Mário Narrando
Pela manhã na escola foi tudo uma maravilha, acho que zoar com a cara do Erick me deixava mais animado. Eu sabia que estava precisando sair para uma balada ou um bar, mas meu irmão não poderia saber.
Quando eu derrubei a bandeja no Erick, até senti um pouco de pena, mas quando ele me encarou confesso que me senti em outro universo, foi estranho, mas ao mesmo tempo bom.
- Mário está calado por que ?, deixou a língua cair em algum lugar ?- perguntou Marisa me encarando através do espelho
- ele está pensativo, não vê que ele gostou de ver o corpinho do Erick- disse Mariano recebendo um tapa na nuca
- como assim ?, me explica melhor essa história
- fofoqueira - disse gargalhando
- o Mário derrubou a bandeja de comida no Erick, e ele teve que ir trocar a roupa, você acredita que o garoto saiu do banheiro sem camisa, e todo mundo ficou olhando para o corpo dele que não tinha nada de ridículo- explicou meu irmão se lembrando
- que isso, já está virando viado ?- perguntei chamando a atenção dele
- não, apenas elogiei
- as vezes eu acho que vocês dois pegamos pesado com o Erick. Ele parece ser um menino tão delicado - disse Marisa sorrindo
- acho que ele já até se acostumou com as nossas brincadeiras, por que ele não faz nada- disse ligando o carro
- pessoal, mudando o assunto. Eu estava querendo dar uma festa, já faz alguns meses desde a última
- exatamente Marisa, já tem alguns que meses que não dá, acho que até anos - falei gargalhando junto com Mariano
- não estou falando disso seu bocó, estou falando da festa
- e quem vai convidar ?- perguntou meu irmão curioso
- não sei, algumas pessoas da escola - disse Marisa sorrindo perversamente, sabia que por trás daquele sorriso tinha coisa
- cuidado com essas pessoas - falou Mariano encarando a garota
- agora será que podemos sair da frente da escola, quero tomar um banho de piscina ainda hoje - disse Marisa se abanando com as mãos
- aff, se eu encontrar um orfanato, vou perguntar se querem uma doação. Dois homens já é suficiente- falei dando partida no carro
- querido, sem a princesa aqui, vocês dois estariam morrendo de fome
- se acha menos querida - disse Mariano gargalhando alto
- é apenas a verdade amores
Liguei o som do carro e estava tocando uma música da Rihanna, nunca tinha escutado, mas até que não era ruim.
- que maravilha, pelo menos não está passando aquela porcaria de funk - disse a garota revirando os olhos
Seguimos o caminho todo em silêncio, Marisa e Mariano estavam pensativos, assim como eu que não conseguia tirar da cabeça a hora em que Erick me encarou no refeitório.
Cheguei em frente a nossa casa, Marisa abriu a porta e Mariano fez a mesma coisa. Estava precisando sair para beber alguma coisa, mas não podia deixar que nenhum dos dois ficasse sabendo.
- eu vou ir no lava-rápido- disse encarando meu irmão é Marisa que estavam me encarando
- não está com fome ?- perguntou Marisa dando um meio sorriso
- não. Até daqui a pouco - disse sorrindo
Assim como eu disse para meus irmãos, realmente eu iria levar o carro no lava-rápido. Eu não tinha mentindo totalmente, apenas ocultei alguns acontecimentos.
Alguns minutos de estrada, finalmente cheguei no lava-rápido. Entrei com o carro no estabelecimento e logo um homem se aproxima.
- o que vai querer hoje meu chefe ?- perguntou olhando para o carro
- quero fazer uma limpeza completa no carro. Não economizem em produtos químicos essas coisas, dinheiro comigo não falta - disse em tom autoritário
- pode deixar patrão. Enquanto fazemos a lavagem o senhor pode ficar esperando na nossa cafeteira - falou apontando para uma cafeteira que ficava do outro lado da rua
Eu sempre levei meu carro naquele lava-rápido, por que eu gostava das pessoas que trabalhavam lá, e também gostava de tomar café e cantar algumas garçonetes.
Sai do meu carro, e segui em direção a cafeteira, me sentei em uma mesa, e logo uma mulher extremamente linda se aproxima.
- o que vai querer hoje senhor ?- perguntou me encarando
- um café expresso, e o seu número de telefone por favor- sorri safadamente
- logo trago o seu pedido- disse sorrindo maliciosamente
A mulher saiu me deixando sozinho. Fiquei analisando os fregueses que entrava e saia daquele café, e pelos meus cálculos, aquelas pessoas eram cercadas de dinheiro.
A garçonete logo traz o meu café, e junto com ele um papel com o número de telefone anotado. Dei uma piscadela para a mulher e beberiquei meu café sorrindo.
Após algumas horas ali sentado esperando que meu carro ficasse pronto. Logo um dos homens me chama, saio do café e sigo para o outro lado da rua.
- está tudo prontinho patrão, pode pagar ali no caixa- disse apontando para na direção do caixa
Segui em direção ao caixa e efetuei o pagamento pela lavagem, entrei em meu carro, e dirigi saindo daquele estabelecimento.
Segui dirigindo para o centro da cidade, e logo parei o carro em frente a um bar. Pela parte de fora parecia extremamente convidativo, a música tocava do lado de dentro e estava super alta. Segui até a porta e entrei no estabelecimento.
Caminhei em direção ao balcão, e esperei ser atendido, e logo isso acontece.
- opa chefe, vou querer um whisky para esquentar - disse sorrindo
Após alguns minutos recebo minha bebida em mãos, beberiquei e senti o álcool percorrer meu corpo.
Já fazia horas que eu estava ali naquele bar, já tinha escurecido, e Marisa já havia me ligado algumas vezes, e nenhuma delas eu atendi. Estava com uma garota super gata, ela estava dançado em meu colo enquanto estava sentado.
- o que você acha de ir para minha casa hoje belezura- disse passando os dedos no cabelo da mulher que apenas sorriu
- como quiser lindo - disse em meu ouvido me fazendo arrepiar
Com mais alguns copos de bebida, já estava me sentindo totalmente fora de mim. Dançava no meio do bar junto com as garotas que estavam em minha volta, não queria de jeito nenhum fugir daquele mundo, mas eu sabia que as consequências iriam vir pesadamente.
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Atualizado até capítulo 40
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