Manuela -Vamos mesmo pra casa mamãe
Pergunta ela, quando a luz entrou pela janela, iluminando seu rostinho. saímos da cama, peguei seu ursinho e companheiro de todas as horas, e fiz os dois se sentarem na cadeira mais próxima.simba não era simplesmente um ursinho de pelúcia, era um ursinho mais estranho,minha garotinha era um pouco diferente, e, depois de assistir os desenhos de zumbis,ela decidiu que adorava coisas estranhas.
Erica-Vamos, sim meu amor
respondi, sorrindo ao guardar o colchão atrás do guarda roupas de mamãe. Não consegui dormir a noite toda e fiquei arrumando nossas malas.
manu estava com um sorriso bobo no rosto, igualzinho ao do pai.
Manuela-Obaaaa,vou para casa,minha caminha!
Cantou ela ao urso,Sentia uma pontada no coração cada vez que ouvia essa palavra, mas continuei sorrindo. Aprendi que tinha que sorrir na frente da minha filha, porque ela acabava ficando triste, quando percebia que eu estava mal. Nesses momentos ela me dava os melhores beijos, mas esse era o tipo de responsabilidade que ela não precisava ter comigo.
Erica-Acho que vamos chegar a tempo de ver os rapazes lavando o telhado. Lembra quando o papai fazia isso.
perguntei.Ela estreitou os olhos, tentando se lembrar. Como seria bom se nossa mente funcionasse como um grande arquivo e pudéssemos simplesmente reviver nossos momentos favoritos a qualquer instante.
Manuela -Não lembro mamãe
Ela diz triste apertando seu urso,Aquilo partiu meu coração.e ela Continuou sorrindo mesmo assim.
Erica-Que tal pararmos no mercado e fazer compras.
Manuela-E sorvetes,e m e m
Erica -perfeito
Ela sorriu e deu um gritinho, animada. Dessa vez, meu sorriso foi de verdade.Eu a amava mais do que ela poderia imaginar. Se não fosse por ela, com certeza já teria me rendido ao luto.ppr ela que estou seguindo adiante
Não me despedi da minha mãe porque ela não voltou para casa depois do jantar com o homem da vez. Logo que me mudei, não liguei,quando ela demorava a chegar,eu ligava, mas ela acabava gritando comigo, dizendo que era adulta e sabia o que estava fazendo.deixei um bilhete:
💌mãe, estou voltando para minha casa
te amo,se cuida.💌
A viagem durou horas, e ouvimos as músicas,de Frozen,Moana,e as meninas super poderosas tantas vezes que cheguei a pensar em cortar os pulsos.
minha filha ouviu um milhão de vezes cada música e ainda incluiu sua voz cantando errado nos versos.
Erica -meu deus filha.
Sinceramente,que bom que ela dormiu, dei um descanso também para carro coitado.
Na entrada da rodovia , meu estômago embrulhou. Queria muito que existisse outro caminho para chegar, mas esta era a única via de acesso à cidade. O movimento na estrada era grande por causa do feriado, mas o asfalto novo tornava a rodovia, que antes era toda esburacada, mais segura. Meus olhos se encheram de lágrimas quando me lembrei do momento em que ouvi a noticia.de um acidente grave na estrada.
Continuei dirigindo e não permiti que as lágrimas saíssem. Forcei a permanecer inerte; assim não sentiria nada. Caso contrário, acabaria desabando, e eu simplesmente não podia fazer isso. Olhei pelo retrovisor e encontrei forças ao ver minha filha,Chegamos ao final da estrada e respirei fundo novamente. Eu me concentrava em uma respiração de cada vez. Não conseguia ir além disso, tinha a sensação de que poderia sufocar com o ar.enfim chegamos na nossa cidade,que fica a 4 horas da minha mãe.
minha filha tinha acordado e estava olhando pela janela.
Manuela-Mamãe?
Erica -Oi, filha.
Dos olhos verdes,parece trazer consigo um sentimento caloroso e gentil,iguais ao do pai
Dario tinha olhos lindos,adorava correr e malhar,seu corpo era definido,e amava andar descalço.
Manuela-a senhora Acha que o papai vai saber que a gente se mudou.
Quando dario faleceu e nós nos mudamos para a casa da mamãe, apareceram muitos passaros no jardim.manuela perguntou o que eram. e respondi que eram anjos em forma de passaro, demonstrando que eles estavam sempre por perto cuidando de nos
Ela adorou a ideia e, cada vez que encontrava um passarinho olhava para o céu, sorria e sussurrava. "Eu também te amo, papai Depois, tirava uma foto do passarinho e a colocava no álbum de família.recoradacao era o nome do álbum
Erica-Tenho certeza de que ele sabe filha.
Manuela-eu também acho.
As árvores pareciam mais verdes do que eu lembrava, e as lojinhas no centro estavam enfeitadas para o feriado,. Era tudo tão familiar e, ao mesmo tempo, tão diferente. A bandeira do pais. tremia com o vento.
Ficamos paradas no sinal de trânsito da cidade por uns dez minutos, o que não fazia nenhum sentido. Enquanto aguardávamos, pensei em todas as coisas que me lembravam do meu marido. De nós. Quando o sinal abriu, pisei no acelerador, querendo chegar logo em casa para afastar as sombras do passado. Assim que o carro começou a descer a rua, minha visão periférica captou um cachorro vindo em minha direção. Pisei no freio bem rápido, mas a lata-velha demorou a parar. Quando finalmente freou, ouvi um latido alto.
Meu coração quase saiu pela boca. Fiquei paralisada, parecia incapaz de respirar novamente. Estacionei o carro de qualquer jeito, enquanto a manu perguntava o que estava acontecendo, mas não dava tempo de responder. Abri a porta do carto, e fui em direção ao pobre cachorro e vi um homem correndo na mesma direção. Ele me encarava com um olhar desesperado, praticamente me forçando a enxergar a intensidade de seus olhos azuis profundos.
