De frente com o inimigo.

Klaus..

- Mas isso que estão dizendo é inadmissível!

Diz Hector, todos os outros conselheiros estavam perplexos.

-Inadmissível foi o que aconteceu ontem. A área que deveria estar sendo vigiada por seus homens, foi feita de rota pelos Martineli's e o mais engraçado é que eles não tiveram dificuldade alguma.

Digo calmo.

-Não entendo o que aconteceu, Klaus...

Diz Hector realmente confuso.

-Klaus tem toda a razão, um erro como esse é inadmissível, Hector. Acredito que você não possa continuar com um dos conselheiros da Manchestary.

Diz Sérgio.

-O que?

Diz Hector atordoado.

- É exatamente isso,você será destituído do conselho, se você não consegue proteger um lado da cidade, significa que alguma máfia inimiga pode entrar e nos massacrar, como o que fizeram ontem na casa do consigliere de um dos DON'S.

Completa Sérgio e os outros membros começaram a discutir o assunto. O comportamento do Sérgio chama a minha atenção, ele parece estar se esforçando para esconder sua felicidade, já Hector está confuso e atordoado com a possibilidade de sair do conselho.

Os meus irmãos parecem concordar com Sérgio, já Felipe compartilha do mesmo pensamento que eu, tem alguma coisa errada nessa história, mas por agora, é melhor entrar no joguinho de Sérgio.

-Proponho que a decisão tomada seja através de votos.

Diz Paul e todos os membros concordam.

-Quem deseja que Hector continue no conselho?

Ninguém levanta a mão ou diz algo e com isso Hector abaixa a cabeça.

— Está decidido, você está destituído do conselho e a partir de hoje os seus passos serão vigiados por 24 horas e caso apareça provas que você ajudou os Martineli, será morto da pior forma possível.

Digo e todos concordam, o sorriso estava estampado no rosto de Sérgio, se ele pensa que me engana, vou mostrar quem manda nessa porra, assim que eu descobrir o que realmente aconteceu.

— Foi uma honra servir a Manchestary, quero que saibam que eu nunca os trairia, eu não sei o que aconteceu, mas eu irei provar que eu sou inocente.

Diz Hector e Felipe me olha. Depois que a reunião acaba, todos saem da sala, exceto eu, Felipe e Hector.

- O que o senhor deseja conversar comigo?

Pergunta me olhando do outro lado da mesa.

- Hector, sei que você não trairia a confiança que eu e meus irmãos depositamos em você.

-Então por que fui destituído do conselho?

Pergunta confuso.

-Não seja tolo, mesmo que eu saiba da sua lealdade, os outros membros e meus irmãos querem a sua cabeça numa bandeja, ou eu destituía você, ou teria que matá-lo.

— Tem razão, mas o que eu faço, fico como um suposto traidor para sempre?

Eu olho para ele pensativo.

-Cumpra o que prometeu, prove que você é inocente e traga para mim o nome do verdadeiro culpado.

-Sim, senhor.

A noite....

— P-por..favor…

O homem gritava e implorava para que eu parasse, mas só parei assim que termino de serrar a sua perna, os gritos dele me deixam contente e o sangue jorrando é um espetáculo.

— Deveria estar grato que eu ainda não o matei, não costumo deixar alguém que me deve tanto vivo.

Digo pisando na sua outra perna, onde havia um buraco, que cheirava mal, ele grita ainda mais.

—Vejo que está na sua terapia.

Diz Felipe de longe.

— Estou me divertindo um pouquinho.

Felipe rir.

—Não quero estragar a diversão, mas a festa das máfias é daqui 30 minutos.

—Droga! havia me esquecido completamente.

Pego a minha arma e atiro no olho do homem, que no mesmo instante morre.

—Queria ter me divertido mais.

Ando em direção ao Felipe, estou com a roupa pingando de sangue, até os meus sapatos estão ensopados ,que por onde eu ando fica marcado.

— Vamos!

Ordeno passando por ele que logo vem atrás.

.....

Todas as máfias reunidas no mesmo lugar, isso pode dar uma verdadeira confusão, não gosto do fato que os inimigos da Manchestary estarão no mesmo ambiente que nós.

A cada dois anos, os conselhos se reúnem para chegarem num acordo sobre os territórios, com isso algumas máfias deixam as diferenças de lado e se unem, o que é muito raro.

— Hoje a noite será muito agradável.

Diz Felipe olhando em direção de Guxta, o capo da Camorra, ao seu lado está o seu irmão mais velho, Leon.

—Lembre-me que eu não posso matar eles, pelo menos não aqui.

Digo e sem dar tempo dele dizer algo, ouço uma voz irritante pra c-ralho.

— Hades! Que bom que o encontrei.

Diz Ana, a filha mais nova do Sérgio, ela agarrou no meu braço, enquanto roçava o seu decote em mim.

—Posso acompanhá-lo nessa festa?

Pergunta com segundas intenções, eu apenas concordo, depois dessa noite, só poderei relaxar f-dendo alguém.

Cumprimentamos vários aliados e amigos, logo os meus irmãos chegaram com as suas mulheres e pouco depois, os Martineli's chegaram.

—Que vontade de torturar esses filhos da puta.

Diz Mikael tomando o seu uísque, os Martineli's olharam em nossa direção e nitidamente nos provocaram.

Victor estava disposto a matá-los no mesmo instante que nos provocaram.

— Calma, Demon, não podemos fazer nada, aqui eles têm tantos aliados quanto nós, esse lugar viraria uma zona de guerra.

Digo.

— Tem razão.

Diz se acalmando, olho para os Martineli's com um pequeno sorriso.

— Logo, logo esse sorriso deles some.

Completo quase num sussurro, observando eles se aproximando.

— Boa noite, senhores Cassano.

Diz Guxta em tom de provocação.

— Como se atrevem a direcionar a palavra a nós depois do que fizeram?

Pergunta Mikael encarando ele, como se quisesse o matar, Guxta apenas ri.

— O que fizemos? Tem provas do que diz ou isso é fruto da sua imaginação fértil?

Mikael parte para cima dele e nós o seguramos.

— Saia daqui, Guxta, não se esqueça que está no nosso território, então é melhor sair antes que eu mate você e pendure a sua cabeça em praça pública. E se eu fosse você, rezava muito, porque quando chegar a minha vez, não serei piedoso.

Digo e a música para, em questão de segundos, os nossos aliados, encaravam os aliados da Camorra e qualquer movimento brusco, iniciaria uma guerra.

Guxta é puxado para longe por seu irmão e os ânimos são acalmados.

—Você precisa relaxar, querido.

Diz Ana e eu até havia me esquecido da existência dela.

— É melhor você sumir da minha frente, antes que eu estoure os seus miolos.

Digo e ela praticamente corre.

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