Maxim

Estendo minha mão para ela que segura firme ao sair do carro olhando para o lugar que preparei para a nossa festa de casamento. Ela me olha e pergunta:

— Por que branco e vermelho para todos os lados?

— São suas cores favoritas, de vocês duas! — respondo e o olhar dela volta para o clube.

Entramos e vejo surpresa e admiração nos olhos dela, suponho que acertei, esse é o casamento dos sonhos dela. Mesmo que não seja com o homem que ela sonhou.

— Vamos passear pelo ambiente, vou te apresentar para algumas pessoas que talvez visitem a nossa casa. Não esqueça da regra do toque.

— O único vermelho que quero ver nessa festa é o da decoração. Fique tranquilo, não deixarei ninguém me tocar.

Como ela é inteligente, não precisei falar muito para que entendesse que eu arrancaria a mão de quem tocá-la sem pensar duas vezes. Dou outro sorriso, ela fica quente e quando percebe que eu senti solta a minha mão e dá um passo para o lado.

— Não faça isso. — seguro a mão dela novamente — Quero você ao meu lado.

Cumprimentamos alguns convidados, apresentei ela como minha esposa para os que sei que precisam saber. Os convidados que estão aqui não têm ligações com Dmitry, pelo contrário, o odeiam.

— Vamos andar mais? Já estamos andando faz uma hora e nem foi por todo o lugar. Estou cansada.

— A dança dos noivos, depois o bolo e aí sim iremos embora!

— Está falando sério? Que dança dos noivos? Nem ensaiamos nada, vai passar vergonha comigo.

— Sabe dançar tango? — ela me olha nervosa e com um estalar dos meus dedos um tango suave começa a tocar — Apenas me deixe conduzi-la e direi o que precisa fazer.

Seguro firme na cintura dela a puxando para mim, não foi difícil, ela seguiu os meus comandos e todos aplaudiram no final. Mas não foi isso que chamou minha atenção, nossa sincronia foi perfeita… Até demais, nos deixando excitados.

— Quero cinco minutos longe de você.

— Vamos cortar o bolo e depois seguiremos para a lua de mel.

— Que lua de mel? Já falei que não vou… — Interrompi ela ao explicar.

— Casais recém casados saem em lua de mel, querida. Não esqueça disso.

Depois do bolo, como prometi para ela, seguimos com a fuga dos noivos para a lua de mel. No carro ela tenta me provocar:

— Bem que essa lua de mel poderia ser nos Estados Unidos. Seria perfeito, para mim pelo menos.

— Claro, podemos ir. Vai se entregar para mim e consumar nosso casamento como se deve? — Provoco de volta e ela fica vermelha.

Chegando na mansão ela vai direto para o nosso quarto, respeito o que me pediu e dou até mais que cinco minutos. Meia hora depois eu subo, ela está no closet. Vou até o banheiro para tomar um banho saindo de toalha por não levar uma roupa.

— Você não vai sair do closet? Preciso pegar minha calça de moletom para dormir.

Ela joga a minha calça para mim, estranho o fato dela não sair do closet. Então volto para o banheiro e me visto, ao voltar para o quarto noto que ela ainda está dentro do closet.

— Yulia, não vai passar a noite aí dentro. Nem tem um lugar para você deitar. Sai, agora, por favor.

— Meu nome é Júlia! — ela grita lá de dentro — A culpa é sua por eu não conseguir sair daqui.

— Como assim minha? Não fiz nada.

— Sabia que teríamos que conviver juntos no quarto e comprou camisolas sensuais demais. Não quero aparecer assim na sua frente. Vai deitar, depois que você dormir irei sair daqui e irei dormir também.

— Yulia, não seja infantil. Somos adultos e maduros. Tenho certeza que está exagerando.

— Exagerando? Você pediu por isso, Maxim.

Ela sai do closet e a única coisa que sai da minha boca é:

— Gospodi, segodnya ya sobirayus' polyubit' tebya v etoy posteli. Beri sebya v ruki, Maxim. “Puta que pariu, assim vou acabar te amando hoje mesmo nessa cama. Se controla, Maxim.”

— O que você disse?

— Nada! — limpo a garganta — Vamos deitar.

— Ah, claro, deito sim, depois que essa enorme ereção sumir da sua calça de moletom.

Eu olhei para baixo, foi no automático, quando vi ela o tesão veio com tudo. Respiro com dificuldade e vou para o banheiro, mas enquanto caminho até lá falo para ela:

— Pode deitar tranquila, não irei tocar em você e nem me aproximar.

Fico no banheiro por um tempo até que consigo limpar minha mente da visão do paraíso. Quando volto, noto a barreira de travesseiros que ela fez no meio da cama. Não resisto e começo a rir.

— Está rindo de que, idiota? — ela pergunta irritada.

— Isso… — aponto para a barreira de travesseiros — Não estará aí quando acordarmos.

— Veremos se não.

Ela cobre a cabeça e eu deito apagando a luz batendo palmas. Não consegui usar meu cobertor, meu corpo irradia calor desejando o dela. Me cobri algumas vezes apenas para esconder o quanto estava excitado com ela ali ao meu lado.

Peguei no sono no meio da madrugada, quando despertei ela estava praticamente em cima de mim. Sua cabeça no meu peito, suas pernas uma sobre o meu pau e outra encostada na minha perna, seu braço em cima da minha barriga e os travesseiros espalhados pela cama.

Fecho os olhos e mentalizo uma tarde chuvosa, meu pau está duro por causa dela. Avisei que a barreira de travesseiros não iria adiantar. Ela desperta ao notar que sua perna está em cima do meu pau a vejo se afastar tão rápido que quase caí da cama. Só não caiu porque segurei seu braço.

— Você… Me puxou para você? — ela pergunta.

— Suponho que tenha percebido que estou do meu lado da cama, não sou muito de mudar de posição. Então, responde para mim: quem puxou quem? Ou melhor, quem atravessou o muro de travesseiros?

Ela olha a sua volta, até que nota seu corpo com uma camisola que eu amaria rasgar com meus dentes exposto para mim e corre para o closet.

Não foi essa noite, mas se eu usar meu charme logo deixaremos de ser um casal por contrato para ser um casal de verdade.

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***