O bar fechou com um rangido suave da última cadeira sendo empurrada de volta à mesa. As luzes mantinham-se em meia-luz, criando sombras quentes nas paredes de tijolos expostos. A trilha sonora agora era um jazz arrastado, rouco e grave, como se a cidade também estivesse entorpecida pela bebida. Lá fora, Seul continuava viva, mas ali dentro, o tempo se dobrava ao desejo.
Tae-hwan trancou a porta sem pressa. Girou a chave como se selasse um pacto silencioso.
Ji-woo ainda estava no balcão, a cabeça apoiada no braço, rindo sozinho de algo que só ele entendia. Os olhos cinzentos tinham um brilho febril, as bochechas coradas pelo álcool doce que escorria em sua corrente sanguínea feito veneno delicioso.
— Você... fecha sempre assim? — a voz do ômega saiu pastosa, mas cheia de malícia, como quem cutuca uma fera com vara curta.
Tae-hwan nada disse. Apenas caminhou até ele, como quem não precisa de palavras. Apenas presença.
As mãos grandes do Alfa se apoiaram no balcão, prendendo o corpo magro entre seus braços. O cheiro. Aquele maldito cheiro. Doce, metálico, molhado como pétalas esmagadas com sangue. Tae-hwan inspirou fundo — e o mundo pareceu mais lento.
O primeiro beijo não foi um pedido. Foi uma ação. Seus lábios tomaram os de Ji-woo com fome — não de romance, mas de posse. Ji-woo respondeu com o mesmo fogo: mordendo, puxando, se contorcendo. Seu corpo dizia “toma”, mas seus olhos diziam “me desafia”.
Roupas foram esquecidas entre um passo e outro, entre a parede e o corrimão da escada, como trilhas de uma decisão errada que se tomava com prazer.
No estúdio de cima, a luz era baixa. A cama desfeita, o ambiente cheio de aromas de madeira, álcool e feromônio. Tae-hwan o empurrou de costas, e o colchão gemeu sob o peso de ambos.
Ali não houve delicadeza. Havia fome. Impulso. Mãos que apertavam, guiavam, marcavam. Língua e dentes em sinfonia bruta. Tae-hwan queria tudo. Queria rasgar, moldar, domesticar. Ji-woo se contorcia entre risadas bêbadas e gemidos rebeldes, negando ordens, provocando comandos — até ser forçado a se dobrar.
— Eu disse pra virar — Tae-hwan rosnou entre os dentes, uma mão firme segurando a cintura do ômega, puxando-o de volta à posição.
— Que chato... — Ji-woo sussurrou com um riso debochado. — Nem sabe brincar...
Mas ele obedeceu, mesmo resmungando. Seu corpo já sabia a quem pertencia, mesmo que sua boca insistisse em desafiar.
A noite foi longa. Selvagem. Quente como febre.
E quando o sol começou a arranhar a cidade lá fora, Tae-hwan já havia se levantado. Ji-woo dormia ainda largado entre lençóis embolados, o pescoço marcado de vermelho.
Tae-hwan o observava. Em silêncio. Os dedos sobre os próprios lábios, onde ainda sentia o gosto daquele ômega rebelde.
A primeira dose sempre vicia.
Mas ele não morderia. Ainda não.
