O Lugar Onde Cabe Você
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¡Y˖࣪ATENÇÃO! ᰔ ִ ׄ
𝐄𝐬𝐭𝐚 𝐨𝐛𝐫𝐚 𝐟𝐨𝐢 𝐢𝐧𝐬𝐩𝐢𝐫𝐚𝐝𝐚 𝐧𝐚 𝐨𝐛𝐫𝐚 "ᴍᴇᴜ ɪɴᴛʀᴏᴠᴇʀᴛɪᴅᴏ" 𝐝𝐚 𝐚𝐮𝐭𝐮𝐫𝐚 "Semnnome" 𝐝𝐚 𝐨𝐛𝐫𝐚 " 𝙼𝙴𝚄 𝙼𝚄𝙽𝙳𝙸𝙽𝙷𝙾 𝙰𝚉𝚄𝙻" 𝐝𝐚 𝐚𝐮𝐭𝐨𝐫𝐚 "Bárbara Melo" . 𝐨𝐛𝐫𝐢𝐠𝐚𝐝𝐨 𝐩𝐞𝐥𝐚 𝐚𝐭𝐞𝐧𝐜̧𝐚̃𝐨. 𝚝𝚎𝚗𝚑𝚊𝚖 𝚞𝚖𝚊 𝚋𝚘𝚊 𝚕𝚎𝚒𝚝𝚞𝚛𝚊.
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Max estava com o coração disparado. Era difícil controlar os pensamentos quando se tratava de Ivan. Desde que se conheceram no clube de artes da escola, Max se viu encantado não apenas pelo jeito inteligente de Ivan, mas também por sua forma única de enxergar o mundo.
Ivan era um rapaz autista, alguém que gostava de rotinas, de conversas sinceras e de evitar situações muito barulhentas. Enquanto muitos o viam como alguém "diferente", Max enxergava nele algo incrível: sua sensibilidade, sua honestidade e sua capacidade de ser genuíno quando todos ao redor pareciam estar usando máscaras.
Naquela tarde, Max estava decidido. Tinha chamado Ivan para encontrá-lo atrás da escola, no velho jardim que quase ninguém visitava mais. O vento balançava as folhas, e o som dos pássaros era o único barulho que preenchia o espaço.
Ivan chegou pontualmente, como sempre. Usava seu moletom azul preferido, aquele que dizia ser confortável por causa da textura. Ao ver Max, seu rosto se iluminou com um sorriso tímido.
— Oi. — disse, ajeitando a mecha de cabelo que havia em seu rosto. — Você disse que queria conversar.
Max respirou fundo. Seu coração parecia querer pular do peito.
— É… Queria, sim. — Ele passou a mão nervosamente pelos cabelos. — Ivan, eu… eu gosto muito de você. Não só como amigo. Gosto de você de verdade. Acho que… acho que estou apaixonado por você.
Por alguns segundos, Ivan ficou em silêncio, olhando para o chão. Depois, levantou o olhar, direto nos olhos de Max — algo que raramente fazia, mas que, naquele momento, parecia necessário.
— entendo... — respondeu, com a voz calma.
— e eu queria saber se… Se poderíamos, sabe... Namorar.— Max murmurou, nervoso.
— podemos tentar... — Ivan respondeu, sem muita expressão.
Max piscou, surpreso. Por um instante, achou que talvez Ivan estivesse apenas sendo educado, sem entender totalmente o que aquilo significava.
— Sério? — perguntou, quase sem acreditar, buscando no olhar de Ivan algum sinal de que aquilo era real.
Ivan franziu um pouco a testa, como quem organiza mentalmente as informações antes de falar.
— Sim... podemos tentar... desde que... — fez uma pausa, olhando para as mãos — desde que você entenda que, às vezes, eu vou precisar de silêncio... ou de espaço. E que algumas coisas, como festas ou surpresas, são difíceis pra mim.
Max sorriu, aliviado, e se aproximou um pouco mais.
— Eu entendo, Ivan. A gente pode criar nossas próprias regras, não precisa ser como todo mundo.
