Renzo Queiroz

Equilíbrio é o que estou pedindo o dia todo, desde a hora em que vi aquela loira louca. Minha única vontade era levá-la para o nosso quarto e fazer um bom sexo até não conseguir mais.

E já estou pagando com a língua. Falei que nunca dormiria com uma mulher, e foi exatamente o que fiz com Blenda. Coloquei-a dentro do meu quarto; havia várias pela casa, mas eu queria ela lá.

Depois do almoço, ela ficou andando pela casa com cara de tédio. Eu não dei ouvidos, simplesmente a ignorei.

Estava sentada na frente do casarão, inclinada na cadeira com o chapéu no rosto. Acabei tirando um cochilo e acordei com alguém beijando meu pescoço. No susto, levantei e vi que era a Rose.

Renzo: Porra, já mandei você parar com essas palhaçadas.

Rose: Nossa, querido, para que essa ignorância?

Olhei para frente e vi Blenda indo em direção ao celeiro.

Rose: Desde quando você voltou da cidade, não me tocou. Mas o que foi? Se apaixonou por aquela fedelha? Jajá ela vai estar mandando nessa casa e em você.

Renzo: Por que você não cuida da sua vida? Paga seu salário para quê?

Ela saiu batendo o pé.

Coloquei meu chapéu, fechei a camisa e caminhei em direção ao curral.

Josué: Confesso que esperava uma pessoa totalmente diferente da sua esposa.

Renzo: Não se engane com aquela carinha dela.

Ele riu. Perguntei para onde ela tinha ido e ele disse que foi até o lago, então aproveitei para separar os bezerros das vacas.

...

Depois de um dia puxado, sentados em uns bancos de madeira que ficam ao lado do casarão, no final do dia sempre nos juntamos para tomar uma cachaça juntos enquanto damos risada.

Entre um copo e outro, olhei as horas e percebi que já estava ficando tarde. Caminhei em direção ao casarão enquanto Rose vinha atrás de mim, falando sem parar.

Renzo: 'Rose, por favor, com todo o amor-próprio que você tem, sai de perto de mim.'

Ela ficou batendo os pés de forma malcriada. Entrei no casarão, tirei a bota, coloquei no canto e caminhei em passos lentos até meu quarto. Assim que abri, estava escuro e só uma máscara estava ligada.

Renzo: Que porra é essa?

Meu sangue gelou; o susto foi grande. A loira se levantou em um pulo. Liguei a luz para entender melhor o que estava acontecendo. Quando olhei para ela, que estava em pé, desorientada no meio do quarto, querendo saber o que aconteceu, notei que um dos seus seios estava para fora. E, puta que pariu, na medida certa.

Renzo: Que merda é essa no seu rosto?

Blenda: Por que você precisa chegar gritando assim? Poxa, me assustou! Isso é só uma máscara de LED.

Caminhei em direção ao banheiro, mas não estava aguentando mais ver aquele peito dela e não poder tocar.

Renzo: Tira isso e vai vestir uma roupa.

Ela olhou para si mesma, percebeu que estava com os seios de fora e correu para o closet. Quando saiu do banheiro, já estava deitada com um conjunto de moletom. Vestiu um pijama também e liguei o ar no máximo; só durmo assim.

Sinto muito calor todas as madrugadas; talvez seja por conta do sol que tomo o dia todo. Portanto, o ar-condicionado para mim só funciona no máximo.

Blenda: Dá para abaixar um pouco?

Renzo: Você está achando ruim dormir no quarto de visita.

Ela não disse nada, apenas se cobriu até a cabeça.

Em poucos minutos, senti a sua respiração ficando suave e percebi que ela havia adormecido. Virei para o lado e logo peguei no sono.

Acordei com o choro de um cachorro e com arranhões na porta do quarto ao mesmo tempo.

Fui até lá ver o que era e era a pulguenta pequena querendo entrar.

Renzo: Olha, pulguenta, vai dormir lá embaixo junto com o Black.

Ela ficou lá chorando, querendo entrar, então eu a deixei passar e ela foi em direção ao lado da dona e deitou ali mesmo no tapete.

Renzo: Não ache que isso vai ser todo dia, viu?

Voltei para a cama e logo adormeci novamente.

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