Ato XXIII
Nem sempre digo,
nem sempre escrevo,
nem sempre sei como caber em palavras o tanto que você me transborda.
Mas, amor,
você mora nos meus silêncios.
Mora nos segundos em que fecho os olhos e suspiro.
Mora nas pausas entre uma frase e outra.
Mora no jeito que eu sorrio sem perceber,
quando lembro de você.
Se alguém perguntar onde te guardo,
direi que te guardo no espaço mais bonito que existe:
no intervalo das minhas batidas,
no eco dos meus pensamentos,
na parte mais calma e sagrada de mim.
Ato XXIV
Não sei quando começou,
se foi no primeiro sorriso,
no primeiro olhar,
ou na primeira vez que meu nome saiu da tua boca.
Só sei que depois de você,
não existe mais linha de chegada.
Só caminho.
Só construção.
Só o infinito que se abre toda vez que te abraço.
Entre nós, não existe fim.
Não existe talvez.
Existe sim.
Existe agora.
Existe amor.
E tudo que é amor,
é eterno — mesmo que o mundo diga que não.
Ato XXV
É simples te amar.
É tão simples que até assusta.
É como respirar,
como tomar água quando se tem sede,
como se cobrir numa noite fria.
É simples, natural, automático.
Te amar é saber que teu nome é meu som favorito,
que tua voz é minha trilha preferida,
e que teu cheiro é o perfume que eu quero carregar pela vida inteira.
Se amar fosse complicado,
seria com qualquer um.
Mas contigo…
é só amor que se ajeita, que se encaixa, que se entende.
Ato XXVI
O mundo diz:
“Se proteja.”
“Não se entregue tanto.”
“Amar demais é perigoso.”
Mas, amor, eu escolho o risco.
Eu escolho ser vulnerável.
Eu escolho ser teu, inteira.
Porque não há muro alto o bastante
que me faça querer menos do que o teu amor.
Amar você é resistência,
é gritar contra a frieza,
é nadar contra a corrente da indiferença,
é afirmar, sem medo,
que ainda vale a pena acreditar no amor.
E que se o amor tiver teu nome,
eu assino embaixo.
Ato XXVII
Às vezes, guardo pra mim.
Guardo porque acho bobo,
porque acho pequeno,
porque não quero parecer exagerada.
Mas hoje te digo —
e talvez nunca mais pare de dizer:
Que te amo quando você sorri pro celular.
Que te amo quando fica sério olhando pro nada, pensando em coisas que não me conta.
Que te amo até quando me irrita —
porque até na tua mania de me provocar,
existe amor.
Te amo quando dorme no meio do filme,
quando esquece o que eu acabei de dizer,
quando me abraça forte sem motivo algum.
E, amor,
se amar você é exagero,
me deixa ser exagero pro resto da vida.
Ato XXVIII
Quando estou contigo,
as horas não existem.
O relógio esquece de bater,
o mundo desacelera,
o caos lá fora se cala.
Só existe teu sorriso,
teu cheiro,
tua mão na minha.
O universo inteiro vira plano de fundo
quando você entra em cena.
Você é pausa no mundo,
é meu intervalo de paz,
é meu abrigo no meio do furacão.
E se for pra parar o tempo,
que seja no instante exato em que teus olhos encontram os meus.
Ato XXIX
Se amor tivesse cheiro,
teria o teu perfume.
Se amor tivesse som,
seria tua voz sussurrando meu nome.
Se amor tivesse forma,
seria teu abraço — perfeito, inteiro, imenso.
Se amor tivesse cor,
seria a mistura do tom dos teus olhos com a luz do teu sorriso.
Se amor tivesse nome,
ah, amor…
teria o teu nome.
E eu carrego ele em mim,
como quem carrega sorte,
como quem carrega vida.
Como quem sabe, sem sombra de dúvida,
que amar você é meu milagre diário.
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Atualizado até capítulo 93
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