capítulo 2

— Onde estou?— sinto a minha cabeça latejar, abro os meus olhos, e tento-me levantar, porém, quando fico em pé, a minha visão em baça e uma tontura ataca-me, fazendo-me sentar novamente.

Balanço a minha cabeça um pouco para afastar a tontura. Quando a tontura passa esfrego os meus olhos para ver se a minha visão desembaraça.

A minha visão volta ao normal, então percebo que estou num quarto pequeno, porém aconchegante. levanto-me e vou-me olhar num espelho perto da cama. Eu estava com alguns roxos e machucados pela pele que estava a mostra.

Ouço um barulho na porta e ela abre-se, uma senhora com aspeto de uns 60 anos adentra o quarto.

— Vejo que a bela moça levantou-se, chamo-me Marina, sou a guardiã da casa. Como está se sentindo?— a senhora pergunta com uma voz suave.

— Estou bem, a minha visão embaraçou ao levantar-me e eu senti tontura, mas estou bem agora. Chamo-me Melissa, muito prazer em conhecê-la.— retribuo o sorrio gentil.

— Deve estar se perguntando como veio parar aqui certo?— ela pergunta e eu aceno com a cabeça concordando.

— Um dos guardas da nossa matilha encontrou a senhora quase sendo devorada por um lobo, a sua alcateia estava devastada... Então ele trouxe a senhora para cá.— eu suspiro fundo, as lembranças das mortes estava vindo átona novamente.

— Eu lembro-me dona Marina, todos estavam mortos. Eu não pude protegê-los.— sento-me na cama aos prantos.

— Calma anjo, não se preocupe está em boas mãos agora.— ela abraça-me confortando-me.

Lembro dos meus pais mortos, do pedido da minha mãe, de como dona Zelda morreu. Os gritos estridentes da população pedindo por ajuda. O cheiro metálico do sangue e a sua textura que grudava na pele.

O que eu faria agora? Perdera tudo. E todos…

...****************...

Eu estava sentada na cama, eu recusara todas as comidas, eu não estava com apetite. Só queria ficar sozinha. Eu podia observar pela janela que estava de noite.

Ouço três batidas na porta, olho de relance e vejo ser um rapaz. Parecia ser um pouco mais velho que eu.

— Marina disse que não quis comer nada desde que acordou. Chamo-me Derick. Sou o príncipe da aqui. Soube que um dos meus guardas lhe salvou ontem.

— Eu só estou sem apetite. Apenas isso.— encolho-me e fico a observar a janela.

— Fiquei a saber que a sua alcateia foi dizimada. Talvez seja esse o motivo.— meio direto de mais.

— Sim, foi, e sim talvez esse seja o motivo.— eu já não conseguia mais chorar, estava anestesiada.

— Entendo, quem foi? Gostaríamos de saber já que isso seria um risco para nós também.

— Entendo o seu lado, mas não sabíamos, estávamos a investigar, os meus pais apareceram mortos uma semana antes, elas eram os alfass da matilha. Após a sua morte, eu não podia governar, pois, ainda não tinha libertado a minha loba, então escolhi alguém hábito para isso. Acontece que no dia da celebração, eles aproveitaram que estávamos todos reunidos e atacaram.— olho para minhas mãos, eu ainda lembro de ter finalizado alguns. Até que pra uma sem loba eu fui bem.

— Certo, vocês pensam que deveria ser outra matilha?— estava a demorar um interrogatório…

— Sim, uma matilha enviou uma ameaça um mês antes, eles estavam a tomar posse de muitas propriedades, porém não acreditamos que seríamos os próximos.— eu lembro de ter investigado com os soldados.

— Entendo. Descanse disseram estar destruída quando lhe encontraram.— ele da (dois) tapas nas minhas costas me fazendo contrair os músculos de dor.

— Eu poderia conhecer e agradecer quem me salvou?

— Sim, já o convoco.— ele sai e fecha a porta.

Eu fecho os olhos, estava cansada, mas queria agradecer quem me salvou. Não se passa muito tempo ouço barulho na porta e um rapaz loiro entra.

— Chamou-me? — o garoto parecia estar intimidada com a minha presença.

— Sim, chamo-me Melissa, queria agradecer por ter-me salvado.— dou um sorriso reconfortante. Vejo a sua respiração desacelerar.

