Após o ocorrido de ontem a noite com Derick, não tombei mais com ele, e agradeço a Deusa por isso.
Já se passará uma semana, e diariamente de manhã, Alex me acompanhava na ida e na volta dos treinos.
Kratus e eu viramos amigos. Tudo aconteceu quando ele ousou me desafiar.
— Ora, não é a famosa Melissa?— seu tom de deboche estava evidente como sempre.
— Ora se não é o famoso Kratus?— devolvi no mesmo tom.
— Já que está tão a vontade, por que não lutamos um pouco?— ele aponta para a arena.
— Está me desafiando?— ergo meu olhar para lhe vê-lo.
— Talvez!— ele da de ombros.
— Então vamos, corpo a corpo ou espada? Qual prefere?— vejo que ele pega sua espada. Então, obtive a resposta.
Agarro minha espada e vou em direção a arena, todos já foram para casa, menos eu, Kratus e Alex.
Como Alex estava observando, ele que apitou para começarmos a luta.
Kratus veio em alta velocidade em minha direção, consigo desviar de seu ataque e contra-ataco, chutando suas costas o fazendo cair um pouco longe.
Ele levanta e vem em minha direção novamente, ele acerta fazendo me cair, levanto rapidamente e lhe corto com a espada. A luta estava intensa, eu atacava e contra atacava assim como ele.
Ele ótimo, mas ainda assim não era páreo para mim.
Em seu momento de distração, lhe acerto um corte na barriga, não muito profundo, mas certeiro. Ficaria cicatriz isso essa certeza.
Ele vai de joelhos diante de mim, segurando o corte.
Alex apita, a luta havia terminado, e eu vencido. O loiro corre em nossa direção pensando que eu dei um golpe mortal em Kratus.
— Pela deusa achei ter o matado!— Alex ponha a mão no próprio peito.
— Eu não mataria ele. Vem se segura em mim, vamos cuidar desses machucados.— Kratus apoia um braço em mim e outro em Alex.
— Pela misericórdia, para que ser tão pesado!— reclamo.
— Se não tivesse me acertado não teria que me levar!— ele rebate.
— Se eu não tivesse te acerto, teria me matado!— devolvo.
— Parem vocês dois!— O loiro chama nossa atenção.
Apenas nos fuzilamos com o olhar, mas ficamos quietos.
Sentamos Kratus em um banco para ajudar nas feridas. Vejo que quando Kratus senta, o banco solta uns estalos.
— Veja, o Kratus quebrou o banco!— Alex ri, eu não consigo me segurar e rio junto.
— Ha, ha muito engraçado. Voc…— antes que Kratus terminasse o banco se quebra e ele cai para trás. Fazendo eu e Alex gargalharmos alto.
— Você e sua boca em!— ele reclama se levantando.
Após cuidarmos da sua ferida, Kratus solta um suspiro.
— Está doendo?— pergunto.
— Um pouco, queria te dizer uma coisa garota.— ele me olha sério. Me fazendo arquear uma sobrancelha.
— O que seria?— pergunto intrigada.
— Você conseguiu me derrotar, agora tem o meu respeito, sem rivalidade agora?— ele estende a mão para mim, apertar.
— Sem rivalidade.— aperto sua mão.
— Uau, Melissa e Kratos amigos? Vai chover hoje a noite!— Alex se pronunciou.
Rimos os três juntos.
— Vamos todos para casa agora. Amanhã será um novo dia.— digo e os outros dois concordam.
Seguimos os três juntos, logo Kratus foi por outro caminho, eu e Alex seguimos reto. Ao chegar ao casarão, vejo que estão todos reunidos na sala, mas há mais alguém que não conheço, uma moça ruiva, muito bonita ela.
— Boa noite cumprimento todos.— todos acenam com sorrisos.
— Como está indo os treinos, Melissa?— Calem me pergunta.
— Está tudo ótimo, tenho evoluído muito e aprendido coisa novas também.— faço reverência e saio.
— Essa menina poderia ser a treinadora do próximo grupo!— Calem diz para Diana que concorda com um sorriso.
— Concordo, ela tem muito talento.— Diana comenta.
Entro em meu quarto e tomo um banho refrescante para reestabelecer as energias. Quando estava prestes a me deitar, ouço batidas na porta.
— Olá Melissa!— Marina diz.— lhe trouxe essa comida, você tem se alimentado pouco.
— A sim, muito obrigada.— a agradeço.
— Qualquer coisa pode me chamar!— ela sai.
Como e volto para a cama. Estava cansada o suficiente para notar quaisquer detalhe diferentes.
Foi isso que aconteceu na aquele dia, só de lembrar do tombo de Kratus me dá vontade de rir.
Bom, chego no treino e os dois já estavam me esperando.
— Bom dia! rapazes.—
— Bom dia! Melissa.— os dois dizem em uníssono.
— Calem disse querer falar com você, ele está te esperando no escritório.— Alex me avisa.
Assim que ele me avisa corro para o escritório e bato na porta. Calem me concede permissão e eu entro.
— Avisaram me que queria falar comigo.— digo assim que abro a porta.
Mais ao lado vejo Derick e Diana sua mãe.
— Sim, temos uma novidade.— ele diz contente.
— O que seria?— pergunto curiosa.
— Bom, temos em vista o seu desempenho, hoje no conselho tomamos a decisão de torná-la capitã de um dos grupos, treinaria e lideraria seus guerreiros. Gostaríamos de saber se aceita a oferta?
— Mas é claro que aceito, isso é uma oferta que não recusaria.—
— Por favor, me acompanhe então para classificar que guerreiros farão parte do seu grupo!— ele se levanta e eu o sigo.
Quando saímos vemos olhares caírem em nós.
