O silêncio entre eles era denso, carregado de eletricidade e algo ainda mais perigoso. O olhar de Deku estava cravado em Bakugou, um brilho predador em seus olhos verdes.
Deku
— Dance para mim.
Bakugou arqueou uma sobrancelha, cruzando os braços.
Bakugou
— Hah?!
Bakugou
Tá brincando com a minha cara, nerd?!
Deku apenas sorriu, inclinando-se contra a poltrona de couro. Pegou o copo de uísque e girou o líquido âmbar, sem pressa.
Deku
— Você dança para centenas de desconhecidos todas as noites…
Disse, os olhos verdes nunca deixando os vermelhos de Bakugou.
Deku
— Mas eu quero que dance só para mim, Kacchan.
A forma como ele pronunciou aquele apelido fez um arrepio correr pela espinha de Bakugou.
Ele odiava a maneira como Deku fazia seu coração acelerar, como se tivesse controle até sobre suas malditas reações.
Bakugou
— E por que eu faria isso?
Deku não respondeu de imediato. Apenas deslizou um maço de notas sobre a mesa, uma quantia absurda. Mas Bakugou nem olhou para o dinheiro.
Deku
— Não é por isso que estou pedindo.
A voz de Deku soou mais baixa, mais perigosa. Ele apoiou o cotovelo no braço da poltrona, inclinando a cabeça de lado.
Deku
— Eu quero ver você perder o controle.
Bakugou sentiu a raiva subir, mas junto dela, um calor estranho no peito.
Bakugou
— Você acha que pode me mandar fazer o que quiser só porque é um maldito chefão da máfia?!
Deku
— Sim.
O silêncio caiu pesado. O olhar de Deku era um desafio, uma provocação. E Bakugou nunca soube recusar uma provocação.
Ele cerrou os punhos e caminhou até o pequeno palco privativo dentro do camarote.
A música ambiente mudou, uma batida grave e envolvente preenchendo o espaço.
Se Deku queria um show, ele teria um inferno inteiro.
Com movimentos lentos e precisos, Bakugou segurou o pole, girando ao redor dele antes de subir, os músculos definidos contraindo-se sob a pouca luz. Seus olhos estavam fixos nos de Deku, desafiando-o.
Cada curva do seu corpo, cada deslizar dos dedos sobre sua pele exposta, era um jogo de poder.
Mas quando ele desceu do pole e parou à frente de Deku, as pernas abertas de ambos se tocando, foi Bakugou quem percebeu que tinha caído na armadilha.
Deku o observava de perto, os olhos ardendo com algo além de desejo.
Deku
— Acho que finalmente estou vendo o verdadeiro Kacchan.
Murmurou Deku, a mão subindo pelo quadril de Bakugou.
O coração de Bakugou bateu mais rápido, mas ele não recuou.
Bakugou
— E eu acho que você gosta disso, nerd.
Deku sorriu.
Deku
— Muito mais do que deveria.
O jogo estava ficando perigoso. E nenhum dos dois queria parar.
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Divo do Luke✨️
eu danço
2025-04-06
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