Os dias que seguiram o primeiro encontro foram uma mistura de rotina puxada e coração acelerado. Ana Júlia mergulhou em reuniões, prazos e clientes exigentes. Lorenzo se dividia entre a administração das pizzarias e a criação de novos sabores, mas, no meio de tudo, eles sempre encontravam um jeito de se falar.
Quarta-feira, 11h27 – ligação rápida
Ana Júlia (rindo):
— Você me ligou só pra dizer que viu um cachorro parecido comigo?
Lorenzo:
— Era fofo, tinha uma energia caótica e tava tentando atravessar a rua sem olhar pros lados. Me lembrou você saindo do fórum outro dia.
Ana Júlia:
— Eu vou fingir que isso foi um elogio.
Lorenzo:
— Foi! Mas também um pedido: olha pros lados, pelo amor de Deus. Não quero que um golden retriever viva mais que a minha futura namorada.
Ana Júlia:
— “Futura namorada”, é? Interessante essa confiança.
Lorenzo:
— Confiança ou premonição? Você decide sábado à noite.
Ana Júlia:
— O que tem sábado?
Lorenzo:
— Te conto na sexta. Depois do expediente. Te busco.
Ana Júlia (intrigada):
— Tá jogando com mistério agora? Que perigo...
Lorenzo:
— Perigo é você me deixar muito tempo sem ouvir sua risada. Sexta eu compenso. Prometo.
Sexta-feira – 18h01
O prédio do escritório já começava a esvaziar quando Ana desceu os últimos e-mails do dia. Estava exausta, com o cabelo preso de qualquer jeito e a maquiagem já pedindo arrego, quando recebeu uma mensagem.
Lorenzo:
“Tô te esperando na porta. E não precisa retocar nada. Você tá perfeita.”
Ela arregalou os olhos, correu até a janela e viu ele ali embaixo, escorado no carro, de camisa branca dobrada nos braços, buquê de margaridas na mão e um sorriso que parecia ter ensaiado no espelho de tão bonito.
Quando Ana saiu do prédio, Lorenzo abriu a porta do carro pra ela.
Lorenzo:
— Sua carruagem, mademoiselle.
Ana (rindo):
— Amei a carruagem, mas fiquei com medo do mistério.
Lorenzo:
— Confia em mim?
Ana:
— Ainda não sei. Me mostra por quê.
Eles dirigiram por uns vinte minutos, até chegar num mirante afastado da cidade. A vista era de tirar o fôlego: o sol se pondo atrás dos prédios, com o céu tingido de laranja e rosa.
Do porta-malas, ele tirou uma pequena cesta com frutas, dois copos e uma garrafa de vinho branco gelado.
Ana (surpresa):
— Oi?! Isso aqui é nível Nicholas Sparks.
Lorenzo:
— Achei que depois da sua semana corrida, você merecia respirar. E... bom, olhar esse pôr do sol comigo era um item da minha lista de “coisas que quero fazer com ela”.
Eles sentaram no capô do carro, brindaram o fim da semana e conversaram por horas, vendo o céu escurecer aos poucos.
Lorenzo (olhando pra ela):
— Agora que eu provei que mereço um pouquinho de confiança… posso te fazer um convite oficial?
Ana (curiosa):
— Depende. Tem mais vinho envolvido?
Lorenzo (rindo):
— Tem. E jantar. Sábado à noite, num restaurante que eu adoro. Lugar chique, comida boa e uma vista linda. Mas o que vai deixar tudo perfeito é você na frente da minha mesa.
Ana (fingindo pensar):
— Hmm… só se eu puder escolher a sobremesa.
Lorenzo:
— Você pode escolher até meu sobrenome. Mas começa aceitando o jantar.
Ana:
— Aceito. Mas só porque você me comprou com vinho e pôr do sol. Fica o aviso: sou fácil quando tem cenário bonito.
Lorenzo (sorrindo):
— Bom saber. Sábado, então. Me espera linda. E com fome.
Ana (rindo):
— As duas coisas são garantidas.
Eles se despediram com um abraço demorado, daqueles que carregam mais coisa do que palavras poderiam dizer. No sábado, o segundo encontro prometia ser muito mais que um jantar.
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Atualizado até capítulo 57
Comments
Scar
Me prendeu desde o início.
2025-04-10
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Dulce Gama
já estou presa colega leitora essa história está de mais limite divertida mas uma vez parabéns AUTORA linda 🌟🌟🌟🌟🌟❤️❤️❤️❤️❤️👍👍👍👍👍🌹🌹🌹🌹🌹🎁🎁🎁🎁🎁
2025-04-28
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