Maxim

Essa mulher não se importa se posso machucá-la ou não, tudo o que ela quer é me sentir dentro dela, todo dentro dela. Tentei me segurar, ser gentil, com ela quebrei o dossel da cama e a mesinha da sala. Tudo o que ela fez foi apenas sorrir da situação e me pedir por mais.

Não consigo acreditar que não estou a machucando. Ela é perfeita, suas pernas cruzadas na minha cintura me puxando cada vez mais para dentro dela. Estamos no sofá, estou segurando e abrindo as pernas dela num vai e vem gostoso, não resisti em perguntar:

— Você está mesmo gostando disso? Eu não estou te machucando?

— Se você considera tesão e orgasmos múltiplos machucar, tenho que dizer que você está me machucando muito, continue, não pare.

Ela sorri e me puxa me fazendo sentar no sofá e se sentando no meu colo. Júlia desce no meu colo devagar sem piscar, olhando diretamente nos meus olhos enquanto rebola devagar. Faço ela sentar de uma vez quando sinto que vou gozär, ela conseguiu me fazer gozär de um jeito que me fez rosnar e gemer ao mesmo tempo.

Estamos ofegantes enquanto eu não paro com as estocadas e ela quica no meu colo com vontade. Eu tiro o cabelo do rosto dela apenas para apreciar sua expressão enquanto sinto ela contrair e gozär mais uma vez. Júlia me beija e pergunta tentando controlar a respiração:

— Está satisfeito agora que conseguiu o que queria de mim em tão pouco tempo? — os olhos dela encaram os meus.

— Só vou ficar feliz quando ouvir você dizer: YA tebya lyublyu. Somente nesse dia poderei dizer que estou feliz mais que isso até.

— O que isso quer dizer? Eu não falo russo, Maxim.

— Vai saber no momento certo, mas quero falar isso para você agora… YA tebya lyublyu, Júlia.

Ela me olha sem entender, mas como vou explicar que já sinto amor por ela estando juntos a menos de uma semana? Ela vai pensar que é por causa da semelhança entre ela e a Yulia, só que não é.

Júlia é o oposto da minha falecida esposa e ganhou meu coração no momento em que me beijou no altar. Terminamos nosso dia assim, eu acabei esquecendo que fiz algo para almoçar com ela e acabamos jantando.

Ficamos na cabana por uma semana, foi o suficiente para destruir metade da cabana, tive que controlar metade do que sou e com isso quebrei algumas coisas. Voltamos para casa, tenho uma reunião mais tarde e terei que deixar Júlia sozinha por algumas horas.

— Moya lyubov’, terei que sair daqui a pouco, volto tarde. Não me espere acordada.

— Quero que me ensine o seu idioma, não dá para falar essas coisas perto de mim e me deixar curiosa.

— Te chamei de amor meu. — acabo sorrindo ao notar que ela ficou vermelha — Mas vou te ensinar, fique tranquila.

— Por que vai sair à noite? Por que não posso ir com você?

— Uma pequena reunião da máfia no meu iate. Assim que terminar volto pra casa. — ela começa a rir de um jeito estranho e eu pergunto: — Por que está rindo assim?

— Meu marido olha nos meus olhos e fala: vou para uma pequena reunião da máfia no meu iate. Quer mesmo que eu acredite que você vai para um iate à noite para uma reunião com homens?

— Júlia, eu não minto! Com o tempo você vai ver isso por si mesma. Agora vamos jantar, preciso sair daqui a pouco.

Ela não fala nada, mas também não me permite tocá-la. Isso é estranho já que voltamos para casa aos beijos no carro. Jantamos e ela continua em silêncio, apenas me olha por poucos segundos.

Ela sai da mesa antes de mim, chama uma funcionária da casa que fala seu idioma e também em russo e some. Eu termino meu jantar, vou até o quarto, mas não encontro com ela.

Tudo bem, nossa primeira briga como casal, tenho certeza que quando voltar consigo resolver isso no nosso quarto. Desço e nada dela por aqui, a mansão é grande e ela pode estar em qualquer lugar. Chego na porta e falo alto torcendo que ela escute.

— Moya lyubov’, já estou indo, em duas horas estarei de volta. — ela me assusta ao falar do último degrau da escada:

— Suponho que voltará em menos.

Ela não estava ali há um segundo atrás. De onde ela surgiu? Quer saber, estou sem tempo para isso. Dou um passo na direção dela para ver se consigo um beijo antes de ir, mas ela dá um passo escada acima. Ela não vai facilitar para mim.

Acabo saindo sem o meu beijo, mas notei um sorriso estranho no rosto da Júlia. Ela vai me punir por estar saindo agora no meio da noite. Faltando apenas oito minutos para chegar no cais ela me liga:

— “Moya lyubov’?” — ela dá um longo suspiro e fala:

— “É apenas um conselho, espere fora do iate por cinco minutos. Você e quem mais estiver aí.”

— “Por que eu faria isso? Júlia?” — ela desliga na minha cara.

Chegamos todos juntos no cais e eu faço todos esperarem um pouco, me encosto no meu carro com as mãos nos bolsos até que um sócio se queixa:

— Dobrow, está frio e quero começar logo o que viemos fazer aqui.

Assim que ele fecha a boca o iate explode, eu não acredito no que ela acabou de fazer. Começo a rir muito, minha gargalhada saiu alta e clara. Enquanto meus sócios estão encolhidos no chão eu continuo encostado no meu carro rindo, sem acreditar na audácia dela.

— Dobrow, como consegue rir nessa situação? Tentaram nos matar. Precisa descobrir quem fez isso.

— Podem ir até minha casa amanhã? Convido vocês para jantar e podemos resolver as pendências de hoje. — eles concordam e saem, eu assisto meu iate afundar enquanto ligo para Júlia.

Ela demora a me atender, eu insisto até que escuto ela atender e pergunto:

— “Júlia, você explodiu o meu iate?”

— “E também tranquei a porta do quarto, não vai tocar em mim essa noite!”

— “Que se foda o iate, eu não vou dormir longe de você. Está ficando louca? Vou tocar em você sim, me deixou viciado e agora quer fugir de mim?”

— “É a sua punição por não me levar junto nesse tal encontro com mafiosos. Espero que durma bem essa noite.”

— “Júlia, derrubo essa porta no chute, mas não durmo sem você noite nenhuma.”

Ela dá uma gargalhada e desliga na minha cara. Entro no meu carro e dirijo de volta para casa como se minha vida dependesse disso. Vamos ver se ela vai ou não dormir comigo essa noite.

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