Ecos de uma Promessa
O Anel e a Maldição
O relógio antigo da sala badalou três vezes, preenchendo a casa com um eco grave e profundo.
Elisa, sentada no chão ao lado dos cacos do relicário, tentava acalmar a respiração acelerada.
O impacto havia libertado uma folha amarelada que se escondera no fundo da peça: uma carta, escrita à mão, endereçada a ela.
Suas mãos tremeram ao desdobrá-la.
"Minha querida Elisa,
Se esta carta chegou até você, é porque estou onde nem mesmo o amor pode me alcançar. Há coisas que você precisa saber, verdades enterradas para sua proteção — mas que agora precisam ser reveladas.
A Casa Moretti guarda segredos antigos, promessas feitas em noites silenciosas, alianças forjadas com sacrifícios que você ainda não entende.
Não confie em todos.
Nem todo sangue compartilha o mesmo coração."
"Com amor,
Helena."
Elisa sentiu o peso das palavras a esmagar.
A dor pela perda da avó misturava-se ao medo, à sensação de estar à beira de algo muito maior do que ela.
Ela se levantou, segurando a carta contra o peito.
Era como se Helena ainda estivesse ali, guiando-a, tentando protegê-la mesmo na morte.
Mas proteger de quê?
A dúvida latejava em sua mente. E antes que pudesse raciocinar, uma batida forte soou na porta da frente, fazendo-a estremecer.
Ela desceu as escadas correndo, hesitante, o coração martelando nas costelas.
Ao abrir a porta, a figura de Gabriel apareceu, molhado pela chuva que começava a cair.
Sem dizer uma palavra, ele estendeu a mão, e sobre a palma aberta havia um anel antigo — o anel da família Moretti.
— Você precisa saber de tudo, Elisa — disse ele, a voz quase um sussurro. — Antes que seja tarde demais.
Ela olhou para ele, para o anel, e para a escuridão que parecia se adensar atrás de Gabriel.
Naquele instante, soube que não havia mais como voltar atrás.
O passado estava chamando.
E ela teria que enfrentar cada sombra que nele habitava.
Capítulo 6 – O Anel e a Maldição
Elisa hesitou por um instante antes de aceitar o anel da mão de Gabriel.
O metal frio tocou sua pele como uma promessa esquecida — ou talvez como um aviso.
— Onde você encontrou isso? — perguntou ela, a voz rouca de emoção e desconfiança.
Gabriel olhou para a estrada vazia atrás de si antes de responder, como se temesse que o vento carregasse suas palavras.
— Estava no jardim antigo, enterrado sob a figueira. — Seus olhos se fixaram nos dela. — Helena mandou esconder. Ela sabia que o anel carregava algo... perigoso.
Elisa virou o anel entre os dedos. Era pesado, ornamentado com símbolos que pareciam dançar sob a luz fraca. Um rubi vermelho-sangue, lapidado no centro, parecia pulsar com vida própria.
— Minha avó sempre dizia que algumas tradições eram "prisões douradas" — murmurou Elisa, quase para si mesma.
Gabriel assentiu.
— O anel é mais do que um símbolo de família. Ele sela uma promessa feita há gerações... uma promessa que agora recai sobre você.
Ela recuou um passo, sentindo a urgência da situação se fechar ao seu redor como grades invisíveis.
— Que promessa? — sussurrou.
Gabriel respirou fundo antes de revelar:
— Helena quebrou um pacto que mantinha nossa família segura. Sem o anel, a proteção se perdeu.
Agora, Elisa... você precisa escolher: restaurar o acordo antigo — mesmo que isso custe sua liberdade — ou enfrentar as consequências que virão.
O trovão retumbou ao longe, como se a própria natureza reagisse às palavras dele.
Dentro da casa, as sombras pareciam se mover nas bordas de sua visão.
O anel brilhou uma última vez na palma de sua mão.
E Elisa, pela primeira vez, percebeu que seu retorno à Vila Sereno não fora uma simples coincidência.
Ela fora chamada. Escolhida.
E a dívida de sangue da família Moretti agora pesava sobre seus ombros.
Capítulo 6 – O Anel e a Maldição
Elisa hesitou por um instante antes de aceitar o anel da mão de Gabriel.
O metal frio tocou sua pele como uma promessa esquecida — ou talvez como um aviso.
— Onde você encontrou isso? — perguntou ela, a voz rouca de emoção e desconfiança.
Gabriel olhou para a estrada vazia atrás de si antes de responder, como se temesse que o vento carregasse suas palavras.
— Estava no jardim antigo, enterrado sob a figueira. — Seus olhos se fixaram nos dela. — Helena mandou esconder. Ela sabia que o anel carregava algo... perigoso.
Elisa virou o anel entre os dedos. Era pesado, ornamentado com símbolos que pareciam dançar sob a luz fraca. Um rubi vermelho-sangue, lapidado no centro, parecia pulsar com vida própria.
— Minha avó sempre dizia que algumas tradições eram "prisões douradas" — murmurou Elisa, quase para si mesma.
Gabriel assentiu.
— O anel é mais do que um símbolo de família. Ele sela uma promessa feita há gerações... uma promessa que agora recai sobre você.
Ela recuou um passo, sentindo a urgência da situação se fechar ao seu redor como grades invisíveis.
— Que promessa? — sussurrou.
Gabriel respirou fundo antes de revelar:
— Helena quebrou um pacto que mantinha nossa família segura. Sem o anel, a proteção se perdeu.
Agora, Elisa... você precisa escolher: restaurar o acordo antigo — mesmo que isso custe sua liberdade — ou enfrentar as consequências que virão.
O trovão retumbou ao longe, como se a própria natureza reagisse às palavras dele.
Dentro da casa, as sombras pareciam se mover nas bordas de sua visão.
O anel brilhou uma última vez na palma de sua mão.
E Elisa, pela primeira vez, percebeu que seu retorno à Vila Sereno não fora uma simples coincidência.
Ela fora chamada. Escolhida.
E a dívida de sangue da família Moretti agora pesava sobre seus ombros.
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Atualizado até capítulo 54
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