LUCA VITIELLO - UM MAFIOSO CRUEL

LUCA VITIELLO - UM MAFIOSO CRUEL

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Sinopse

Luca Vitiello não nasceu cruel. Foi moldado assim — pelas ruas de Palermo, pelos segredos da máfia, pelas mãos manchadas de sangue de seu pai. Agora, como chefe implacável da Famiglia Vitiello, ele governa com punho de ferro e olhar de aço. Nenhum erro é perdoado. Nenhuma fraqueza é tolerada.

Então, ela apareceu.

Siena Castellani, jornalista investigativa, bonita demais para o seu próprio bem, ousada o suficiente para enfrentar monstros — e ingênua o bastante para acreditar que poderia escapar ilesa ao tocar o nome “Vitiello”.

Quando os caminhos deles se cruzam, o perigo se torna inevitável. Ele a sequestra para silenciá-la. Ela o desafia a se redescobrir.

Entre vingança, traições e desejos proibidos, Luca descobrirá que até o mais cruel dos mafiosos pode ser vulnerável… quando o coração entra em jogo.

Prólogo

Palermo, Itália — 15 anos atrás

O som do disparo ainda ecoava na viela quando Luca largou a arma com mãos trêmulas. Tinha apenas quinze anos, mas os olhos, escuros e frios, já conheciam a morte. O homem caído diante dele não era só uma ameaça à Famiglia — era o traidor que denunciou seu pai. E Luca fizera o que esperavam dele.

— Muito bem, ragazzo. — A voz de Don Enzo Vitiello, seu pai, soou ao fundo. Orgulhosa. Implacável. — Agora você é um dos nossos. Um verdadeiro Vitiello.

Mas Luca não sentia orgulho. Nem alívio. Sentia… vazio. A alma manchada por algo irreversível.

Foi naquela noite que ele aprendeu: amar é uma fraqueza. E fraquezas, no mundo deles, custavam vidas.

Até que, anos depois, uma mulher de olhos castanhos e perguntas demais apareceria para desafiar essa regra cruel...

Capítulo 1 – A Entrevista que Nunca Deveria Ter Acontecido

Milão – Itália

Siena Castellani entrou no luxuoso saguão do hotel Palazzo di Fuoco como se estivesse em solo sagrado — mas com o coração batendo como um tambor de guerra.

Aos vinte e sete anos, ela não era mais a estagiária ingênua que gaguejava na frente de fontes importantes. Já havia desenterrado escândalos políticos, denunciado tráfico de órgãos e publicado matérias que causaram demissões e prisões. Mas nada... nada se comparava ao que estava prestes a fazer.

Luca Vitiello.

O nome ecoava pelos becos de Palermo como uma oração profana. Don da Famiglia mais temida da Sicília. Cruel, calculista, e absurdamente rico. Um homem que supostamente ninguém conseguia entrevistar. Mas ela conseguiria. Porque tinha algo que ele queria: silêncio. E ela, uma proposta.

— Senhorita Castellani? — Um homem de terno preto, postura militar e olhar gélido se aproximou. — Por aqui.

Ela assentiu, o maxilar tenso, as mãos trêmulas sob o sobretudo bege. Enquanto o segurança a conduzia pelos corredores discretos do hotel, Siena revisava mentalmente suas anotações. Sabia dos riscos. Sabia dos desaparecimentos. Mas a verdade, para ela, sempre foi mais importante do que o medo.

Ao entrar na suíte presidencial, o cheiro de couro e tabaco a envolveu. A decoração era sóbria, elegante e fria — como o homem que a esperava.

Sentado em uma poltrona de veludo cinza, Luca Vitiello erguia uma taça de vinho tinto como se cada gesto fosse ensaiado. Vestia um terno preto impecável, sem gravata, e a camisa aberta até o segundo botão revelava um vislumbre de pele morena e marcada por um colar de ouro fino.