— A sim, desculpe ficar nervoso, me chamo Alex, você derrotou muitos lobos sozinha e pelo visto você não tem loba... Penso que é auto explicativo.— ele abaixa o olhar.

— Mas você que me salvou não é mesmo.— solto um riso fraco.

— Sim, sim.— a sua postura foi relaxando, até que estávamos conversando sobre coisas banais.

— Bom, senhorita o , está tarde tenho que ir agora, sinto muito pelo que aconteceu com você e a sua alcateia.— ele cumprimenta-me e se retira.

Decido toma um banho para tirar a sensação de sangue da pele. Esse machucados e hematomas vão demorar desaparecer.

Após tomar o meu banho e vestir uma roupa confortável, deito-me novamente pensando no que faria adiante. Eu não poderia chorar pela morte deles para sempre, eu tinha que me reerguer.

Deitada acabou a pegar no sono, porém os pedidos de ajuda ainda me assombram.

...****************...

Acordo e vejo que o sol ainda nasce, levanto-me e fico na frente da janela observando o nascer do sol. Lembro acordar diariamente antes do sol nascer para treinar com os guerreiros. Tomávamos pequeno-almoço juntos, riamos, conversávamos. Bons tempos…

Após algumas horas, deduzi que fossem oito horas da matina. Alguém bate na porta e eu concedo a entrada.

— Vejo que já está em pé. — Marina recebe-me com um sorriso caloroso.

— Sim, levanto-me antes do sol nascer.— retribuo o sorriso.

Ouço passos na porta e vejo Derick perto dela acompanhada de Alex. O loiro podia guarda ao lado de Derick. Os dois adentram o quarto e ficam a ouvir a minha conversa com Marina.

— E, porque a senhora levanta antes do sol nascer? Tem algum motivo especial ou apenas não conseguia dormir?— ela aproxima-se com uma bandeja de comida.

— Na minha antiga matilha, costumava treinar com os guerreiros. Éramos convocados diariamente as 6 da manhã e parávamos as 8.

— A nossa, deveria ser difícil então.— Derick entra na conversa.

— Não, não era, participava da rotina. Como se fosse automático. Era a melhor parte do dia para mim.— viro-me para eles, todos estavam com feições de espanto.

— Então se fosse para lutar você participaria?- Alex pergunta-me.

— Sim, eu tinha a obrigação de participar da minha de frente ou a minha de ataque. Dependia muito.— para mim isso era comum.

— E porque a senhora treinava tanto?— Marina pergunta intrigada.

— Bom, quando eu completei 18 anos, a minha loba não deu sinal. Porém, eu tinha os meus sentidos aguçados como se tivesse uma. Ao contar isso aos meus pais, eles foram até a bruxa real que os revelou que a minha loba despertaria, porém, apenas aos 25 anos. Para ser mais fácil de despertar ela eu teria que treinar muito até completar 25 anos, então é o que eu vim fazendo desde então.

— E quantos anos tem agora?— Derick parecia intrigado.

— 24…

— Deve estar animada— Alex diz.

— Eu estava, mesmo com os meus treinos não conseguiram proteger a minha alcateia.

— Não se culpe Melissa, as vezes eram para acontecer.— quando dona Marina diz isso, lembro-me do sonho com a deusa da lua me dizendo ser o destino…

— Sim, quem sabe.— termino de comer o pequeno almoço e vejo eles olharem-me curiosos. Como se quisessem perguntar algo.

— Eh… Melissa, os seus cabelos sempre foram dessa cor?- o loiro toma a frente.

— Eles sempre foram claros, porém ficaram totalmente brancos quando completei 18.

— Melissa, como você sempre treinou, gostaria de treinar na nossa arena? Poderá passar o tem que precisar aqui. Apenas siga as nossas regras. Seria uma honra ajudá-la no que for necessário.— disse Derick.

— Sim,, eu adoraria participar dos treinos. Também gostaria de conhecer os alfas da vossa matilha.— estendo a minha mão para um aperto.

— Claro, aviso os meus pais assim que estiverem disponíveis.— saímos do aperto de mão.

Eles foram embora e finalmente cessaram as perguntas. Passarei um tempo aqui até observar o que o destino reservou-me…

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Comments

Kaylin

Kaylin

Adorei cada palavra desse romance! ❤️

2025-05-15

1

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