Em algum lugar, perto das planícies lendárias de Hokke, alguns minutos antes da capital de Greensayd ser atacada.
— Por que você se importa tanto com aquele reino? — indagou Gullveig enquanto estendia sua mão em direção ao ombro daquele rapaz. — Eles não merecem sua ajuda.
— Realmente… — Ele suspira levemente. — Eu perdi pessoas importantes. Desejei nunca mais voltar naquele reino. Mas, fiz uma promessa a ela. — Disse Taira, observando através de algumas telas ao seu redor, uma imensa guerra a colapsar. — Preciso ir até ela, de um jeito ou de outro.
— Se é o que deseja, deixarei que vá — Ela retira a mão dos ombros dele e faz uma expressão de raiva. — Mas não se esqueça sobre o que conversamos, ela morrerá, a não ser que ... — Gullveig é interrompida com um grito de Taira.
— Não! Eu não deixarei que ela parta desta forma, não irei permitir. — Ele estava de costas enquanto dizia aquelas palavras e, virando-se de frente com ela, deixa uma lágrima cair enquanto termina de falar. — Honrarei minha palavra até os últimos minutos da minha vida.
— Bom, que seja. O destino sempre será incerto, porém saiba escolher o que realmente importa; agora vá, verei do que realmente é capaz. — Novamente lhe estendeu a mão em direção ao seu rosto, limpando suas lágrimas.— Logo, Gullveig proferiu algumas palavras. E, círculos fragmentados começaram a se formar diante deles, naquela sala.
Assim que aqueles fragmentos se formaram por completo, parecia um tipo de portal. Gullveig acenou em positivo com sua cabeça. Logo, Taira dá um passo largo e some repentinamente.
Do outro lado, a Capital de GreenSayd (Reino de Kahou) - invadida pelo reino de Grades - estava sob forte ataque.
Ano de 3062.
— Não acredito que irei morrer num lugar desses, treinei tanto, dias, noites e mesmo assim não tive nenhum resultado? — disse a princesa, em desespero. Estava caída, na praça central da capital. — Por favor, alguém me ajude! — Começou a gritar e pedir por socorro, pois a situação estava ficando cada vez mais tensa ali perto.
Ela estava completamente exausta. Já estava lutando por quase dois dias, e mesmo assim estava de pe. Mas, o cansaço estava batendo a porta.
— Queria tanto que ele estivesse aqui comigo. — Pensou. — Eu sei que ele está em algum lugar… procurando por mim. Preciso acreditar nisso, não quero pensar que ele…
Um segundo de silêncio e seu semblante muda lentamente.
— Não… —... — prefiro que ele fique por onde esteja… ele já sofreu tanto. Pensando bem, é melhor assim. Ao menos uma vez na vida ele pensara mais nele do que em qualquer outra pessoa.
Antes dessa situação, esta jovem já tinha sido avisada que algo poderia lhe acontecer se fosse para o local mencionado, onde ela está.
[Alguns minutos antes]
A guerra estava concentrada ao leste da capital, especificamente, no portão primário e, a princesa, já estava na linha de frente, lutando contra um dos líderes inimigos. Mas foi lhe comunicado que alguns conseguiram ultrapassar as linhas de frente em um grupo a 500 metros longe do grupo que ela estava, porém, sabendo que ali também as lutas estavam mais intensificadas, resolveu deixar a liderança a cargo de stugart e foi em direção à capital. Entretanto, ela já tinha sido avisada para não ir em direção a praça central, porque possivelmente haveria armadilhas já feitas no local.
Círculos mágicos estavam ocultos no chão, perto de onde ela estava. Enquanto ela pisava lentamente, com sua espada erguida com suas duas mãos, não via ninguém naquele local.
— Estranho! — Continuava a caminhar. — Deveria ter inimigos por aqui.
BOOOM!
A princesa foi arremessada contra um chafariz que estava diante dela. O estrondo foi tao forte, que a poeira levantou e um som ecoou fortemente pra cima, fazendo ela ouvir apenas zumbido em seus ouvidos, enquanto tentava se levantar.
Passos lentos em meio aquela poeira vinham em direção dela.
— Ora, ora, hoje é meu dia de sorte! olha quem está aqui, se não é a Princesa! — Um rapaz, com suas vestes negras, continuou andando em direção a ela, enquanto levantava um sorriso sarcástico. — Venha aqui, vamos brincar um pouco... antes que eu te mate de uma só vez. — Disse um dos Shot Born¹, enquanto se aproximava dando gargalhadas.
— Não! Só pode estar de sacanagem comigo. — Disse, sem ainda conseguir se levantar. — Quem está aí? — Gritou.
Um homem, aparentemente jovem, continuava, com seus passos lentos.
— Pelo visto é bem teimosa! Não seja tímida. — Disse, em um tom gentil. — Quando um cavalheiro lhe oferecer ajuda, jamais dispense isso. Hoje em dia está difícil isso, sabia?
— Saia de perto de mim, não lhe conheço, o que vocês querem aqui? — Ela rebate em sua mão dispensando a ajuda.
Logo veio um silêncio repentino e um sorriso malicioso.
— Bom, esta é uma pergunta muito difícil, sabia? — Colocou uma mão sobre sua cabeça, esfregando-o e por um segundo, parou para pensar naquele questionamento.. — Não sei… eu nunca tive nada de tão valioso como estou tendo agora. — Ele direciona seu olhar para as pernas e coxas da garota. — Mas, acho que ter um harém não seria uma má ideia, não é?
— Não, saia daqui ... — Ela tenta conjurar magia mesmo estando quase sem força, mas não conseguia, pois já estava muito exausta.
— Calma, princesa. — Seu rosto não deixava dúvida, ele era alguém de alto escalão. — Por que ser tão ignorante comigo? Lhe fiz algo? — Questionou-a. — Quer saber? Desisto! Mulheres sem um pingo de simpatia não merecem atenção.
Um passo…
Dois passos…
Três passos…
Ele se afastou lentamente, enquanto olhava para as partes íntimas daquela princesa.
— Não me julgue pelas minhas ações, princesa! — Levanta dois dedos da mão esquerda em direção a ela, enquanto mantinha sua mão direita no bolso. — Antes de mais nada, preciso saber se você é tão forte assim como me disseram…
— Não, por favor. — Ela estava diante de um inimigo que estava para tirar a vida dela naquele instante. — Vamos conversar, não precisa ser assim.
— Calada… — Disse ele, calmamente.
A princesa tentou insistentemente conversar com seu adversário, mas… sem êxito. Seu corpo tremia por tanto lutar e ainda ser atingida diretamente por aquelas magias ocultas lhe custou mais dores no corpo.
O tempo era seu maior aliado, naquele momento.
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Atualizado até capítulo 21
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