Sob o Domínio da Obsessão 2
O som do despertador soou às 6h30, mas Alina já estava desperta. Estava deitada de lado, os olhos fixos no teto do quarto espaçoso e moderno que dividia com Mássimo Petrov. A mansão onde viviam era cercada por segurança pesada, mas por dentro, era um refúgio silencioso onde eles conseguiam respirar longe das pressões do império Ivanov.
Mássimo ainda dormia, virado de costas, o lençol branco cobrindo-lhe até a cintura. Alina se levantou devagar, caminhou até a varanda de vidro e abriu as cortinas. A vista de São Petersburgo amanhecia sob um céu pálido. Ela respirou fundo. O dia seria longo, tenso, e ela já sentia o peso do que vinha pela frente.
Poucos minutos depois, sentiu braços fortes envolverem sua cintura por trás.
— Você acorda cedo demais, princesa — sussurrou Mássimo, encostando os lábios na curva do pescoço dela.
— Alguém tem que manter esse império de pé — ela brincou, virando-se para encará-lo. O olhar dele estava preguiçoso, mas cheio de desejo.
— E eu achando que esse era o meu trabalho como diretor executivo — disse ele, beijando sua testa. — Mas tudo bem. Você faz parecer fácil.
— Só faço parecer.
Tomaram o café juntos na cozinha envidraçada. Alina adorava o aroma do café forte, a tranquilidade de conversar com Mássimo antes de enfrentarem a tensão dos corredores corporativos e das sombras da máfia. Ele preparou panquecas e riu quando ela reclamou da caloria.
— Você é linda até reclamando da comida que você mesma pediu ontem à noite — disse ele, provocando-a.
— Isso é manipulação emocional, sabia?
— Só se funcionar.
Beijaram-se antes de saírem. No carro blindado que os levava até o prédio do Grupo Ivanov, conversaram sobre estratégias, relatórios e um projeto novo na Romênia. Mássimo era detalhista, meticuloso, mas sempre deixava espaço para as opiniões de Alina. Eles funcionavam como um time — dentro e fora da empresa.
Chegaram às 8h27. Alina cruzou a entrada principal do arranha-céu envidraçado com a postura altiva que a tornara conhecida nos círculos empresariais. Já no elevador, Mássimo a olhou pelo reflexo do espelho.
— Tem certeza de que está pronta para o que Dimitry vai apresentar hoje? — ele perguntou.
— Ele não teria pedido nossa presença se não fosse algo grande. Mas sim, estou pronta.
O 28º andar estava em silêncio. A sala de diretoria ainda vazia. Alina seguiu até sua sala, acendeu o monitor e abriu a agenda. Mássimo apareceu poucos minutos depois, com duas canecas de café.
— Você tem que parar de ignorar meu café — disse ele, colocando uma das xícaras na mesa dela. — É ofensa direta ao meu esforço matinal.
Ela pegou a caneca, riu e agradeceu com um olhar afetuoso.
— Você é melhor nisso do que finge ser.
— Eu sou melhor em muita coisa — disse ele com um sorriso malicioso.
— Mássimo... — ela disse em tom repreensivo, mas com um sorriso contido nos lábios.
Antes que pudesse responder, o telefone interno tocou. Era a secretária avisando que Dimitry os aguardava na sala de reuniões.
Eles seguiram juntos, trocando um último olhar antes de entrarem. Lá estavam Dimitry — o irmão mais velho de seu falecido marido — e Maxim, o conselheiro mais experiente da família. Ambos mantinham expressões sérias.
— Sentem-se — disse Dimitry, entrelaçando os dedos sobre a mesa. — Precisamos conversar sobre um reforço estratégico.
— Um novo aliado? — perguntou Mássimo, direto ao ponto.
— Exatamente. Alguém que vem de muito longe. De Vladivostok.
Alina ergueu uma sobrancelha. A cidade ficava na costa leste da Rússia, quase na fronteira com a China e a Coreia do Norte. Uma região fria, isolada... e conhecida por seus negócios subterrâneos.
— Ele é confiável? — perguntou Mássimo, com tom desconfiado.
— Totalmente. Mas misterioso. Ainda não posso revelar o nome. Só que ele vem com capital, conexões... e ambições alinhadas às nossas. Tanto nos negócios quanto nas operações silenciosas.
— Por que tanto segredo? — Alina questionou, sem desviar os olhos de Dimitry.
— Porque ele exigiu discrição. E porque, por alguma razão que ainda não compreendi, ele quer que você esteja em todas as reuniões. Presencialmente. Nenhum intermediário.
Um silêncio denso tomou a sala.
— Quando ele chega? — perguntou Mássimo, tenso.
— Amanhã à noite. E quero vocês prontos. — Dimitry se levantou. — Isso pode mudar o rumo das nossas alianças. Ou ser um erro fatal. A presença de vocês dois é crucial. Especialmente a de Alina.
Ela assentiu, mas algo dentro de si estremecia. Um pressentimento sem nome, um arrepio que não vinha do ar-condicionado. Era como se uma sombra estivesse prestes a cruzar seu caminho, alguém vindo do gelo e da distância... e que, de alguma forma, já soubesse quem ela era.
Alina
Mássimo
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Atualizado até capítulo 41
Comments
Simone Silva
parabéns autora pelo seu livro
2025-05-12
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Jocemira Castro
Vamos lá pra mais uma aventura
2025-05-11
0
Andressa Silva
vamos para mais uma aventura 😜🙂😜😜🙂🙂😜🙂
2025-05-09
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