Às vezes fico me perguntando onde eu estava com a cabeça quando topei esse casamento. A menina é louca e essa pulguinha pequena só vai atrás de mim.
Renzo: Vai para lá, cachorra.
Ela não saiu do meu pé. Peguei-a no colo e caminhei em direção ao casarão quando avistei Blenda com um filhote de cabra na mão e a mãe atrás.
Quando eu digo que essa diaba loira é louca, a mulher só se mete em confusão. Coloquei a pulguinha na escada do casarão e fui em direção a Blenda, que estava no chão com a cabra.
A cabra encarava ela como se estivesse deixando um recado. Eu quis rir, mas fiquei preocupado com ela ter se machucado devido à sua diabetes; qualquer machucado demora a cicatrizar. Ajudei-a a se levantar, observei seu corpo e não encontrei nada. Coloquei-a em minhas costas e levei-a até o casarão.
Renzo: Quem mandou pegar na cabra?
Blenda: O tio José deixou, disse que não tinha problema.
Renzo: Vê se não mexe mais nas que estão presas naquele curral; nasceram recentemente. Pega as que estão soltas lá.
Depois do lago.
Blenda: Mas as adultas não têm graça, marido.
Quis rir com sua voz de birrenta e com a palavra 'marido'.
Renzo: Você já foi depois do lago que fica ali no meio?
Blenda: Não, Dona Mada disse que uma vez apareceu um jacaré ali e eu fiquei com medo.
Dei uma gargalhada alta. Ela respondeu dando um tapinha de leve nas minhas costas.
Renzo: Isso deve ter acontecido há uns 6 anos. Pode ir lá; as que ficam lá são mini cabras mesmo, na sua fase adulta continuam pequenas.
Blenda: Tá bom então.
Ela deu um beijo em minha nuca.
Arrepiei tudo, mas sei que ela fez isso na inocência porque nem mesmo prestou atenção. Saí de lá depressa para terminar o que estava fazendo, e no primeiro passo que dei, a pulga já estava em mim de novo.
Renzo: Meu cachorro é Black, olha ele lá correndo atrás das vacas, enquanto você só sabe ficar no meu pé. Vai para lá, Chanel.
Josué: Tudo tranquilo aqui, patrão.
Renzo: Vai ficar tranquilo quando essa cachorra me deixar em paz.
Josué deu risada e eu comecei a limpar o chiqueiro.
Já cansado e na hora do almoço, larguei tudo lá e voltei para casa. Ouvi vocês animadas na cozinha e caminhei em passos lentos até lá. Assim que cheguei à porta da cozinha, ouvi elas conversando e uma das vozes era a filha da Mada, que havia chegado para a festa amanhã.
Mariana: O senhor Renzo é lindo, com todo respeito. Mesmo ele sendo assim bruto, talvez seja porque nunca teve um relacionamento de verdade.
Blenda: Não sei não, eu acho que ele me odeia e, além de tudo, ele não faz meu tipo.
Engoli em seco diante daquela resposta e de quem fazia o tipo dela. Entrei no meu escritório e bati a porta com força; estava tão estressado que acho bom ela nem aparecer na minha frente hoje.
Servi-me um copo de whisky e virei de uma vez; a bebida âmbar desceu rasgando minha garganta, até que ouvi batidas na porta e mandei entrar, servindo-me de outro copo de whisky.
Blenda: Posso entrar?
Parece até adivinhação quem eu não quero ver a cara.
Respirei fundo antes dela entrar. Ela parou na minha frente com aquele olhar inocente; nem parece que deu um tiro no ex-namorado.
Renzo: O que você quer?
Blenda: Posso ir à festa que vai ter a...
Renzo: Não pode.
Casada, ela perdeu a oportunidade de ir à festa. Ficou me olhando com uma carinha fofa, e eu tinha vontade de pegá-la e estapear aquela bunda, só para vê-la toda vermelha.
Blenda: Por favor, Renzo, eu nunca fui.
Renzo: Minha resposta é não, e licença, pois tenho coisas para resolver.
