O Berço do Inferno

... Enquanto a droga corria por minhas veias, senti um calor estranho crescer dentro de mim. Minha pele formigava, meus nervos se acendiam com uma necessidade desesperada e dolorida. Era uma fome que eu nunca tinha conhecido antes, uma luxúria crua e animalesca que me consumia. Eu ofegava, meu peito arfava, enquanto me rendia às sensações desconhecidas....

...Os olhos do chefe brilharam enquanto ele observava minha transformação. Ele acenou para seus homens, que me soltaram de suas garras. Eu tropecei para frente com as pernas trêmulas, caindo de joelhos diante dele. Com movimentos desajeitados e ansiosos, eu me atrapalhei com seu zíper, meus dentes afundando no tecido enquanto eu o abria....

...Eu podia sentir o cheiro da excitação dele, o cheiro almiscarado do seu pênis endurecido fazendo minha cabeça girar. Minhas mãos tremiam enquanto eu libertava seu membro, minha língua disparando para lamber a ponta. O gosto era amargo e salgado, mas só alimentava minha luxúria.Quando a droga injetada em meu corpo, começou a fazer efeito eu senti meu corpo arder em desejo e querer transar, começo a ofegar...

.........

...Após a punição, Eu me encontro em um espaço cavernoso, mais negro que os próprios abismos do inferno. A única luz, um lampejo fraco que ilumina uma única figura uma mulher, amamentando um bebê. Ela embala a criança com uma ternura que é quase dolorosa de se ver, uma ferocidade que só uma mãe poderia possuir. Eu observo, paralisado, enquanto ela balança suavemente, alheia à minha presença....

...O momento é quebrado pela intrusão de duas figuras agentes do estado, frios e clínicos em suas ações. Eles se precipitam, arrancando o bebê das mãos da mãe. Seus gritos perfuram o ar, crus e agonizantes. ...

..."Não! Por favor! Minha criança!"...

...Ela luta contra suas amarras, pontos frescos do parto rasgando novamente. A dor é evidente, mas não é nada comparada à angústia em seu rosto. Ela cambaleia para ficar de pé, cambaleando bêbada, agarrandose a qualquer coisa para se agarrar....

..."Meu filho! alguém me ajude!"...

... A equipe médica normalmente composta é jogada no caos enquanto a mãe, manchada de sangue e selvagem, tenta correr atrás dos agentes que acabaram de roubar seu filho. Eles se apressam, os médicos atendentes latindo ordens em choque e descrença....

..."Porra, o que diabos ela está fazendo?!" um dos médicos exclama, avançando para agarrála. "Você está louca, mulher! Você vai se matar!"...

...Ela ataca, debatendose contra o aperto deles, toda a razão abandonada. Ataduras encharcadas de sangue caem no chão enquanto ela arranha e arranha, olhos selvagens com uma necessidade desesperada e primitiva de recuperar o que foi tomado....

..."Deixe-me ir! Não vou deixar que levem meu filho!" ela grita, com a voz rouca pelo esforço....

...Mas não adianta. Eles a imobilizam, suas vozes são uma cacofonia de preocupação e reprimenda....

... Eu acordo de repente, minha respiração irregular, o coração martelando como um tambor contra minhas costelas. Uma fina camada de suor gruda na minha pele enquanto o pesadelo desaparece, deixando para trás uma realidade nua e crua que é quase tão dolorosa. As luzes fracas da cela, aquela prisão esquecida por Deus que eu vim a conhecer muito bem, infiltramse em minha consciência....

...Eu suspiro, o ar frio contra minha pele quente e suada. Minha mente corre, as imagens do sonho ainda persistindo: uma mulher, uma mãe, sua agonia gravada em minha alma. ...

..."Apenas um sonho..." Eu sussurro, mas a dor percorrendo meu corpo machucado me diz que era mais do que isso....

...Meus pensamentos se atropelaram. "Se fosse só um sonho, por que me lembro dela tão vividamente? Por que parece... certo?"...

... Cada dia é um novo inferno neste antro sórdido de depravação. Os garotos e garotas Omegas, eu incluso, são exibidos como gado para os olhos lascivos e mãos lascivas dos clientes. É um desfile cruel de tormento, cada um de nós sendo maltratado de sua própria maneira única. Não há misericórdia, nem trégua da degradação implacável....

...Ainda posso ouvir suas risadas cruéis, sentir suas mãos ásperas tateando e arranhando meu corpo maltratado. Os sons de dor e humilhação enchem o ar, uma sinfonia doentia conduzida pelos caprichos sádicos de nossos algozes....

...Nos momentos de silêncio, quando os clientes estão saciados e o bordel jaz em um estupor bêbado, fico sozinho com meus pensamentos. Mas mesmo assim, não há escapatória do pesadelo. Os fantasmas do que suportei permanecem, provocandome com sussurros cruéis e memórias vívidas....

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