A ligação não completa, esse telefone está com algum problema? Mas ele é novo, não era para ter problemas. Preciso falar com Maxim, vou até o escritório e bato na porta até que escuto ele permitir a minha entrada.
— Maxim, acho que esse telefone está com algum problema de rede.
— Tem certeza? Conseguiu me ligar ontem a noite.
— Tentei ligar para a minha família e não consegui. — os olhos de Maxim que estavam no seu computador param em mim.
— Por que tentou ligar para eles? Quer me deixar?
— Liguei porque são minha família, precisam saber que estou bem. Você me sequestrou, lembra?
— Sim, lembro! Devo estar sendo procurado por isso… Mas pouco me importa. Não precisa falar com ninguém, deixa que eu resolvo isso.
— Vou falar de um jeito que te faça entender sem usar a violência. Minha família, quero falar agora, entendeu?
— Não pode deixar isso para depois? Não vejo como algo importante.
— Maxim, quer que eu dê perda total nessa casa? Porque eu faço se você não me deixar falar com os meus pais agora.
— Eu sei que você faz… Na verdade, tenho outras. Pode fazer o que quiser.
Respiro fundo, tento organizar meus pensamentos para não cometer um assassinato, ainda não quero ficar viúva.
— Qual é o problema em falar com a minha família? Não estou pedindo para me levar de volta, só quero falar com eles?
— É só com eles? — ele pergunta se levantando e vindo na minha direção — Ou quer falar com alguém mais?
— Quer uma joelhada no saco? Se ousar mencionar que eu tenho interesse em falar com mais alguém além da minha família vou acertar em você onde mais dói.
Ele sorri para mim, tira seu celular do bolso e me entrega. Eu olho para ele irritada e pergunto:
— Por que do seu celular e não do meu?
— Vai ligar para eles na minha frente. Sou inseguro e possessivo, espero que não seja um problema.
Eu mordo meu lábio com raiva e ameaço bater nele com seu próprio telefone algumas vezes, me seguro e respiro fundo enquanto ele não tira seu sorriso cínico do rosto. Disco o número da minha mãe que atende aflita:
— “Se for alguém dizendo que encontrou minha filha, espero que tenha uma prova concreta. Estou cansada dos trotes.”
Ao ouvir a voz da minha mãe do jeito que ela está, sinto vontade de socar o Maxim.
— “Oi, mãe, me perdoa por só estar entrando em contato agora.”
Ao me ouvir minha mãe começa a gritar por todos enquanto chora ao mesmo tempo e me enche de perguntas. Nesse momento Maxim coloca no viva voz puxando o celular da minha mão e segurando.
— “Júlia, pelo amor de Deus, Júlia, onde você está? Quem te levou? Ele te machucou? Ele te violentou? Júlia, pelo amor de Deus, fala alguma coisa.”
Escuto as vozes dos meus irmãos e do meu pai fazendo as mesmas perguntas que a minha mãe e meu olhar vai para Maxim que responde no meu lugar:
— “Júlia está bem! Está casada de verdade e está feliz.”
— “Casada? Mas quem é você? Por que a levou daquele jeito bárbaro? Vou avisar a polícia o que você fez com ela.”
— Obrigada por complicar as coisas, Maxim? — falo para ele que apenas cruza os braços enquanto minha mãe pergunta:
— “Ele tem sotaque, que sotaque é esse? Júlia, você ainda está aí? Eu quero ouvir a minha filha.” — minha mãe chora mais uma vez.
— Eu preciso ser sincera com eles, Maxim.
— Tudo bem, mas deixe claro que estamos casados e temos sentimentos um pelo outro. Que você não pode voltar agora para os Estados Unidos.
Me sento no sofá para conversar com minha família e Maxim volta para sua mesa e a mexer no seu computador, mas sei que sua atenção está voltada para mim. Essa conversa vai ser difícil.
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Atualizado até capítulo 42
Comments
Dulci Oliveira
ele deveria buscar a família dela pra que eles possam ver que ela está bem
2025-03-07
0
Celma Rodrigues
Que bom a Júlia falar com a família. Era necessário.
2025-03-11
0
vilma assis
Maxim possessivo 😂ela tá casa 😂😂😂😂😂😂😂😂😂
2025-03-06
1