Confesso que aquela fala dela magoou meu ego. Quem ela pensa que é? Muitas queriam estar no lugar dela, como a Rosé, que só vive atrás de mim, querendo o mínimo de atenção.
Após revisar alguns documentos, Madalena veio me chamar para almoçar. Sentei à mesa de jantar junto com a loira gostosa, que almoçou sem dizer uma palavra.
Renzo: Tomou seu remédio?
Blenda: Sim.
Ela respondeu de nariz em pé.
Após o almoço, Mada voltou com a sobremesa no prato de Blenda, que eram frutas cortadas; o meu foi um mousse.
Blenda: Obrigada, Mada. Irei comer imaginando um red velvet com creme de ninho.
Madalena: Ah, querida, só você mesmo.
Elas deram risada. Não consigo imaginar o quão difícil deve ser viver com essa doença.
...
Estava sentado na varanda fumando. Ultimamente, tenho feito muito isso enquanto tomava um gole de café.
Blenda: Você deveria parar de fumar. Imaginar você falecer devido a fumar tanto e eu herdar tudo isso aqui junto com meu amante... Nossa, que maravilha! Eu iria desfrutar de tudo sem ao menos ter ajudado em nada.
Olhei para a cara da peste loira e respirei fundo enquanto ela saia correndo pela fazenda. De longe, ela gritou:
Blenda: Posso montar no Major?
Renzo: Nem pense nisso, Blenda. É perigoso.
Ela concordou e seguiu em direção ao celeiro, onde o Major foi resgatado. Então, ninguém além de mim e Josué conseguiu chegar perto devido ao seu temperamento.
Segui ela em direção ao celeiro e queria apenas ver se ela ia desobedecer a minha ordem. Mas, quando cheguei lá, ela estava discutindo com Rosé.
Rosé: Já falei para você ficar longe do Renzo. Ele é meu.
Blenda: Eu já te disse que não quero ele. Você deveria parar de ficar me dando ele. Quando eu pega ele você vai saber porque nem na sua cara mas ele nem vai olhar. Então, fique na sua e lembre-se: eu sou casada com ele.
Rosé: É, você é casada, mas eu cheguei aqui primeiro e é comigo que ele fica, mesmo sendo casado com você. Então, não se ache. Lembre-se de que seu casamento com ele não passa de um contrato que seu pai não aguentava mais, mas você jogou a responsabilidade para outra pessoa aguentar, como uma mimada.
Blenda: Você deveria ter um pouco de amor-próprio, porque se ele realmente quisesse algo com você, não teria aceitado o contrato e já teria te assumido como algo. Não vá por esse caminho de ódio contra mim, Rosé. Eu não tenho nada contra você, mas desde o dia em que cheguei aqui, você vem me tratando mal. E se ele aceitou a mimada aqui, foi porque ele gostou, até porque papai não colocou nenhuma arma na cabeça dele.
Eu entrei no celeiro de uma vez e elas calaram a boca.
Renzo: Posso saber o que está acontecendo aqui?
Rosé: Essa sem-vergonha...
Blenda: Sua amante vive me insultando e me dando você todo dia. Acho bom ela parar, porque no dia em que eu conseguir você dela, ela não terá nada seu.
Aquelas simples palavras encheram meu peito. Como assim, quando ela me pegar? Humm, estou ansioso por isso.
Droga, ela tem que se decidir se eu faço o seu tipo ou não.
Rosé: Isso não vai ficar assim.
Blenda: Então que comece os jogos.
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Atualizado até capítulo 25
Comments
Fatima Deroni Lucas Da Silva
Valeu autora, não sou de reclamar mas por favor não demora pra atualizar e posta mais capítulos pelo tempo que leva pra postar .
2025-04-03
1
Izilda Dourado
E isso aí Blenda põe fogo no parquinho mata cobra 🐍 e mostra o pau tá se achando muito essa Rosé folgada tá na hora de mandar ela embora.
2025-04-03
2
joseane silva Loureiro
ela tem que pegar ele de uma vez e mostrar pra essa rose
2025-04-03
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