🔥 O Rei de Sangue e Fogo: Vharzeth’Ra, o Soberano Celestial
Após a guerra, quando as cinzas ainda cobriam os campos e as águas choravam a morte das fêmeas naga, um nome começou a ser sussurrado entre os sobreviventes. Um nome que veio como um trovão no silêncio:
Vharzeth’Ra.
Ninguém sabia exatamente de onde ele veio. Alguns diziam que nasceu nas crateras do Norte, onde a terra ainda fumegava. Outros juravam que foi forjado diretamente pelos Deuses Serpente, enviados para restaurar o equilíbrio do mundo naga.
Mas todos concordavam em uma coisa:
Ele não era comum.
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👑 A Presença de Vharzeth’Ra
Escamas: Vermelhas como sangue recém-derramado, reluzentes em combate.
Pele: Branca como ossos polidos, intocada por marcas.
Olhos: Vermelhos, intensos, que pareciam atravessar as almas.
Cabelos: Negros como abismo, lisos, caindo até o quadril.
Corpo: Enorme — mais alto, mais forte e mais rápido que qualquer outro naga conhecido. Mesmo os mais antigos anciãos baixavam a cabeça diante dele.
Voz: Grave, cortante. Quando falava, não se ouvia mais nada. A própria terra parecia parar para escutar.
Aura: Autoridade viva. Liderança natural. Onde ele pisava, o caos se organizava.
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⚔️ O Guerreiro da Linha de Frente
Durante a invasão dos Zha’Korr, Vharzeth’Ra lutou na linha de frente, sozinho contra exércitos inteiros, abrindo caminho para que os outros pudessem fugir ou reagrupar.
Dizem que matou um comandante Zha’Korr com as próprias mãos, arrancando sua essência viva e a fundindo a uma lâmina ancestral.
Mas quando a guerra terminou, e os sobreviventes estavam espalhados, sem rumo, ele não desapareceu.
Ele ergueu o mundo novamente.
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🌍 A Reconstrução e o Império Único
Vharzeth’Ra reuniu os fragmentos das tribos naga.
Fez alianças com clãs antes inimigos.
Ergueu cidades sobre as ruínas.
Criou centros de pesquisa para tentar reverter a infertilidade.
Estabeleceu novas leis, novas ordens, uma nova civilização.
Ele não se declarou rei.
O povo o declarou.
E então nasceu o império que hoje domina todo o planeta:
Xzharan, o Trono Inquebrável.
E no centro dele, sentado sobre um trono feito de escamas petrificadas e cristais vivos, reina Vharzeth’Ra, o Soberano Celestial.
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Mas ele ainda não sabe…
Que nas profundezas da terra, longe de seus olhos,
cresce em segredo Serysha’In,
a única esperança real de futuro para seu povo.
E um dia, seus caminhos terão que se cruzar.
🌘 O Dia em Que a Luz se Apagou
Serysha’In agora era uma mulher. Seu corpo esguio e forte lembrava o das antigas guerreiras, mas com uma beleza única — hipnotizante, quase etérea. Suas escamas, agora maduras, brilhavam com intensidade azul-negra quando tocadas pelo sol. Seus olhos vermelhos tinham deixado de ser inocentes — eram profundos, afiados, como se carregassem séculos de silêncio.
Os anos em Kar’Zhun a forjaram.
Sua mente era afiada como lâmina.
Seu corpo, rápido como trovão.
Seus pais, ainda zelosos, a protegiam como um templo.
Mas naquele dia… algo mudou.
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🌲 A Caçada
Era uma manhã calma, como tantas outras.
Kael’Zar e Lyssara’In se preparavam para subir à superfície em busca de mantimentos e minerais raros. Serysha insistiu em ir junto, mas seu pai recusou com um meio sorriso:
— “Fique. Você está segura aqui. Voltamos antes do segundo ciclo solar.”
E então se foram.
Ela observou em silêncio enquanto o brilho deles sumia entre as pedras.
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⏳ Horas Passam… E o Silêncio Cresce
Os ciclos passaram.
Nada.
Nenhum sinal.
Serysha sentia um aperto estranho. Uma vibração nas pedras que nunca sentira antes. Um frio que não vinha do clima.
Até que ouviu passos arrastados, ecoando nos túneis da entrada.
Passos pesados. Irregulares. Molhados.
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🩸 O Retorno Solitário
Na penumbra da caverna, surge Kael’Zar.
Ou melhor, o que restava dele.
Ele vinha se arrastando, apoiado nas paredes, carregando nos braços o corpo inerte de Lyssara’In. Sua pele estava coberta de cortes profundos, escamas rasgadas, sangue escorrendo do peito. Sua respiração era fraca. Os olhos, turvos.
Serysha congelou.
— “Pai…?”
Ele caiu de joelhos com um grunhido abafado. Colocou Lyssara sobre a cama de pedra com mãos tremendo. E então caiu também.
Ela correu, gritou, fez tudo o que ele a ensinou: selos de cura, compressão energética, pressão nos pontos vitais. Nada funcionava. O corpo da mãe já estava frio.
O do pai… se apagava rápido.
Com a voz embargada, Kael’Zar sussurrou:
— “Eram… os… Drexxu…”
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🐍 A Besta Maldita – Os Drexxu
Criaturas antigas, raras, que habitavam camadas esquecidas da floresta profunda. Os Drexxu eram bestas reptilianas cega, sem olhos, mas com faro absoluto para calor e som. Possuíam quatro patas, garras duplas e uma boca dividida em três mandíbulas cheias de presas longas e curvas.
— “Não houve tempo… Eles vieram de todos os lados… Sua mãe… Ela não…”
Kael tossiu sangue. Seus olhos buscaram os dela uma última vez.
— “Me… perdoe…”
E então, o guardião da Maré caiu em silêncio, ao lado da mulher que amou até o fim.
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🕯️ Sozinha
Serysha gritou. Tentou trazê-los de volta. Implorou. Chorou.
Por uma hora inteira, lutou contra a morte com tudo o que sabia.
Mas não adiantou.
Ela então parou.
E pela primeira vez na vida, entendeu a dor do vazio absoluto.
Ali, entre paredes de pedra viva e cristais pulsando em luto, Serysha’In ficou sozinha no mundo.
Ela chorou mais um pouco.
Depois…
ela ficou em silêncio.
E o silêncio, finalmente, virou algo diferente: força.
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Atualizado até capítulo 40
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