com os anos que passei ao lado daquele crápula.
Estou tentando recomeçar a minha vida em Los Angeles. Às vezes, me pergunto se estou fugindo ou buscando um novo começo. O passado ainda pesa sobre mim, como sombras que não se dissipam facilmente. Carrego profundas cicatrizes, marcas de experiências que preferiria esquecer, mas que, de alguma forma, moldaram quem sou hoje.
A verdade é que a vida aqui não é fácil. Estou atrás de um emprego, mas a falta de experiência tem sido um obstáculo constante. As horas se arrastam enquanto envio currículos e aguardo respostas que nunca chegam. Para economizar, aluguei um quarto em uma pensão simples. O lugar é modesto e, à noite, uma sensação de medo me envolve. A região é violenta, e os sons da rua muitas vezes me fazem sentir um medo aterrorizante.
Ainda assim, é o único lugar que encontrei por um preço acessível. Cada dia é uma batalha entre o desejo de deixar o passado para trás e a realidade dura que enfrento agora. Estou determinada a encontrar minha força novamente e a construir uma nova vida, mesmo que o caminho seja de constantes desafios.
Como todas as noites, não dormi direito e acordei com enormes olheiras.
Cara estou horrível!
Fiz a minha higiene, troquei e sai a procura de trabalho.
Não tenho muito dinheiro, por isso não posso ficar me dando ao luxo de comprar café da manhã, almoço e jantar. O meu dinheiro dá para apenas uma refeição por dia.
Fui até a agência de emprego mais uma vez, fiquei na fila por horas e as vagas disponíveis exigiam experiência.
Estou ferrada!
Quando estava indo embora, a mulher me chamou, acredito que estava penalizada.
Ela disse que uma família muito conhecida na cidade, estava precisando de uma babá. Inicialmente fiquei apreensiva, afinal, acabei de perder um filho. No entanto, não tinha muitas opções, então imediatamente aceitei.
Agradeci e corri em direção ao endereço que a mulher me passou. Precisava andar muitos quilômetros, então peguei um ônibus e o restante do caminho teria que seguir a pé.
Caminhava apressadamente em direção a minha entrevista de emprego. O meu coração batia acelerado no peito, não apenas pela expectativa da oportunidade de trabalho, mas também pela opressão de que aquela poderia ser a chance que mudaria a minha vida.
Enquanto atravessava uma das movimentadas avenidas da cidade, um barulho ensurdecedor cortou o ar. Um estrondo seco, seguido do som de metal se retorcendo.
Imediatamente me virei e vi uma cena horrenda, dois carros colididos, um deles capotado e fumegante. Ouvi uma criança gritando desesperada...
A adrenalina tomou conta de mim, embora estivesse poucos minutos de uma importante entrevista, algo dentro de mim sabia que eu precisava agir.
Corri até o local do acidente, onde já se formava um pequeno círculo de pessoas curiosas observando a cena.
Olhei no banco de trás e uma linda menina de cabelos cacheados estava presa nas ferragens retorcidas. Seu pequeno e lindo rosto estavam manchado de lágrimas e sujeira, ela chorava desesperadamente por ajuda, medo e preocupação com sua mãe que não respondia.
O meu coração se apertou ao perceber a gravidade da situação. A menina continuava a chorar, gritando por sua mãe, enquanto tentava se soltar do cinto de segurança que a prendia.
— Ei! Olá, lindinha! Eu estou aqui! — exclamei em tom alto chamando a atenção da criança. — Você está bem? Pode me ouvir?
Quando eu finalmente ganhei a atenção da menina, vi o medo profundo estampado em seus olhos.
— Quero a minha mãe!
— Eu sei que você está assustada! — disse calmamente, tentando mater a voz suave. — Sou Lilly, estou aqui para ajudar você... vai ficar tudo bem, okay?
— Ham,Hum!
Precisava distrair ela até o socorro chegar.
— Você gosta de histórias?
— Sim, mas a mamãe...
— Eu entendo, mas enquanto esperamos os bombeiros chegarem, que tal uma história juntas? Você pode me ajudar?
Comecei a inventar uma história sobre uma princesa corajosa que enfrentava dragões e salvava seu reino. Usei todos os recursos possíveis para tornar minhas palavras envolventes. Vozes engraçadas para os personagens, descrições vividas dos cenários mágicos e até mesmo sons dramáticos para prender a atenção da menina.
As sirenes já podiam ser ouvidas ao longe, os bombeiros finalmente estavam chegando.
Quando os bombeiros chegaram ao local do acidente.
Entre eles, havia uma bombeira e assim que me viu conversar com a menina se aproximou de nós. Ao tentar me afastar do local, a menina entrou em desespero, nos entreolhamos e ela assentiu com a cabeça, percebendo que eu seria de grande ajuda.
— E então, sobre o que estavam conversando?
— Uma história de uma princesa muito forte!
— Então vou ajudar vocês, colocando alguns super heróis... o que acha? — perguntou, preparando as ferramentas necessárias para o resgate.
Em meio a mais uma narrativa colaborativa entre nós duas, a pequena começou a sorrir timidamente ao ouvir a mistura de histórias que inventamos.
Assim que as ferragens foram finalmente removidas com cuidado extremo pelos bombeiros treinados e sob os comando preciso da bombeira, estava lá para receber a menina em meus braços com um alívio em meu ser.
— Pronto, pronto...está segura agora! — sussurrei em seu ouvido.
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Atualizado até capítulo 50
Comments
Glória Silva
acho que tô confundindo estórias 🤔,essa lilly não é a amiga de Heloísa, a mesma que perdeu o bebê e trabalhou em um bar ? como não tem experiência de trabalho ?.
2025-06-16
6
Daniele Silva
Lembrei de você, perdeu o filho 😟😟
2025-06-15
10
Linalva Da Silva Magalhaes Ferreira
Lilly sofreu muito, realmente a ajuda de Heloíse em sua vida foi fundamental para ela!
2025-06-15
6