Ivan respirou fundo, Max estava hesitante em se aproximar, sabia que o garoto grisalho em sua frente não gostava de toques. muito menos de carícias ou calores corporais. ⁶
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Ivan percebeu o movimento sutil de Max, aquele passo contido, quase simbólico, que não invadia seu espaço, mas que dizia muito. Aquilo fez com que seus ombros, que estavam levemente tensionados, relaxassem um pouco.
— Criar nossas próprias regras... — ivan repetiu, como se experimentasse a ideia pela primeira vez. — Gosto disso.
O vento soprou novamente, levantando algumas folhas secas que dançaram ao redor dos dois. Por alguns segundos, ficaram apenas observando, em silêncio — um silêncio que, para Ivan, não era desconfortável. Na verdade, era acolhedor.
— Então... o que exatamente significa namorar pra você? — Ivan perguntou, com a cabeça levemente inclinada, olhando para Max de um jeito curioso e genuíno. — Quero entender...
Max sorriu, surpreso pela pergunta, mas, ao mesmo tempo, encantado com aquela forma honesta de se comunicar.
— Acho que... significa estarmos juntos, sabe? Compartilhar momentos, conversar, apoiar um ao outro. — Ele coçou a nuca, pensativo. — Não precisa ter toque, nem coisas que te deixem desconfortável. A gente pode descobrir juntos como é, do nosso jeito.
Ivan assentiu, processando cada palavra.
— E... se eu quiser, às vezes, ficar sozinho... Isso não significa que eu goste menos de você.
— Eu sei. — Max respondeu, sem hesitar. — E se algum dia eu falar demais, ou fizer algo que te sobrecarregue, você pode me avisar. A gente vai ajustando, tudo bem?
Ivan respirou fundo novamente. Aquilo parecia seguro. Diferente. Tranquilo.
—Tudo bem... — Ivan respondeu, e, depois de uma breve pausa, completou, meio hesitante, mas sincero. — Eu preciso ir pra casa... até amanhã.. namorado... — Ele disse, num tom inocente e adorável.
— não precisa me chamar desse jeito. — Max ri baixo, respondendo com um sorriso doce
Ivan parou por um segundo, como se processasse as palavras de Max. Seu olhar ficou pensativo, e ele apertou um pouco a alça da mochila.
— Por quê? — perguntou, com a cabeça levemente inclinada, em um tom genuinamente curioso. — Você não gostou?
Max riu de novo, dessa vez um pouco mais desconcertado, levando a mão ao rosto, como quem tenta esconder o próprio sorriso.
— Não é isso... — respondeu, respirando fundo. — É que... você falando assim, tão de repente, me deixa meio... — fez um gesto vago com as mãos — meio bobo, sabe?
Ivan franziu levemente a testa, refletindo.
— Ah... — respondeu, entendendo. Depois de alguns segundos, seu rosto se suavizou, e um sorriso pequeno, quase envergonhado, surgiu no canto dos lábios. — Então... acho que vou continuar chamando assim... — disse baixinho, desviando o olhar. — Porque... é fofo te ver assim... meio bobo.
Max arregalou os olhos, completamente pego de surpresa.
— Ivan! — exclamou, segurando o riso. — Você não pode simplesmente falar essas coisas assim, do nada!
— Por quê? — repetiu Ivan, arqueando uma sobrancelha, mantendo aquele tom calmo, quase inocente, mas com uma pontinha de curiosisade escondida. — Eu só estou sendo honesto...
Max balançou a cabeça, sorrindo, completamente rendido.
— Tá... tá bom... até amanhã... namorado. — disse, deixando escapar, enfim, a palavra, como quem se entrega de vez. foi como uma forma zombeteiro de zoar com ivan
Ivan sorriu, satisfeito, acenou com a mão de forma contida e virou-se para ir embora, com passos ritmados, seguindo sua rotina.
Max ficou parado por alguns instantes, olhando o caminho por onde Ivan sumiu, e percebeu que o mundo parecia bem mais bonito agora, antes de ir embora saltitando, Max pulou de alegria.
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Atualizado até capítulo 24
Comments
Cherry ama vc💖⃟⃠🌺
Se não for assim eu nem quero💧👄💧🤝
2025-05-31
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