A escolta para o Reino Élfico

Capítulo 3 – A Escolta para o Reino Élfico

Após a conversa com o líder da guilda, Kael solta um suspiro e sente seu estômago roncar alto.

— “Eu… tô faminto.” — diz, com um sorriso sem graça.

A recepcionista Lyra ri gentilmente.

— “Vou providenciar algo. Enquanto isso, dê uma olhada no quadro de missões.”

Kael se aproxima do enorme painel de madeira encantada, onde placas mágicas flutuam com as missões disponíveis. Uma em particular chama sua atenção:

> MISSÃO DE ESCOLTA – RANK B

Escolta uma Elfa Nobre até o Reino de Elvalyn, nas florestas ao leste.

Recompensa: 5 Moedas de Trax

— “Cinco moedas de Trax? Isso é muito!” — pensa ele.

Lyra retorna com uma bandeja de carne defumada, pães e sopa quente.

— “Essa missão normalmente exige uma equipe de cinco Hank B. Mas como você é Hank S… pode aceitá-la sozinho, se quiser.”

Kael aceita a missão, curioso com o desafio. Enquanto saboreia a comida no canto da guilda, a porta se abre e uma bela elfa de cabelos dourados entra, elegante e impaciente.

— “Vocês conseguiram aventureiros para a escolta?” — pergunta em tom nobre.

Lyra sorri e aponta discretamente para Kael, que ainda mastiga com vontade.

— “Sim, está ali. Aquele rapaz.”

A elfa ergue uma sobrancelha.

— “Só um? Eu paguei por pelo menos cinco guerreiros…”

— “Ele derrotou sozinho um Urso Vermelho Hank A que estava atacando uma princesa.” — diz Lyra com firmeza.

A elfa olha para Kael de cima a baixo, depois sorri de leve.

— “Se é verdade… então talvez valha cada Trax.”

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Os Companheiros Inesperados

Na manhã seguinte, Kael e a elfa — que se apresenta como Euza de Elvalyn — se preparam para a viagem. A carruagem está quase pronta quando uma mulher robusta e imponente se aproxima, carregando nos braços dois homens ensanguentados.

— “Eles foram atacados por goblins… precisam de cura!”

Euza se aproxima rapidamente.

— “Eu não sou guerreira, mas tenho uma habilidade de cura Hank A.”

Ela estende as mãos e uma luz verde suave envolve os corpos dos feridos, fechando cortes e reanimando os soldados, que despertam ofegantes mas vivos.

A mulher — uma guerreira com armadura de batalha manchada de lama — a encara, surpresa.

— “Você os salvou… Como posso recompensá-la?”

Euza sorri.

— “Simples. Venha conosco. Estamos indo para o Reino Élfico e mais proteção é sempre bem-vinda.”

A guerreira pensa por um momento.

— “Sou Rosalind, Hank B. Aceito. Mas meus homens ficarão. Estão cansados… e têm famílias a quem voltar.”

Kael se aproxima e estende a mão.

— “Seja bem-vinda, Rosalind.”

— “Só espero que saiba lutar, herói do Urso Vermelho.” — ela responde, apertando a mão dele com força.

> E assim, Kael, Euza e Rosalind partem rumo ao leste.

Três almas diferentes, unidas por destino, seguindo caminho para as florestas de Elvalyn... sem saber que algo antigo desperta nas sombras.

– Fogueira, Histórias e Feridas

O sol já começava a sumir no horizonte quando Euza avisou:

— “Está anoitecendo. Precisamos parar e montar acampamento.”

Eles encontraram uma clareira próxima a um riacho, ideal para a noite. Enquanto Rosalind e Euza organizavam a carruagem, Kael se ofereceu:

— “Vou buscar água e lenha. A fogueira não vai se acender sozinha.”

Com passos leves, ele desapareceu entre as árvores. As mulheres montaram as tendas e organizaram o local. Logo, a noite envolvia tudo em silêncio, com exceção do som do vento e da água correndo.

A fogueira estalava enquanto os três sentavam em volta dela, sob o céu estrelado.

Kael, curioso, quebrou o silêncio:

— “Rosalind… como foi o ataque dos goblins? Seus homens pareciam exaustos.”

Ela encarou as chamas, o rosto endurecido pela memória.

— “O problema começou antes. Fomos atacados por ladrões... levaram nossas armas, mantimentos, até as poções. Eram cerca de dez homens, quase todos Hank C.”

Ela fez uma pausa e apertou os punhos.

— “Mas o líder deles... ele estava em outro nível. Nem sei se era humano. A aura dele me sufocava.”

Kael a observou em silêncio. Havia mais naquela história, mas ela não quis seguir.

— “Mesmo assim… sobrevivemos. Os goblins não foram páreo, mas sem recursos… foi por pouco.”

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Capítulo 7 – Reino dos Anões

O sol nascia dourado quando a carruagem retomava a trilha. Rosalind, animada com a nova etapa, comentou:

— “A caminho está o Reino dos Anões. Podemos parar lá e reabastecer.”

Euza assentiu:

— “E descansar uma noite também. Dormir em uma cama de verdade vai ser bom.”

Kael, curioso, ergue a sobrancelha.

— “Dizem que os anões têm as melhores armas de todo Nareth.”

Rosalind sorriu.

— “Você devia dar uma olhada. Quem sabe ache algo digno do seu nível.”

Horas depois, atravessaram uma ponte de pedra cercada por torres entalhadas com runas brilhantes. Estavam na cidade de Durhagar, lar dos anões.

As construções eram baixas, robustas, com forjas em quase todas as esquinas. O cheiro de metal fundido pairava no ar.

Kael se afastou um pouco do grupo e entrou em uma loja de armas encantadas. No centro da loja, em destaque sobre um pedestal negro, havia uma espada negra brilhante, como se feita da noite condensada. Ela parecia chamá-lo.

O vendedor — um anão de barba branca e olhos dourados — notou o fascínio do rapaz.

— “Ela sente você, garoto. Essa espada... é especial. Forjada com minério estelar e abençoada por um dos deuses da guerra.”

Kael deu um passo à frente.

— “Quanto custa?”

— “Uma moeda de Nareth.”

Kael deu um passo para trás, abatido. Era o equivalente a dez mil moedas de ouro. Nem em sonhos teria isso.

Saiu da loja com os ombros caídos, mas o som da espada ecoava em sua mente, como se não tivesse desistido dele.

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