Três minutos eternos

Capitulo 5– Três Minutos Eternos

A multidão se comprimia ao redor da arena. O nome do desafiante misterioso começava a se espalhar como um sussurro entre os anões, elfos mercadores e guerreiros reunidos:

— “É o humano que enfrentou um Urso Vermelho sozinho…”

— “Dizem que ele é Hank S…”

No centro da arena, o Anão de Aço girou seu machado com uma mão só. O som cortante do metal reverberou como trovão. Ele sorriu para Kael, que se mantinha firme, olhos fixos no oponente.

Um ancião anão, o juiz do desafio, ergueu a mão.

— “TRÊS MINUTOS! Se aguentar, a recompensa será sua!”

A mão desce.

Começa a luta.

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SEGUNDO 1 A 30:

O Anão avança como um trem de guerra. Cada passo faz o chão tremer. Ele ergue o machado e desfere um golpe que dividiria uma pedra ao meio.

Kael se teleporta para trás dele num instante, desviando com precisão. Responde com um chute, mas o anão bloqueia com o cabo do machado.

O som do impacto é como o de um canhão.

— “Rápido…” — murmura o Anão, satisfeito. — “Vai ser divertido.”

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SEGUNDO 31 A 90:

Kael começa a ler os pensamentos do anão — mas eles vêm confusos, como se embaralhados de propósito.

— “Ele tá bloqueando até isso?” — pensa Kael, surpreso.

O Anão ativa sua força bruta, girando com o machado numa sequência esmagadora. Kael esquiva por centímetros, teleportando-se em curto alcance para manter o ritmo.

O público prende o fôlego.

A cada golpe bloqueado, Kael é jogado para trás. A cada ataque que desfere, o anão resiste como uma muralha.

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SEGUNDO 91 A 150:

Kael ativa sua habilidade de cópia. Por 5 minutos, possui as mesmas capacidades físicas do Anão de Aço — mas sem a experiência.

Agora os dois são espelhos em brutalidade. Punhos, joelhos, cabeçadas.

A arena vira um campo de batalha dos titãs.

Rosalind e Euza, assistindo de longe, observam em silêncio. Euza, preocupada. Rosalind… sorrindo.

— “Esse garoto… é louco.”

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SEGUNDO 151 A 180 (últimos 30 segundos):

Ambos ofegam, com o suor caindo como chuva. As armaduras estão arranhadas, os músculos tensos. Mas nenhum cai.

Kael rola para o lado e desfere um soco que atinge o capacete do anão.

O Anão recua… e sorri.

— “Três minutos.” — ele diz, olhando para o juiz.

O sino mágico ecoa. FIM DO DESAFIO.

A arena explode em gritos e aplausos.

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Epílogo do Capítulo:

O Anão de Aço caminha até Kael, agora de pé e ofegante, com o rosto marcado pela batalha.

— “Nunca ninguém havia durado tanto. Tem minha admiração… e minha palavra.”

Ele estende uma pequena caixa de pedra rúnica. Dentro dela, reluz brilhando sob a luz do sol poente… uma moeda de Nareth.

— “Use com sabedoria. Essa moeda compra armas… ou abre portas.”

Kael aperta o punho em volta da moeda, sentindo o peso do reconhecimento. Não era apenas dinheiro.

Era um símbolo.

De que ele havia entrado no mapa de Nareth.

– A Espada Negra

De volta à loja, Kael encara novamente a espada negra sobre o pedestal. Agora, com a moeda de Nareth em mãos, o peso da escolha parece maior do que nunca.

O vendedor anão nota a hesitação:

— “Ela te chama desde o primeiro momento. Agora pode ser sua... mas uma arma assim não escolhe qualquer um.”

Kael respira fundo e estende a moeda.

A espada emite um brilho pulsante, como se reconhecesse seu dono. Assim que ele toca o cabo, uma onda de energia percorre seu corpo. O metal é frio como gelo, mas viva… como se tivesse consciência.

— “Ela foi forjada de um fragmento de meteoro abençoado por um dos quatro deuses da guerra,” — diz o anão. — “Tem nome, mas só o verdadeiro portador pode ouvi-lo.”

Kael sente um sussurro em sua mente.

> “DRAEZNOR…”

O nome ecoa em sua alma.

A espada reconheceu Kael.

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– Rumos para Elvalyn

Com o novo item em mãos, Kael retorna à estalagem onde Rosalind e Euza já se preparam para a partida. Ao ver a espada, Rosalind assovia.

— “Você realmente comprou ela? Essa coisa parece... viva.”

Kael apenas sorri.

— “Ela me escolheu.”

A carruagem parte, deixando o Reino dos Anões para trás. A trilha começa a se tornar mais úmida e escura à medida que se aproximam das florestas profundas de Elvalyn, lar dos elfos.

Durante a viagem, Euza se mostra inquieta.

— “Kael... quando chegar em Elvalyn, você pode ouvir uma história que muitos acham ser apenas lenda.”

— “Sobre o quê?”

— “Sobre o primeiro Hank S élfico… que desapareceu há séculos. E dizem que ele carregava... uma espada negra como a sua.”

Kael aperta Draeznor com força. A conexão entre ele e a arma era mais antiga do que imaginava.

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