Erica-foi muito rápido,sinto muito deixa eu leva-los ao veterinário
Allan -nao precisa
Erica-Por favor
insisti.
Erica-E muito longe para ir a pé com o cachorro moço.
Ele assentiu num gesto quase imperceptivel, abri a porta do carona e ele entrou com o cachorro no colo
Corri para dentro do carro e comecei a dirigir
Manuela O que aconteceu mamãe,quem é ele.
Erica -Vamos levar esse cachorrinho ao veterinário, querida. Está tudo bem
Eu realmente esperava não estar mentindo,à clínica veterinária mais próxima, que ficava aberta vinte e quatro horas,era bem longe e o percurso não foi exatamente o que eu esperava
Allan-Vire à esquerda.
Erica-assim vai ser mais rápido.
Allan-Você não sabe o que está fazendo.vire a esquerda droga
Ele grita e Respirei fundo.
Erica -Eu sei dirigir sabia.
Allan-Sabe mesmo? Porque acho que esse é o motivo de estarmos aqui.
Eu estava prestes a jogar aquele idiota para fora do carro, mas o ganido do cachorro me impediu.
Erica-Ja me desculpei.
Allan-Isso não ajuda meu cachorro
Que cara mais Idiota.
Allan- é a próxima à direita - insistiu
Erica-A clínica é a segunda rua
Allan-Não, entre aiiiii,que merda
passei doreto so para irritar esse idiota Quem ele pensa que é.entrei na segunda rua
Allan-Não acredito que você pegou a droga da rua mais longa .
reclamou ele.Sua raiva me fez sorrir, até o momento em que vi as obras e a placa que dizia em obras
Allan- Você é sempre burra assim ou se faz,eu disse para entrar na outra não foi.
Erica- E você é sempre... sempre... sempre...esquece.
Ao contrário dele, eu não era boa em discutir com as pessoas. Normalmente, engolia tudo e acabava chorando como uma criança, porque as palavras não se formavam na minha cabeça com a mesma velocidade em que as brigas aconteciam. Eu era uma idiota que só conseguia responder a um insulto três dias depois.
Erica -sempre... Você é sempre...esse.....
Allan- Sempre o quê? Fala logo! Use as palavras!
exclamou ele, zombando.
Girei o volante e fiz o retorno para pegar a outra rua
Erica-Você é sempre um...um......um..
Allan-Vamos lá, você consegue
debochou.
Erica -UM BABACA! UM FILHO DA PUTA!
gritei, entrando na rua que ele falou.O carro ficou em silêncio. Meu rosto ficou vermelho, e apertei o volante com força.Assim que parei no estacionamento, ele abriu a porta sem dizer absolutamente nada, pegou o cachorro e entrou em disparada na emergência. Fiquei na dúvida se não era melhor ir embora, mas sabia que não ia me acalmar até ter certeza de que o cachorro ficaria bem.
Manuela -Mamãe?
Erica -Sim,
Manuela -O que é filho da puta mamãe?
Erica -Não é nada, amor. Eu disse "trufa".
Manuela-Então você chamou aquele moço de bombom?
Erica -Sim. Uma trufa grande e sem recheio.
Manuela-E o cachorrinho dele, vai morrer mamãe
Erica-Espero que não meu amor,espero que não.
Entrei logo atrás dele com a manuela,a recepcionista pede para espera,e sentamos Ele se aproximou de vagar, sentou-se ao meu lado e apoiou o cachorro nas pernas
Manuela-Qual é o nome dele moço?
Ele abriu a boca e hesitou, antes de falar:
Allan- é pingo princesa.
Sorri
Erica-. Que belo nome para um labrador desse tamanho.
Manuela-E o seu?
Allan- é Allan Morais
Depois de terminar o formulário, entreguei tudo para a recepcionista,e assumi os gastos com o animal
Erica -Pode debitar todas as despesas do pingo no meu cartão por favor
Allan-Tem certeza?
Erica-Absoluta
allan-mais vai ficar caro
-tudo bem,não ligo,pode passar moça.
Levaram o pondo e me Sentei ao lado deles novamente. Ele começou a dar tapinhas de leve nas pernas, e percebi seu nervosismo. Quando olhei para ele, estava me encarando com a mesma confusão de quando nossos caminhos se cruzaram.
ele começou a murmurar algo e a esfregar as mãos uma na outra. Em seguida, colocou os fones de ouvido e apertou o play.
Manuela de vez em quando perguntava se estava na hora de ir para casa, e eu dizia que iria demorar mais um pouco. Antes de voltar a brincar com o urso, ela parou e olhou para o allan
Manuela-Ei,allan
Ele a ignorou. Ela levou as mãos ao quadril.e se balançou toda.
Manela-Ei, allan! Estou falando com você!
insistiu, batendo o pé no chão.ele olhou para ela. Você é uma grande trufa sabia.
Erica -Ai, meu Deus,Manuela.
Alguém devia ter me proibido de ser mäe. Sou péssima nisso.Estava prestes a dar uma bronca nela quando vi um pequeno sorriso se formar, rapidamente, por trás da barba dele.
Allan-kkk,e porque eu sou uma trufa
Manuela-por que é sem recheio,quer dizer chato
Erica-manuelaaa
allan-e quem te disse isso.
manuela-a mamãe lá com carro
Allan-ha sim,ela disse isso mesmo.
Ele poe os fones e a Manu senta ao lado dele e pega um lado do fone e ouve com ele.os dois ficam rindo a toa.
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Atualizado até capítulo 48
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