— Guerreiros hoje estou aqui para, anuncia que Melissa, será a capitã do grupo C. Por favor levante a mão quem gostaria de participar se seu grupo.
Ao terminar sua fala, muitos guerreiros ergueram as mãos, até guerreiros que já estavam em outros grupos.
— Por favor Melissa, escolha os guerreiros que se destacaram no campo, que deseja treinar.
Vejo muitos homens bons.
— Kratus, Alex, Bob, Jay e Damian. Esses foram o que se destacaram no meu ponto de vista, aqui tem muito guerreiros bom e com habilidades impressionantes. Espero que não fiquem ressentidos.
— Certo, por favor esses que Melissa citou fazem parte a partir de hoje do Grupo C, ela os treinará partir de hoje.— após sua fala ele volta para o escritório, onde Derick e Diana o esperavam.
— Então quer dizer ser nossa treinadora agora!— Kratus já vem puxar o saco.
— Não pense que pegarei leve com vocês, agora se me tirarem do sério, posso muito bem treinar vocês até não pararem mais em pé.— Kratus fica boquiaberto.
— Você não faria isso! Faria?
— Faria!— rio da sua careta.
Os outros guerreiros que escolhi, vem me cumprimentar e pedir instruções dos treinos. Os coloquei para treinar suas dificuldades, para assim melhorar seu desempenho.
No primeiro dia eles melhorarammuito, estava orgulhosa dele e do que minha liderança conseguia habilitar.
Como líder eu saia mais tarde. Alex, Kratus, Bob, Jay e Damian sempre me acompanhavam, ficamos ótimos amigos. Assim os treinos não ficavam com uma energia passada, porque a amizade descontraía.
Ao chegar no casarão, tudo estava quieto.
Vou direto para o meu quarto, quando chego, sinto algo estranho, o ambiente estava meio desagradável, como se tivesse mais alguém na aqueles metros quadrados.
Procurei, mas não encontrei ninguém. Deveria ser o cansaço.
Entro no banheiro, para tomar banho. Tomo um banho quente e sinto meu corpo relaxar
Enquanto me vestia no banheiro, ouço a porta do meu quarto abrir, não poderia ser Marina, ela sempre batia na porta para entrar. E não ouve batidas.
Para terminar de me arrumar, tranco a porta do banheiro. Track. O barulho cessou assim que o trinco fez o barulho no quarto, quem estava caminhando parou.
Termino de me arrumar e penteio meu cabelo rápido. Respiro fundo, destranco a porta e a abro uma fresta. Vejo que tem alguém deitado na minha cama, porém a fresta era muito pequena, não identifiquei quem seria.
Abro a porta, e vejo ninguém mais ninguém menos que Derick deitado na minha cama.
— O que tá fazendo no meu quarto?— pergunto.
— Vim conversa.— arqueio uma sobrancelha. Conversar que papo é esse?
— Eu estou cansada, não quero conversar.— tento ser direta.
— Vi que meu pai a nomeou treinadora.— ele se senta na minha cama.
— Eu te entendo ser o príncipe, mas está invadindo meu espaço pessoal.— digo ao endireitar minha postura.
Ele apenas fica em silêncio, como se não esperasse que eu fizesse isso.
— Melissa. Você nunca sentiu nada diferente por alguém?— bem discreto.
— Não, nunca tive tempo.—
— A ...—
— Eu sei que não é o Derick e sim o lobo dele, pode ir por favor!— vejo ele arregalar os olhos. Que eu soubesse ele não esperava.
— Como sabes?— ele se levanta. Seus olhos estavam em um azul intenso.
— O cheiro. Simples.— dei de ombros.
— Mas você não tem uma loba!— rio baixo.
— Claro que tenho, ela só está adormecida, agora pode ser retirar?— abro a porta para lhe dar a passagem.
Quando penso que ele vai sair, ele fecha a porta e a tranca pegando a chave para si.
— Mas que diabos, me dê a chave!— ordeno.
Ele solta uma risada baixa.
— Não estou com vontade.
— Não perguntei se está com vontade, eu mandei me dar a chave.— ele não faz nada apenas fica a me olhar.
— Não.— ele guarda a chave no bolso.
Olho ao redor e lembro-me da janela.
— Está bem!— caminho até ela, e abro-a, era alto, mas não o suficiente para machucar alguém.
Quando começo a passar por ela, Derick me puxa para dentro novamente, me prendendo sobre a cama e ele.
— Que inferno!— penso comigo mesma.
— Me solta!— digo irritada.
— Não vou!— sua voz estava rouca.
— Eu vou te agre…— antes que eu pudesse terminar de falar, Derick me beija.
Eu tento afasta-lo, porém ele é mais forte que eu, nem se mexendo quando eu o empurro.
— Meu humano é muito burro de querer desperdiçar você.— desperdiçar? O que quer dizer com isso?
— Já chega sai do meu quarto!— o empurro e dessa vez ele cede e sai.
Logo que ele sai e me joga a chave, eu tranco a porta e respiro fundo.
— Mas o que acabou de acontecer?— eu estava tentando processar todas aquelas informações.
Lembro-me que uma vez minha mãe me disse que quando eu fizesse 25 e despertasse minha loba eu encontraria meu destinado. Mas nunca acreditei nisso.
Eu nunca pensei em ter uma vida romântica com alguém. Talvez um ou outro tenham me causado interesse, mas nunca fui muito aberta para isso.
— Ele foi o primeiro a me beijar, e meu primeiro beijo foi assim?! Que decepção!— digo mentalmente.
Vou ao banheiro jogo uma água no rosto e vou dormir. Amanhã seria outro dia.
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Atualizado até capítulo 24
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