O Harém do Décimo

Desde que se tornara oficialmente o Décimo Chefe da Vongola, Tsuna já esperava que sua vida fosse uma montanha-russa de problemas. O que ele não esperava era que seus próprios Guardiões se apaixonassem por ele… ao mesmo tempo.

Tudo começou de forma sutil. Gokudera, com sua devoção inabalável, começou a demonstrar ciúmes sempre que outro Guardião se aproximava demais. Yamamoto, sempre relaxado, aproveitava a situação para provocar, lançando indiretas e sorrisos sugestivos que faziam Gokudera espumar de raiva.

— O que foi, Gokudera? Está com ciúmes? — Yamamoto ria, desviando de uma explosão.

— COMO SE EU ME IMPORTASSE COM VOCÊ, IDIOTA!

Mas o verdadeiro problema começou quando Hibari também entrou no jogo. O Guardião da Nuvem, sempre reservado, não fazia declarações diretas, mas suas ações falavam por si. Ele aparecia cada vez mais na mansão Vongola, ignorando os outros e puxando Tsuna para conversas privadas.

— Você é fraco… mas não quero que outros toquem no que é meu — murmurava Hibari, deixando Tsuna completamente sem reação.

Como se isso não bastasse, Mukuro achava tudo aquilo hilário. Diferente dos outros, ele não demonstrava ciúmes, apenas se divertia vendo o caos se desenrolar.

— Kufufu… Que situação intrigante, Tsunayoshi. Se precisar de um lugar seguro para fugir desses animais, eu posso oferecer o meu abraço — dizia ele, com um sorriso malicioso.

Ryohei, por outro lado, era direto e sem rodeios.

— Tsuna! É EXTREMAMENTE óbvio que você é incrível! Por isso, também quero disputar seu coração!

Lambo, já mais velho e confiante, não quis ficar para trás. Com um sorriso travesso, ele anunciou:

— Eu sou o Guardião do Trovão! Meu dever é proteger você… e te amar também, é claro.

O Dia do Caos

O ápice da confusão aconteceu quando todos decidiram planejar um encontro secreto com Tsuna… ao mesmo tempo.

Gokudera apareceu na mansão de manhã cedo, segurando um buquê de flores, tentando ser romântico. Antes que pudesse entregar, Yamamoto chegou com ingressos para um jogo de beisebol. Em seguida, Mukuro surgiu do nada, sugerindo uma "viagem a dois". Hibari, impaciente, simplesmente puxou Tsuna pelo braço e tentou levá-lo embora à força, enquanto Ryohei gritava que tinha preparado um piquenique.

A situação ficou tão intensa que Tsuna, completamente sobrecarregado, simplesmente desmaiou.

Quando acordou, viu todos os seus Guardiões ao redor da cama, discutindo.

— Já chega! — Tsuna gritou, fazendo todos se calarem. — Isso tá saindo do controle!

Os Guardiões se entreolharam. A única pessoa que parecia satisfeita com tudo era Mukuro, que sorria de canto.

— Kufufu… Tsunayoshi, talvez a solução seja mais simples do que parece. Por que não aceita todos nós?

O silêncio na sala foi absoluto. Tsuna engoliu em seco.

— O… o quê?!

Reborn, que observava a cena de longe, deu um sorriso afiado.

— Parabéns, Dame-Tsuna. Agora você tem um novo desafio: administrar um harém.

Tsuna sabia que sua vida nunca mais seria a mesma.

Tsuna olhava para seus Guardiões, a mente girando com as palavras de Mukuro. Aceitar todos eles? Como isso seria possível? Ele nunca tinha sequer considerado namorar alguém, e agora estava cercado por seis homens perigosamente apaixonados por ele.

— I-isso é impossível! — Tsuna gaguejou, seu rosto queimando.

— Por quê? — Mukuro sorriu, divertido. — Você gosta de todos nós, não gosta?

O silêncio na sala era palpável. Tsuna desviou o olhar, sem saber o que dizer. Era verdade que cada um deles tinha um lugar especial no seu coração. Gokudera sempre foi seu braço direito e nunca hesitou em protegê-lo. Yamamoto, com seu sorriso fácil, sempre soube acalmar suas preocupações. Hibari, apesar de sua brutalidade, tinha um jeito único de demonstrar preocupação, mesmo que fosse chamando Tsuna de "fraco". Ryohei era sua força constante, Lambo trazia alegria mesmo nos momentos difíceis, e Mukuro… bem, Mukuro era um enigma que Tsuna nunca conseguia decifrar completamente.

— Tsuna… — Gokudera se aproximou, o olhar sério. — Se for muito para você, eu posso ser o único ao seu lado!

— Ei, ei, não se precipite, Gokudera. — Yamamoto riu. — Acho que podemos encontrar um jeito de fazer isso funcionar.

— Eu não aceito dividir. — Hibari cruzou os braços, os olhos afiados. — Mas se essa é a única forma, então terei que esmagar qualquer um que tente tomar o meu lugar.

Tsuna suspirou, cobrindo o rosto com as mãos.

— Isso é um pesadelo…

— Não, Tsunayoshi. — Mukuro sorriu, inclinando-se para ele. — Isso é apenas o começo de um novo paraíso. Kufufu…

A Primeira Noite Juntos

Para evitar que seus Guardiões se matassem entre si, Tsuna cedeu e aceitou passar uma noite com todos juntos para tentar entender como essa "relação" poderia funcionar. A mansão Vongola foi palco de uma das noites mais caóticas da história.

Gokudera e Yamamoto brigavam pelo lugar ao lado de Tsuna na cama.

— Sai daqui, Yamamoto! O lado direito do Décimo é MEU!

— Hahaha, não seja tão egoísta, Gokudera. Tenho certeza de que ele gosta de dormir do meu lado também.

Hibari, impaciente, puxou Tsuna pelo braço e o jogou para o canto, longe da confusão.

— Você dormirá aqui. Sem discussão.

Ryohei, sempre entusiasmado, pulou na cama.

— Isso é EXTREMAMENTE interessante! É como uma missão de resistência!

Lambo, já crescido, se jogou despreocupadamente ao lado de Tsuna.

— Heh, finalmente um dia em que sou tratado como um adulto!

Mukuro apenas riu, acomodando-se tranquilamente.

— Kufufu… Eu poderia usar ilusões para resolver isso, mas acho mais divertido assistir ao caos.

No meio da confusão, Tsuna simplesmente suspirou. Sua vida na máfia já era um inferno, mas nada o preparou para o verdadeiro desafio: administrar um harém de seis Guardiões intensamente apaixonados.

E assim começou a vida amorosa mais caótica da história da Vongola.

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