Don Vicenzo Paolli - O bisneto

Don Vicenzo Paolli, o bisneto, chega em seu carro esportivo blindado no prédio luxuoso onde se concentram os negócios da sua família, sejam eles legais ou ilegais...

Loiro, olhos azuis, alto, sexy, músculos protuberantes, anda pelos corredores com óculos escuros, calça e camisa ajustados ao corpo, fazendo pescoços se virarem e cochichos ressoarem por onde passa,deixando um rastro de perfume de nicho no ar.

Simpático e posturado,seu andar é quase um desfile, advogado de formação,ele é o frio e calculista chefe da máfia no Rio de Janeiro.

Herdou a posição do tio Enzo Paolli, do avô Pietro Paolli ,a inteligência,beleza,sagacidade e sucesso com as mulheres.

Vicenzo vive um momento de glória em sua carreira na máfia, contrastando com o caos na vida pessoal. Ama a mãe do seu filho, mas os dois não conseguem se acertar, pois a mulher é insegura devido a tudo o quê o rapaz representa. São opostos,mas não dizem que os opostos se atraem?

Há alguns meses decidiram apenas namorar, cada um na sua casa, para ver se enfim chegam a um denominador comum.

—Bom dia ,Don Vicenzo! A nova advogada estagiária chegou junto com o seu avô,o senhor Marcos. Eles o aguardam na sua sala. - diz a secretária

—Ótimo,já os ofereceu algo?

—Sim, levarei café em alguns minutos

Vicenzo é neto biológico de Serena e Marcos e filho de Giovanna com Enrico Paolli.

Ele entra na sala e encontra o avô ao lado da moça.

—Bom dia! - ele se dirige ao avô e beija a mão - Sua benção!

—Deus te abençoe. Chegou tarde hoje,eu tenho que sair, viajo em três horas.

—Desculpe, passei a noite na casa da Flávia, o Davi estava com febre.

—O quê meu bisneto tem?!

—Um resfriado, nada demais.Mas sabe como os bebês ficam quando estão doentes.

—Ele vai ficar bem. Bom, você lembra da Patrícia? Neta da minha irmã Graça.

—Ah....sim! Nossa! - ele olha a moça de alto a baixo - Ela está muito diferente.

—Também nos vimos pela última vez quando éramos adolescentes, tínhamos uns 15 anos.

—Uau, você lembra!

—Detalhadamente...

Os dois se olham de modo sensual,Marcos começa a se arrepender de trazer a sobrinha-neta para estagiar no Rio.

—A Paty ficará conosco durante esse ano, morará na casa de hóspedes, já que a Helena se mudou.

—Estaremos próximos, atualmente moro com meus pais em Itaipava,podemos ir embora juntos sempre que possível.

—Vicenzo...- Marcos o olha e ele compreende o avô.

— Mas sou um homem com uma rotina louca, pouco nos veremos,prima...

—Eu já vou, Aspen me espera! - diz Marcos

—E como está a nonna e o nonno Rafael ?

—Ele continua chorando e Serena continua irredutível. Só espero que nessa viagem eles se acertam de vez ,ou ficam juntos ou se separam.

Marcos beija a sobrinha, abraça o neto e sai deixando os dois jovens sozinhos.

—Bem,Patrícia...

—Em chame de Paty, se quiser...

—Claro, mas prefiro o nome completo no ambiente de trabalho. - a moça ruboriza - Vou pedir para lhe apresentarem o prédio e o seu setor.

A secretária entra em sua sala trazendo o café .

—Faça-me o favor, onde está a Sanem? Ela já chegou?

— Já ,ela estava na sala do Benjamin.

—Ah...imagino fazendo o quê...

Vicenzo pega o telefone e liga para o irmão. Ben estava encostado em sua mesa com as pernas entre abertas ,tendo a namorada entre elas, os dois trocam calorosos beijos.

O irmão mais novo de Vicenzo, filho de Giovanna e Cesare Leone, segura o cabelo da namorada atrás da nuca, puxando o seu rosto cada vez mais próximo do seu. A sua língua entra dentro da boca da turca buscando uma profundidade envolvente, os corpos dos dois jovens incendeiam-se de desejo e arrepiam-se a cada toque.

— Sanem, desse jeito vai ser difícil continuar sem fazer nada até o casamento... você não facilita para mim!

—Eu não consigo Ben, é mais forte do que eu!

Os dois voltam a se beijar, ela abre a calça dele e com suaves mãos, toca em seu mem bro rígido e pulsante ,ela puxa a cadeira, senta e com a boca, acaricia o namorado.

