Virei apreensiva. Encarando Sidney escorado no batente da porta me olhando.
— Você me assustou! Reclamo colocando a mão no peito que batia descompassado.
— Não queria, fui vê meu irmão, viu o copo dele? Sidney pergunta.
Acho estranho. — Acabei de lavar! Indico.
— Ele já acordou e tomou? Sidney pergunta e o observo depois de assentir. — Certo! Diz e não se move o vejo me encarando e franzindo a cara. Depois ele indo a geladeira, o vejo tirar um pedaço de bolo e colocar na mesa e começar a comer, de alguma forma o bolo parecia muito apetitoso, lembrando que não consegui comer quase nada durante a festa, me virei para pia e comecei a limpar, pegando os pedaços de vidro e colocando em um papel que encontrei.
— Ai! Reclamei vendo o corte na mão e o sangue.
— Você esta bem? Sidney perguntou.
— Sim, me cortei com copo, mas não é nada! Falo e Sidney saiu da cozinha. Na torneira lavei o pouco de sangue, de fato era um arranhado pequeno.
Virei para sair da cozinha e trombei com Sidney, ele sendo mais alto e forte quase cai para trás.
— Aqui, vai ajudar com o machucado. Falou e pegou minha mão, espirando um anticéptico.
— Au! reclamei.
Ardeu mais que o corte, mas não puxei a mão.
— Não vai choramingar? Perguntou e me olhou de cima, neguei e tentei puxar a mão da dele percebendo me encarando estando muito próximos. — Estou tentando ajudar! Reclama segurando forte minha mão e espirando o liquido novamente, mesmo ardendo mantive indiferente. — Isso não vai deixar infeccionar. Diz de modo ríspido e baixo.
— Eu sei, mas posso cuidar sozinha! Falo e puxo a mão soltando.
— Que seja! Sidney disse e me entregou o remédio junto com um bandayd de modo brusco.
Peguei indo para o quarto, ele me seguindo. O senti me olhando.
— Essa camisa é minha! Escuto dizer.
Virei e senti meu rosto queimando, percebendo que estava usando uma camisa escura e comprida, parecia um vestido, meus cabelos estavam soltos e não esperava encontrar ninguém acordado na madrugada.
— Foi sua mãe que me deu! Falei gaguejando e entrei no quarto de Antony rápido fechando a porta. Depois de cuidar do machucado, me deitei pensando que Sidney não trocava muitas palavras comigo, mas também não foi muito gentil com remédio, consegui dormir depois de me revirar um tempo.
Depois daquele dia, notei Sidney saindo mais vezes do quarto. Antes ele ficava trancado e jogando, então passou a ir para sala e assistir tv quando estava com Antony brincando no tapete ou depois que o colocava para tirar soneca no meio da manha e ia fazer algum dever de casa. Sidney até puxava conversa sobre alguma matéria da escola. Na escola ainda éramos distantes, não conversando, e não gostava muito da turma que ele andava, seus amigos gostavam de fazer piadas comigo ou até mesmo brincadeiras por ser baixinha e não gostar de usar roupas mais justas como outras meninas, meus cabelos sempre estavam presos em coques, não gostava nada se cores claras e femininas.
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Atualizado até capítulo 163
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