O Filho do Cowboy
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Kkkkkkkk… Brincadeira a parte, vamos começar!
Queridos leitores,
Esse livro carrega muito mais que palavras… ele traz emoção, reencontros, segredos, perdão e, acima de tudo, amor. Escrevi cada capítulo com o coração aberto, e espero que vocês sintam isso em cada linha.
Obrigada por estarem comigo em mais uma história. Vocês fazem tudo isso valer a pena!
Com carinho,
Naira Sousa
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...✧ Cristian Walker ✧...
...✧ Laura Campbell ✧...
...✧ Miguel Campbell ✧...
✧ Cristian Walker ✧
A manhã já queimava forte quando abri os olhos, o sol do Texas nunca teve piedade. Mas, como todos os dias, me levantei da cama com um certo ânimo que só quem ama a vida no campo entende. Aquele tipo de rotina que gruda na alma da gente — levantar cedo, tomar um café preto bem forte, vestir a camisa jeans, prender o cinto largo com fivela de rodeio e pisar na terra com as botas gastas de tantos quilômetros.
Meu nome é Cristian Walker. Filho de quem foi o maior criador de cavalos da região e herdeiro de uma fazenda que carrega mais orgulho do que riqueza. Aqui, todo mundo me conhece. Uns me admiram, outros me evitam. Carrego fama de ser duro, um homem de poucas palavras e muitos feitos — e talvez isso não seja só fama.
Após selar meus pensamentos, peguei meu chapéu de palha trançada e saí da casa principal, atravessando a varanda de madeira que estalava sob meus passos. Do lado de fora, a poeira já começava a subir com os primeiros cavalos correndo soltos no pasto.
Hoje era dia de leilão no Rancho Lone Star, o maior da região. Gente de longe vinha só para ver os cavalos de raça desfilarem com elegância e preço alto. Puro-sangue árabe, quarto de milha, paint horse... cavalos que custavam mais que uma caminhonete novinha.
Montei na minha caminhonete vermelha, antiga, mas forte como um touro, e segui estrada afora. Os quilômetros de terra vermelha engoliam os pneus enquanto a paisagem rural passava em um borrão de cercas, colinas secas e arbustos castigados pelo sol. Era uma beleza crua. Selvagem. Como tudo por aqui.
Ao chegar ao Rancho Lone Star, uma pequena multidão já se aglomerava diante do grande galpão onde acontecia o leilão. Os cavalos relinchavam nos currais, impacientes. Homens com fivelas enormes e mulheres de botas de cano alto circulavam com copos de refrigerante, chapéus bem firmes na cabeça e olhos atentos aos lances.
Desci do veículo, ajeitei meu chapéu e caminhei até o galpão. O cheiro de feno, suor de cavalo e perfume doce de algum laquê feminino me invadiu. Um leiloeiro de voz firme já ocupava o centro, empoleirado num pequeno palco improvisado, microfone na mão e entusiasmo escorrendo por cada palavra:
— Temos aqui um dos melhores garanhões quarto de milha do estado! Sangue campeão, linhagem premiada! Começamos com trinta mil dólares!
O cavalo, castanho-escuro com uma marca branca na testa, era uma pintura. Postura altiva, músculos definidos, olhos inteligentes. De dar inveja até em quem cria por paixão e não por lucro.
Fiquei parado por um momento, observando tudo com atenção, quando um movimento ao longe me fez virar o rosto.
Meu sangue gelou.
Ela estava ali. De cabelos castanhos, soltos, descendo pelos ombros como cachoeira de lembranças. Vestia uma calça jeans colada e uma blusa branca simples, mas nela tudo era diferente. Elegância natural. Forasteira e, ao mesmo tempo, parte da paisagem. Não havia dúvida. Era Laura.
Cinco anos.
Cinco malditos anos desde que ela sumiu da minha vida e me deixou com um papel dobrado em cima da cômoda. Nem um adeus. Só covardia.
Antes que eu pudesse reagir, alguém tocou meu ombro. Me virei. Ariana.
— Amigo — disse ela, com aquele sorrisinho de quem guarda segredos — não esperava te ver por aqui. Tinha me dito que talvez não viria.
— Mudei de ideia — respondi, tentando manter a voz firme, mesmo com o passado explodindo no peito.
Ariana me seguiu com o olhar e percebeu.
— Ah… então você já viu.
— Difícil não ver — falei, o maxilar travando. — Está diferente, e com uma criança.
Ariana soltou um suspiro.
— Pois é. Dizem ser mãe solteira. Engravidou e o sujeito caiu fora. Ninguém sabe quem é o pai. Só sei que ela voltou com a cara limpa e a criança na mão. E ninguém quis assumir. Nem o pai, nem homem nenhum.
Ela soltou uma risadinha seca.
— Teve gente que comentou que ela “viveu demais” na cidade. Saiu daqui toda apaixonada, voltou... bem mais vivida, digamos assim. Mas você sabe como é a língua do povo, né?
Senti o estômago embrulhar. Raiva e decepção se misturaram como gasolina e fogo.
— E agora? Veio fazer o quê aqui?
— Foi convidada. Disseram que ela quer tentar montar um negócio de consultoria com criadores, gente da cidade com dinheiro. Mas ninguém leva muito a sério não… Aqui, a fama corre rápido.
Fiquei em silêncio, com o olhar fixo nela.
A mulher que eu quase me casei.
A mulher que defendi contra tudo. Que amei como nunca amei mais ninguém. Que me jurou que seria minha... e depois desapareceu como quem joga fora uma carta velha.
E agora ali estava ela. Sozinha. Com um filho que nem nome de pai deve ter na certidão. Voltando com cara de quem quer recomeçar, como se nada tivesse acontecido.
Não sei o que me incomodava mais. O fato de ela estar ali, fingindo normalidade, ou o fato de que, mesmo depois de tudo, meu coração ainda reagia só de olhar para ela.
Ariana pousou a mão no meu braço, com suavidade.
— Cristian, não é da minha conta... mas você ainda sente alguma coisa por ela?
— Não é “alguma coisa”. É tudo — respondi, e vi o espanto silencioso em seus olhos. — Ela foi minha antes de ser de qualquer um. E eu nunca esqueci.
— Na real, amigo. Esquece, Cristian. Não vale a pena cavar o passado. Você já sofreu demais por essa mulher. Não deixe ela estragar mais nada.
Assenti, sem responder.
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Atualizado até capítulo 40
Comments
Adriana Pessanha
kkkk adorei vc, poderosa/Smile/
2025-05-27
5
Marli Batista
Começando 28/05/25 Vamos lá ver o que vai acontecer mais ja sei que vou amar ler esta história maravilhosa ♥️❤️♥️❤️♥️
2025-05-29
1
Simone Ferreira
Tudo indo muito bem,até aparecer essa amiga do inimigo. Tenho certeza que gosta dele e vai dar trabalho 🤣🤣🤣
2025-05-28
0