Ben apoia os braços para trás e deixa cair a cabeça, morde o lábio inferior puxando a cabeça da filha de Kerem cada vez mais para perto. O momento de intimidade é interrompida pelo telefone do escritório.

—Deixa tocar ! - fala a namorada limpando a boca molhada

—Deve deve ser o meu irmão - ainda ofegante, ele tira o telefone do gancho

📲 Pronto?

📲 Benjamin ,isso são horas de estar namorando? Cadê a Sanem?

📲 Ela está aqui comigo.

📲Eu não vou nem perguntar fazendo o quê,manda ela vir para minha sala agora! Eu preciso dela.

📲 Bom dia para você também, mal educado, dormiu comigo?

📲Para de gracinha e faz o que eu estou mandando.

Ele fecha a calça e desce da mesa.

—Meu irmão quer que você vá até a sala dele.

—Vamos comigo? Eu tenho certeza que ele vai brigar, o Vicenzo tem cara de mau.

—Eu protejo você, meu docinho turco!

O jovem casal se recompõe e sai de uma sala a outra, lado a lado, mantendo a postura exigida por Vicenzo ,nunca demonstrar afeto nos corredores do prédio. Mas nada os impede de ter intimidades na sala do rapaz, que é o segundo no comando da cidade do Rio de Janeiro.

Sanem, é filha de Kerem Demir e Bruna, o turco primo de Yusuf é o capo da Grécia.

—Bom dia irmãozinho!

— Eu chamei a Sanem e não você!

—Eu vim garantir que não faça nenhuma grosseria com a minha namorada.

—Como se eu fosse algum tipo de monstro. - Vicenzo responde com a voz grave e alta,que ecoa como um trovão

—Essa é a Patrícia, neta da tia Graça ,irmã do vô Marcos.

— Sério ?! - surpreende-se Ben - Caramba, ela tá diferente, você era meio a dentuça, gordinha, usava um óculos fundo de garrafa, eu te via descabelada lá na roça em Minas e ...

A moça fica sem graça, Vince balança a cabeça.

— Benjamin, fica quietinho tá? Patrícia, a Sanem irá mostrar para você todo o prédio, como tudo funciona e depois irá deixar lá no seu setor . Qualquer dúvida pode me procurar ou procurar o meu irmão, você é da família! Se os nossos horários baterem, podemos subir juntos, eu te deixo na casa dos meus avós.

—Eles não estarão em casa,eu vou ficar completamente sozinha...- O mafioso respira fundo e encarar a moça - ...sozinha com a Mel, ela estará em casa.

—Claro... - ele sorri - Podem ir.

As duas moças saem e Ben tranca a porta.

—Ela está a maior gostosa! E deu em cima de você. Aliás, ela sempre gostou de você.

—Eu não sei disso não.

—É que você não dava bola pra ela , a ignorava totalmente,ficava no meio do mato com as outras primas mais bonitas ,mas agora a Patrícia tá tipo...- Ben faz o gesto de violão com as mãos - Uma deusa mineira!

—Não me arruma história! Foco no trabalho, tô legal de mulher, elas só me arranjam problemas.

—E você e a Flávia? Aproveitou que dormiu por aqui e deu uns pegas nela?

—Claro, somos namorados! Por isso mesmo não quero saber de assunto com essa estagiária. Sou mulherengo quando estou solteiro, compromissado sou homem de uma mulher só.

—Hum...tá bom. - Ben sorri

— Vamos sair por volta das 17h.

—Para onde?

—Você verá.

Na hora marcada, os irmãos saem do prédio da Aliança e dirigem-se até a câmara dos vereadores, ficam no carro observando o movimento,até que os soldados abrem a porta, conduzindo um homem o jogando no porta-malas.

—Quem é esse,Vince?

—Vereador Santana, criou um projeto de lei que visa impedir que pessoas que tenham mais de dois parentes na política se candidatem.

—Ih alá ! Vacilão!Isso é para nos prejudicar ,né?

—Tem dúvidas ? A perseguição nunca acaba.

—E o que faremos com ele irmão?

— O que fazemos de melhor...

Vicenzo sorri de modo maquiavélico,ordenando ao soldado.

—Toca para o galpão...

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●Don Luigi, concluído ✔️

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●Bora fazer " A cartada Final" ficar em primeiro lugar no ranking. Se eu conseguir uma boa taxa de retenção de leitores, prometo que esse não será o último livro dos Paolli...

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