Capítulo 04.

Elijah a cumprimentou com:

— Elijah: Bom dia, senhorita.

— Elissa: Bom dia, senhor.

— Oliver: Senhor, esta é a minha filha Elissa. Filha, este é o senhor Elijah Lavigne — fala um pouco nervoso.

— Elijah: Filha — fala surpreso.

— Oliver: Sim, a Elissa é a minha filha única — fala nervoso.

Elijah não queria acreditar; dava para ver que a garota tinha entre 16 e 17 anos. Quando assinou o contrato, ele não sabia quem era e muito menos a idade. Nos últimos meses, andou muito ocupado com as reuniões e o trabalho na construtora Lavigne e não mandou investigar, até porque ele não estava procurando uma esposa e muito menos uma namorada; queria o seu dinheiro. Mas ele não pôde negar que se sentiu enganado e ficou um pouco chateado, furioso, mas disse normalmente:

— Elijah: Muito prazer, Elissa. Como vai?

— Elissa: Bem, e o senhor?

— Elijah: Estou bem.

— Oliver: E... Vamos sentar; fique à vontade — fala nervoso.

— Elissa: Licença, eu vou deixar vocês conversarem à vontade — fala, se levantando.

Nesse momento, Oliver congelou; parecia mais nervoso do que nunca. Elissa não entendeu o que Elijah quis dizer com isso. Ele continuou dizendo:

— Elijah: Senhor Vega, o senhor já tem o meu dinheiro.

— Oliver: Senhor Lavigne, por favor, isso não me dá mais seis meses. Eu juro que vou pagar — fala nervoso.

— Elijah: Não tem mais conversa. Ou você me paga até às 17 horas ou não vou ter outra opção. Vai por mim, eu não gostaria de fazer isso — olha para Elissa.

— Oliver: Onde você acha que eu vou achar 30 mil dólares em menos de 24 horas?

— Elijah: Então não me resta outra opção.

— Oliver: Já chega, rapaz! Não envolva Elissa nisso. Eu vou te pegar, eu garanto.

Elissa estava apenas sentada, ouvindo tudo em silêncio.

— Elijah: Quer saber, senhor Vega? Eu já perdi a minha paciência. Me poupe! Não venha com essa agora, dando uma de bom pai, porque o senhor provou que não é. E outra coisa: o senhor vai me pagar, sim, de um jeito ou de outro, isso eu garanto. Querida Elissa, chegou a hora de você saber o que está acontecendo. Me desculpe, não tem outro jeito de falar isso. Não sei se você sabe, mas o seu pai estava com uma dívida enorme de 30.000 dólares e estava jurado de morte por um dos donos do cassino. Eu ajudei; em troca, o seu pai assinou um contrato te vendendo, não só você, mas o seu corpo. Ele garantiu que você era virgem, caso ele não tivesse o dinheiro para pagar no dia.

Elissa não estava acreditando nas palavras daquele homem. O seu pai não seria capaz de fazer isso com ela. Ela olhou para o seu pai com lágrimas nos olhos e disse:

— Elissa: Papai, fala que isso não é verdade! Esse homem está mentindo, isso não é verdade!

Oliver olhou para ela; os seus olhos já diziam tudo.

— Oliver: Sinto muito, filha — disse com tristeza.

Ouvir aquelas palavras foi devastador para Elissa. O seu coração doía, parecia que tinha uma facada no peito. Ela viu o seu mundo desmoronar. Ela chorava descontroladamente; os pensamentos tomaram conta da sua cabeça. O seu pai não tinha esse direito. Como ele foi capaz de vendê-la? Para esse homem, Elijah, que a olhava com pena, Oliver não tinha coragem de dizer nada.

— Elijah: Eu sinto muito, querida, mas eu não tenho nada a ver com isso. Senhor Oliver, eu vou ficar três dias na cidade; nesse meio tempo, eu vou querer o meu dinheiro. Caso contrário, o senhor irá para a cadeia por quebra de contrato.

As palavras de Elijah acabaram com ela. Ela não sabia o que era pior: o seu pai tê-la vendido ou ir para a cadeia. Elissa saiu correndo para o seu quarto.

— Oliver: Seu desgraçado, você não tinha o direito!

— Elijah: Eu tenho o direito que eu quiser. Agora, você mesmo ofereceu a sua filha em troca do pagamento dos 30 mil dólares. Está achando o quê? Que eu sou dono do banco? Mas foi bom fazer negócio com você; sua filha é muito bonita.

— Oliver: Seu desgraçado, ela só tem 16 anos!

— Elijah: Quem deveria ter pensado nisso era o senhor, que é o pai, não eu. Mas, para falar a verdade, eu não estou muito interessado na sua filha; eu gosto de mulher de verdade, não de pirralha.

Oliver respirou fundo, aliviado por um lado, mas por outro sabia que estava envolvido em um problema enorme. Antes que ele pudesse falar alguma coisa, Elijah disse:

— Elijah: Mas eu não vou hesitar em ter o meu dinheiro de volta. Como eu disse, eu vou ficar três dias na cidade e quero levar o meu dinheiro, nem que seja a metade, ou o senhor vai para a cadeia. Por hoje é só isso mesmo. Eu ainda vou entrar em contato com o senhor. Passe bem — fala assim retirada da Piedade.

Lá fora, o motorista ainda estava esperando por ele. Ela entrou no carro e disse:

— Elijah: Vamos para o hotel.

— Taxista: Sim, senhor.

O motorista deu partida no carro e eles seguiram para o hotel. Enquanto isso, Oliver se levanta e vai até o quarto de Elissa. Ele tenta abrir, mas a porta está trancada com a chave.

— Oliver: Filha, por favor, abre aqui. A gente precisa conversar.

O Oliver ficou um bom tempo na porta, batendo sem receber resposta da Elissa.

Enquanto isso, com Elijah:

☎️ Liam, eu estou chegando no hotel em alguns minutos. Me espera no restaurante; a gente tem que conversar.

☎️ Elijah, até que enfim! Onde você está? Fiquei preocupado. A recepcionista falou que você tinha saído mais cedo. Faz um bom tempo que eu tento entrar em contato com você e nada.

☎️ Está tudo bem, Liam. Eu estou chegando no hotel em alguns minutos. Me espera no restaurante; eu te explico tudo.

☎️ Tudo bem.

☎️ Tchau, Liam. — Desliga a ligação.

Minutos depois...

Elijah chegou no hotel, pagou o taxista e foi direto para o restaurante do hotel.

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