Fogueira, Histórias e feridas

Capítulo 4 – Fogueira, Histórias e Feridas

O sol já começava a sumir no horizonte quando Euza avisou:

— “Está anoitecendo. Precisamos parar e montar acampamento.”

Eles encontraram uma clareira próxima a um riacho, ideal para a noite. Enquanto Rosalind e Euza organizavam a carruagem, Kael se ofereceu:

— “Vou buscar água e lenha. A fogueira não vai se acender sozinha.”

Com passos leves, ele desapareceu entre as árvores. As mulheres montaram as tendas e organizaram o local. Logo, a noite envolvia tudo em silêncio, com exceção do som do vento e da água correndo.

A fogueira estalava enquanto os três sentavam em volta dela, sob o céu estrelado.

Kael, curioso, quebrou o silêncio:

— “Rosalind… como foi o ataque dos goblins? Seus homens pareciam exaustos.”

Ela encarou as chamas, o rosto endurecido pela memória.

— “O problema começou antes. Fomos atacados por ladrões... levaram nossas armas, mantimentos, até as poções. Eram cerca de dez homens, quase todos Hank C.”

Ela fez uma pausa e apertou os punhos.

— “Mas o líder deles... ele estava em outro nível. Nem sei se era humano. A aura dele me sufocava.”

Kael a observou em silêncio. Havia mais naquela história, mas ela não quis seguir.

— “Mesmo assim… sobrevivemos. Os goblins não foram páreo, mas sem recursos… foi por pouco.”

---

– Reino dos Anões

O sol nascia dourado quando a carruagem retomava a trilha. Rosalind, animada com a nova etapa, comentou:

— “A caminho está o Reino dos Anões. Podemos parar lá e reabastecer.”

Euza assentiu:

— “E descansar uma noite também. Dormir em uma cama de verdade vai ser bom.”

Kael, curioso, ergue a sobrancelha.

— “Dizem que os anões têm as melhores armas de todo Nareth.”

Rosalind sorriu.

— “Você devia dar uma olhada. Quem sabe ache algo digno do seu nível.”

Horas depois, atravessaram uma ponte de pedra cercada por torres entalhadas com runas brilhantes. Estavam na cidade de Durhagar, lar dos anões.

As construções eram baixas, robustas, com forjas em quase todas as esquinas. O cheiro de metal fundido pairava no ar.

Kael se afastou um pouco do grupo e entrou em uma loja de armas encantadas. No centro da loja, em destaque sobre um pedestal negro, havia uma espada negra brilhante, como se feita da noite condensada. Ela parecia chamá-lo.

O vendedor — um anão de barba branca e olhos dourados — notou o fascínio do rapaz.

— “Ela sente você, garoto. Essa espada... é especial. Forjada com minério estelar e abençoada por um dos deuses da guerra.”

Kael deu um passo à frente.

— “Quanto custa?”

— “Uma moeda de Nareth.”

Kael deu um passo para trás, abatido. Era o equivalente a dez mil moedas de ouro. Nem em sonhos teria isso.

Saiu da loja com os ombros caídos, mas o som da espada ecoava em sua mente, como se não tivesse desistido dele.

– O Desafio do Anão Hank S

Kael saiu da loja com o peso do mundo nos ombros. A espada negra ainda ecoava em sua mente, como se fizesse parte de seu destino — mas a realidade o lembrava: uma moeda de Nareth era inalcançável.

Cabisbaixo, ele entrou numa taverna rústica, onde o cheiro de carne assada e cerveja forte preenchia o ar. Sentou-se num canto. Mal tocou no prato quando um anão de olhos espertos o encarou do outro lado do balcão.

— “Ei, rapaz. Esses olhos aí… tão carregados. O que houve?”

Kael suspirou.

— “Preciso de dinheiro. Muito dinheiro.”

O anão coçou a barba, pensativo.

— “Ah, nisso eu não posso ajudar… a não ser que você seja muito forte.”

Kael levantou os olhos, curioso.

— “Como assim?”

— “Aqui em Durhagar temos dois lendários guerreiros Hank S. Um deles, o Anão de Aço, tá desafiando qualquer um que consiga lutar com ele por 3 minutos. Quem aguentar, leva uma recompensa especial.”

Kael sorriu pela primeira vez em horas.

— “Onde ele tá?”

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– O Anão de Aço

O centro da cidade estava lotado. Um ringue de pedra havia sido construído no coração de Durhagar. Cercado por runas, era palco de lutas entre guerreiros corajosos… ou tolos.

Kael caminhou até o meio da arena, os olhos determinados. Todos murmuraram ao vê-lo.

— “Outro forasteiro…”

— “Esse não dura nem um minuto.”

O Anão de Aço estava sentado num trono de ferro, imponente. Seu corpo era coberto por uma armadura escura, e ele carregava um machado gigante. Sua aura Hank S era pesada, quase sufocante.

Kael parou diante dele.

— “Quero lutar.”

O anão o observou por um longo momento, depois se levantou com um sorriso curioso.

— “Você tem coragem… gosto disso. Mas não vai sobreviver.”

Kael fechou os olhos por um instante. Sentiu a energia pulsar em suas veias. Estava pronto.

O anão ergueu seu machado.

— “Três minutos. É tudo que precisa. Mas se cair antes… não culpe ninguém.”

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