Nós Invisíveis: Como Me Tornei Dom Do Meu CEO
Nunca achei que meu primeiro emprego terminaria assim: com o coração acelerado, o estômago revirado e a mente em um turbilhão de imagens que eu não consigo apagar.
“Rick, tô ferrado. Acho que vou ser demitido.”
“O que aconteceu? Vem aqui pra casa. Vamos conversar.”
Eu queria responder, mas nem sei por onde começar. Faz menos de um mês que consegui essa vaga... e não é qualquer vaga. É meu primeiro emprego depois de formado. Eu acabei de sair da faculdade de Secretariado, e caí direto em uma das maiores empresas coreanas de tecnologia. E mais que isso: fui designado como secretário do Diretor de Operações.
Foi um processo seletivo absurdo, com treze fases. Treze. O último secretário saiu sem avisar, o que deixou o clima tenso. Mesmo assim, eu consegui. E não foi por sorte, eu lutei por isso. Eu estudei cada detalhe da empresa, me preparei como nunca. E, por um tempo, achei que estava indo bem.
O trabalho em si não é complicado. Não tem muita diferença do estágio que fiz por três anos em uma multinacional de alimentos. Mas o diretor... o diretor é outra história. Seo Joon. Só de pensar no nome, meus ombros enrijecem. Ele assumiu a diretoria como última oportunidade de salvar a filial, que estava preste a fechar, há dois anos. Hoje é a filial mais rentável, competindo no mercado global com extrema eficiência. E tudo isso... com uma disciplina que beira a loucura. E acho que isso diz um pouco sobre seu temperamento...
O sr. Seo Joon é um homem imponente, austero e inflexível. Não tolera incompetência nem desperdício de tempo. Cada minuto conta, cada decisão tem um impacto, e cada falha tem consequências.
Ele não levanta a voz, não precisa. Seu tom baixo e firme carrega um peso que faz com que todos prestem atenção. Quando ele fala, é para dar ordens, traçar estratégias ou cobrar resultados. Ele não acredita em desculpas, apenas em resultados.
Sua presença impõe respeito desde o momento em que cruza a porta, e seu olhar frio e calculista é o suficiente para silenciar qualquer conversa paralela na sala. Disciplina, estratégia e execução são os pilares que sustentam sua gestão, e foi exatamente isso que o permitiu salvar a filial da falência em menos de dois anos. É meticuloso ao extremo, capaz de enxergar falhas em um plano antes mesmo que ele seja colocado na prática.
Dados e medições são suas armas, e ele os usa para tomar decisões racionais e cirúrgicas. Despesas solicitadas? Cortadas. Processos ineficientes? Reformulados. Equipes que não performam? Reestruturadas sem hesitação.
Ele não busca ser amado, mas respeitado e temido na medida certa. Seu objetivo é manter a empresa funcionando como um relógio suíço, e não se importa com quem precisa desagradar para alcançar esse objetivo. Para ele, o sentimentalismo não paga contas. Ele é o tipo de líder que salva empresas do colapso e transforma o caos em eficiência. Sua fama o precede, e qualquer um que trabalhe com ele sabe que ele não erra.
E eu... estou tentando acompanhar seu ritmo desde o primeiro minuto.
Nos primeiros dias, foi difícil. Ele exigiu o melhor de mim, e talvez um pouco mais. Não no conteúdo da diretoria, nisso ele foi justo, sabia que eu precisava aprender. Mas no que se espera de um secretário? Ele não perdoa. Pontualidade, organização, antecipação. A agenda dele tem que rodar como um relógio suíço, e eu sou o cara que gira os ponteiros.
Demorei alguns dias a me ajustar. Tentei aproveitar ao máximo meu tempo, aprendendo sobre a empresa e a diretoria quando estava com tempo livre, e ficando atento a todas suas necessidades. Acho que consegui. Pelo menos, até hoje à noite. Eu não recebi feedbacks, o que era um bom sinal, porque o silêncio do sr. Seo Joon era a única forma de aprovação que alguém recebia. Aprendi a antecipar suas necessidades, integrar a agenda profissional à pessoal, otimizar cada segundo do seu tempo.
E então, aquilo aconteceu. Eu fiquei no escritório para adiantar um documento que precisaria ser assinado o quanto antes. Só isso. E o que eu vi... eu não consigo descrever.
Ou talvez não queira. Ainda não.
Mas desde aquele momento, algo em mim... mudou.
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Atualizado até capítulo 30
Comments
Author: Carola Borges
Certeza que pegou o diretor fazendo saliências
2025-06-19
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