Os olhos — os malditos olhos — eram ainda mais intensos do que nas fotos. Escuros como tempestades. Fixos nela como se a despissem em silêncio.

— Senhorita Castellani. — Sua voz era grave, baixa, sedutora e perigosa. — Sente-se. Vamos ver o que tem a me oferecer.

Ela se aproximou, mantendo o olhar firme, mesmo sentindo as pernas bambas.

— Uma entrevista exclusiva. Sem edição. Sem cortes. Um retrato cru de quem Luca Vitiello realmente é.

Ele sorriu. Mas não foi um sorriso comum. Foi algo entre desprezo e desafio.

— Você tem coragem. Ou é burra. Talvez as duas coisas.

— Sou jornalista, senhor Vitiello. E conheço a importância de dar voz até ao Diabo.

Luca riu, curto e rouco.

— E o que te faz pensar que o Diabo quer ser ouvido?

Ela pousou o gravador sobre a mesa.

— Porque ele cansou de ser mal interpretado.

O silêncio se estendeu por segundos. Ele a encarou como se estivesse calculando cada batida do coração dela. Depois, se recostou, relaxando perigosamente.

— Comece. Mas se perguntar algo que me desagrade... você não sairá daqui com vida.

Siena engoliu em seco.

A entrevista começou. E com cada pergunta que ela fazia, mais ela mergulhava em um mundo onde justiça, amor e verdade eram conceitos distorcidos. Ele falava pouco, mas cada resposta era um golpe no que ela acreditava. Em determinado momento, a entrevista deixou de ser profissional. Tornou-se um jogo de olhares, de silêncios densos, de provocações veladas.

— Por que ainda está no comando, Luca? — ela perguntou, tirando a formalidade do nome, sem perceber.

Ele se aproximou devagar, os cotovelos apoiados nos joelhos, o olhar cravado no dela.

— Porque o medo é mais eficiente do que a lealdade. E eu aprendi a ser temido aos quinze anos.

Ela estremeceu.

— Você já amou?

Ele a encarou por um longo tempo. Então se levantou, caminhando até uma adega no canto da sala.

— Amor é uma arma. Das mais letais. — Ele encheu outra taça e voltou, entregando a ela. — Mas você já sabia disso, não é?

Siena aceitou a taça, mas não bebeu. O coração estava disparado. Algo nela dizia que estava ultrapassando uma linha invisível. E quando seus dedos roçaram os dele, a faísca foi imediata.

— Você deveria ter medo de mim — ele sussurrou, agora muito perto.

— Talvez eu tenha — ela respondeu, a voz rouca. — Mas não o suficiente.

O celular dela vibrou. Um lembrete de que o mundo real existia. Mas quando olhou para a tela, viu algo que fez seu sangue gelar: uma notificação de e-mail com o título "Dossiê Vitiello – CONFIDENCIAL", enviado por sua fonte anônima.

Luca viu. Claro que viu.

— Você está jogando com fogo, Siena. — Sua voz perdeu o tom suave. Estava fria. Perigosa. — E esqueceu que sou eu quem controla o isqueiro.

Ela tentou se levantar, mas ele a segurou pelo braço.

— A entrevista acabou — ele disse. — Agora, você vai me contar tudo. E, dependendo da sua resposta, talvez... só talvez... ainda esteja viva pela manhã.

O coração de Siena disparou. Mas ela não gritou. Não tentou fugir. Apenas encarou o mafioso cruel à sua frente e soube, com absoluta certeza, que aquele encontro mudaria sua vida para sempre.

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Comments

Jucelia Oliveira

Jucelia Oliveira

colocar fotos deles fica mais interessante autora estou gostando muito 👏 👏 👏 👏 👏

2025-06-03

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Regina Celia

Regina Celia

ESTOU ACHANDO MUITO INTERSSANTE,O COMEÇO DESTE ROMANCE. EU ACHO QUE MUITA COISA A SE DESENROLAR ATÉ O FIM.

2025-05-27

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