capítulo 05

(Perspectiva de Valentina)

O beijo dele não era só um beijo.

Era uma declaração. Uma sentença. Uma marca.

Matteo me segurava como se o mundo inteiro pudesse acabar naquele instante e ele não deixaria eu escapar.

Minhas mãos foram pro pescoço dele, puxando, arranhando, apertando. A boca dele descia, mordeu meu queixo, deslizou pelos meus lábios, pelo meu pescoço, me fazendo perder completamente o controle.

— Você é louco... completamente louco... — eu sussurrei, ofegante, com os lábios inchados.

Ele sorriu, aquele sorriso arrogante, perigoso e absurdamente sexy.

— Sou. — respondeu, com a voz rouca. — Louco por você, princesa.

As mãos dele desceram, segurando minhas coxas, me puxando pro colo dele de um jeito que me fez arfar.

Senti cada músculo do seu corpo tenso debaixo de mim. Forte. Quente. Perigoso.

E, mesmo sabendo de tudo...

Mesmo sabendo quem ele realmente era...

O herdeiro da máfia...

O homem que todos temem...

Eu não queria parar. Não podia.

Mas o toque do celular dele nos arrancou daquele transe.

Matteo olhou a tela, e instantaneamente todo o clima mudou.

O semblante dele ficou sério. Olhos frios. Maxilar travado.

— Fica aqui. — ordenou, abrindo a porta do carro.

— Matteo... o que tá acontecendo? — perguntei, com a voz falha.

Ele respirou fundo, olhou pra mim, segurou meu queixo e respondeu, firme:

— Lembra o que eu te disse? O jogo ficou sério, princesa. E agora... eles vêm atrás de mim. De nós.

Meus olhos se arregalaram.

— Eles quem?

Mas ele já tava no telefone, andando de um lado pro outro.

— Ativa os homens. Ninguém chega perto da propriedade. Se virem alguém suspeito, eliminem. — a voz dele não parecia mais do Matteo que eu conhecia. Era outro homem. Frio. Calculista. Perigoso.

Meu coração disparava. As mãos tremiam.

E, pela primeira vez, eu entendi.

Estar com Matteo...

Era viver no limite.

Entre o prazer... e o perigo.

Ele desligou, abriu a porta do carro, segurou meu rosto com as duas mãos, e seus olhos me atravessaram.

— A partir de agora, Valentina... você é minha. E ninguém, ouviu bem? Ninguém toca no que é meu.

Antes que eu pudesse responder, ele selou meus lábios num beijo forte, possessivo.

E eu percebi...

Estar com Matteo... era um caminho sem volta.

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...----------------...

(Perspectiva de Matteo)

O telefone ainda queimava na minha mão.

Os olhos dela estavam arregalados, assustada, perdida... e mesmo assim, tão linda.

Eu sabia que mais cedo ou mais tarde isso ia acontecer.

O passado não dorme. Não some. Ele volta. Sempre volta.

E agora... eles tinham colocado Valentina no jogo.

No meio de um campo de guerra.

Segurei seu rosto, olhando nos olhos dela.

— A partir de agora... você não sai mais do meu lado. Entendeu, princesa? — minha voz saiu baixa, mas carregada de uma ordem que não aceitava negociação.

Ela respirou fundo, tentou ser forte, tentou sustentar meu olhar, mas eu via... eu via o medo ali. E isso me rasgava por dentro.

— Matteo... quem são eles? — perguntou, com a voz trêmula. — Quem tá atrás de você... de nós?

Respirei fundo, passando a mão no meu cabelo, fechando os olhos por um segundo.

E então... soltei a verdade.

— A família do seu ex, Valentina... — meu olhar ficou duro. — Eles são os meus maiores inimigos.

Ela levou as mãos à boca, surpresa.

— O quê...?

— Eles acham que podem me derrubar. Que podem usar você contra mim. Mas eles cometeram um erro, princesa... — segurei sua cintura, puxando pra perto. — Porque agora... agora você é minha mulher. E quem encosta em você... MORRE.

A respiração dela falhou. O corpo tremia. Mas, em vez de se afastar... ela se agarrou mais a mim.

— Eu... eu não sei o que tá acontecendo, Matteo... eu não sei se tô com medo ou se... ou se eu... — ela mordeu os lábios, desviando o olhar.

— Ou se me deseja tanto quanto eu desejo você... — completei, encostando minha testa na dela.

Ela não respondeu. Porque não precisava.

O corpo dela falava. A pele arrepiada. A respiração acelerada. O olhar que fugia e voltava.

Ela me queria.

E eu... eu tava à beira de explodir.

Meus lábios desceram pro pescoço dela, mordendo, marcando, arrancando um gemido que ela tentou conter, mas não conseguiu.

— Você não faz ideia do que eu sou capaz de fazer... por você... — sussurrei, a voz grave, rouca, carregada de desejo.

Mas o som de tiros no portão da propriedade me trouxe de volta pra realidade.

Afastei no mesmo segundo, puxando ela pra trás de mim.

— Fica abaixada. Não sai daqui. Se alguém encostar, mira bem no meio e atira. — coloquei uma arma na mão dela.

Os olhos dela se arregalaram.

— O q-quê? — gaguejou. — Eu não...

Segurei seu rosto, encarando.

— Escuta, princesa. Isso não é mais brincadeira. É guerra.

Saí do carro, destravei a arma e meu lado que eu lutei tanto pra esconder... emergiu.

Frio. Calculista. Implacável.

O verdadeiro Matteo Bianchi

Eles querem guerra?

Então eles vão ter.

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Comments

Cida Mendes

Cida Mendes

Ah Matheo 😍❤️ tô contigo

2025-06-05

1

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