Cecília acordou com o coração acelerado, procurando ao seu redor por seu namorado imaginário, Lucas. Ela olhou para todos os cantos do quarto, mas não o viu em lugar algum.
Lucas? Lucas, onde você está?, chamou Cecília, sua voz ecoando no vazio do quarto.
Sem resposta, Cecília sentiu um aperto no peito e uma sensação de pânico tomou conta dela.
Será que ele me deixou?, pensou, as lágrimas começando a escorrer pelo seu rosto. Ela se levantou da cama e saiu do quarto, procurando por Lucas por toda a casa.
Enquanto andava pelos corredores, Cecília começou a notar coisas estranhas acontecendo ao seu redor. A janela do banheiro abriu e fechou sozinha, a torneira da cozinha começou a jorrar água descontroladamente, inundando o chão da casa. Cecília sentiu o coração acelerar ainda mais, uma sensação de vertigem tomando conta dela.
Não, não pode ser real..., murmurou Cecília para si mesma, tentando controlar a respiração. Ela se viu encarando a água que subia rapidamente ao seu redor, como se estivesse em um pesadelo. Lucas, me ajude!, gritou ela, desesperada.
Foi então que Cecília se lembrou de seu medicamento, a quetiapina, que a ajudava a controlar seus surtos de esquizofrenia. Com as mãos trêmulas, ela correu até o armário do banheiro e pegou a caixa de remédios, engolindo uma pílula desesperadamente.
Pouco a pouco, a sensação de afogamento foi diminuindo, a água ao seu redor desapareceu e a casa voltou ao normal. Cecília se agarrou à pia do banheiro, ofegante, sentindo o coração batendo forte no peito. Ela olhou ao redor, respirando fundo, tentando se acalmar.
Isso não é real, isso não é real..., repetiu Cecília para si mesma, fechando os olhos com força. Quando os abriu novamente, viu Lucas em pé à sua frente, com os olhos preocupados. Ele segurava suas mãos com carinho, tentando acalmá-la.
Cecília, tudo bem? Você teve outro surto de novo?, perguntou Lucas, sua voz suave e reconfortante. Cecília assentiu, sentindo um misto de alívio e vergonha.
Eu sinto muito, Lucas. Eu sei que nada disso é real, mas às vezes é difícil..., murmurou Cecília, enxugando as lágrimas do rosto.
Lucas sorriu gentilmente, passando o polegar pela bochecha de Cecília. Eu sei, querida. Mas eu estou aqui, sempre estarei aqui para te ajudar a superar esses momentos difíceis.
Cecília sorriu de volta, sentindo-se grata por Lucas ao seu lado, mesmo que apenas em sua mente. Ela o abraçou com força, sentindo-se segura e protegida em seus braços imaginários.
Cecília: Lucas, eu sinto tanto a sua falta. Obrigada por estar comigo, mesmo que apenas na minha mente.
Lucas: Estou sempre aqui para você, Cecília. Mesmo que seja apenas em espírito.
Cecília sorriu, sentindo-se grata por ter Lucas ao seu lado, mesmo que fosse apenas uma projeção de sua imaginação. Ela o abraçou com força, fechando os olhos e se perdendo na sensação reconfortante de estar nos braços dele.
Lucas: Você sabe que pode me chamar sempre que precisar, certo?
Cecília assentiu, sentindo-se segura e protegida em seus braços imaginários.
Cecília: Eu sei, Lucas. Você é o meu porto seguro, mesmo que esteja longe.
Lucas: Sempre estarei com você, Cecília. De uma maneira ou de outra.
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Atualizado até capítulo 41
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