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Ficha dos Personagens;
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Ficha de Personagem – Alfa
Nome completo: Yoon Tae-hwan (윤태환)
Idade: 25 anos
Dinâmica ABO: Alfa
Profissão: Bartender / Dono de bar (herança paterna)
Local de residência: Estúdio acima do bar, bairro movimentado de Seul
Classe social: Média-baixa em ascensão
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Aparência física:
Altura: 1,86 m
Peso: 78 kg
Porte físico: Atlético, definido de forma discreta
Cabelos: Loiro-acinzentado, levemente ondulados, sempre bagunçados de forma estilosa
Olhos: Castanho-mel, serenos e penetrantes — parecem ver tudo, mas revelam nada
Pele: Clara, com leves marcas de olheiras naturais
Marcas visíveis: Tatuagens no peito e nos braços; usa sempre brincos, um colar fino e roupas com ar levemente desleixado mas elegante
Expressão facial padrão: Calma demais, como se nada no mundo fosse capaz de abalá-lo
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Personalidade:
Superfície: Gentil, educado, excelente ouvinte, misteriosamente carismático
Interior: Obsessivo, controlador, sofre de crises internas de raiva que reprime com perfeição
Comportamento social: Observador, reservado, raramente se aproxima sem um propósito — tudo que faz é calculado
No cio ou em situações de estresse: O controle emocional começa a falhar levemente, revelando traços de possessividade
Com o ômega: Desenvolverá um tipo de fixação intensa, perigosa e visceral
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Histórico familiar:
Pai: Bartender e dono original do bar, morreu de falência múltipla dos órgãos aos 42, esgotado de tanto trabalho e má alimentação
Mãe: Desaparecida desde o nascimento — nunca teve informações dela, nem fotos
Infância: Solitária e rígida, cresceu dentro do ambiente do bar desde pequeno, vendo o pai trabalhar até desmaiar
Relacionamentos: Nunca teve vínculos afetivos duradouros — apenas interações físicas ou utilitárias
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Diagnóstico psicológico (não divulgado):
Transtorno obsessivo de personalidade (TOP) — necessidade extrema de controle e perfeição
Transtorno de adaptação com sintomas depressivos — causado pela perda do pai e ausência materna
Potencial traço narcisista e comportamento possessivo borderline — intensificado pela biologia Alfa e isolamento social
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Curiosidades e hábitos:
Ama preparar drinks complexos como se fosse arte; é perfeccionista com cada dose
Dorme pouco, quase sempre com luz ambiente e rádio ligado — o silêncio o enlouquece
Tem uma gaveta trancada com coisas do pai que nunca abriu
Seu cheiro de Alfa é marcante: amadeirado com notas de tabaco e resina doce
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Ficha de Personagem – Ômega
Nome completo: Han Ji-woo (한지우)
Idade: 20 anos
Dinâmica ABO: Ômega
Profissão: Freelancer de entregas e bicos temporários (motoboy, panfletagem, modelo alternativo ocasional)
Local de residência: Apartamento pequeno dividido com uma amiga universitária no distrito de Mapo, Seul
Classe social: Baixa / Sobrevivência instável
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Aparência física:
Altura: 1,71 m
Peso: 57 kg
Porte físico: Magro, quase delicado, mas com postura provocante
Cabelos: Vermelhos, ondulados, cortados de forma assimétrica e propositalmente bagunçados
Olhos: Cinza-claros com traços escuros ao redor, quase sempre semicerrados num olhar irônico ou entediado
Pele: Pálida, marcada por olheiras e pequenos machucados ocasionais (arranhões, hematomas)
Estilo: Oversized surrado, anéis, piercings discretos, e roupas que parecem sempre tiradas do chão — propositalmente
Aparência geral: Androginia provocativa com ar frágil e sedutor
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Personalidade:
Superfície: Rebelde, sarcástico, desafiador, sempre no limite entre charme e caos
Interior: Extremamente sensível, inseguro, solitário, carente de validação emocional e proteção — mesmo que nunca admita
Comportamento social: Flerta como forma de defesa, vive provocando alfas (especialmente quando sente perigo)
Com o Alfa: Será ao mesmo tempo atraído e aterrorizado pelo controle dele — vai desafiar até se perder no jogo
No cio ou sob estresse: Se mostra ainda mais instável, alternando entre fuga e provocação desesperada
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Histórico pessoal:
Infância: Cresceu em lares temporários e internatos públicos. Nunca teve estabilidade ou apoio emocional real
Família: Desconhecida. Abandonado quando ainda era bebê. Não tem memórias de nenhum parente de sangue
Relacionamentos anteriores: Todos curtos, impulsivos e abusivos, geralmente com outros alfas problemáticos
Situação atual: Trabalha mal remunerado, vive dependendo emocionalmente da colega de apartamento (que tenta ajudar, mas ele rejeita)
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Diagnóstico psicológico (não tratado):
Transtorno de ansiedade generalizada – com sintomas de pânico e insônia crônica
Comportamento autodestrutivo episódico – envolvimento frequente com situações perigosas, flertes com risco físico/sexual
Disforia omega – aversão ao papel tradicional de ômega, o que gera raiva e desejo de rebelião contra instintos naturais
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Curiosidades e hábitos:
Tem mania de dormir com fones de ouvido e música alta
Odeia o próprio cheiro de ômega, usa perfumes fortes e desregula os ciclos propositalmente com remédios
Costuma rir quando está nervoso ou com medo
Sempre carrega isqueiro, mesmo não fumando — hábito aprendido com um ex
Seu cheiro natural de ômega é adocicado, com notas metálicas (como sangue e flor molhada) — estranhamente viciante
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Atualizado até capítulo 33
Comments
Deise💙Fujoshi sem salvação💙
Um baita de um gostoso isso sim/Chuckle/
2025-05-12
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