Júlia

Limpo minha garganta e olho para o contrato tentando controlar minha líbido filha da puta que já quer me trair. Esse homem é a merda da maçã do Éden e eu me sinto tentada a mordê-la, agora entendo a Eva.

— Aqui está dizendo claramente que depois do casamento mais tarde eu terei que deitar na sua cama todas as noites. Se não for para sexo que me quer na sua cama, será para que?

— Sabia que as pessoas usam camas para dormir? Eu descobri que é algo muito normal usar a cama para dormir além de usar a cama para se amar.

— Babaca. — dou um dedo do meio para ele que dá uma gargalhada alta e sensual.

Essa porra desse homem não sabe agir como um homem normal? Foco, Júlia, não me deixe cair em tentação, amém.

— Você é um homem muito dominante, possessivo, controlador e ciumento, estilo psicopata. Consegui descobrir isso apenas lendo esse contrato que me limita somente a sua pessoa e mais ninguém.

— Sim! Exatamente isso, podemos assinar agora? Você ainda precisa se cuidar para o nosso casamento.

— Só falta uma coisa para que eu assine… Vai me ajudar a destruir a vida daqueles dois otários?

— Sim, minha Yulia, o que você quiser seu mafioso aqui vai lhe dar.

— Mafioso?

— Sim, sou conhecido no submundo como Russkiy d'yavol… Diabo russo. Isso será um problema para você?

— Estou aceitando me casar com um paciente perfeito do sanatório psiquiátrico de Arkham, ser mafioso não é nada demais.

— Que bom, vamos assinar então.

Assinamos, depois disso o quarto foi preenchido por mulheres simpáticas, ele saiu não permitindo ser tocado por nenhuma delas. Achei aquilo estranho.

Eu pensei que tinha sido mimada na preparação do meu outro casamento, mas isso aqui é estar nas nuvens. Essas mulheres são fantásticas e quatro delas falam o meu idioma.

Depois de maquiada, unhas feitas e cabelo com um penteado que deixou meu rosto parecendo o de uma atriz famosa. Elas me ajudam com o vestido. Uma limusine estava à minha espera, ela é toda branca.

As mulheres que me ajudaram se vestiram com vestidos na cor vermelha. Somente ali na limusine descobri que também serão minhas madrinhas de casamento.

A limusine para em frente a uma igreja que eu só tinha visto em filmes de tão linda. Os vestidos vermelhos e meu vestido branco contrastavam com as rosas vermelhas e brancas por todos os lados. Tem tecidos transparentes vermelhos e brancos para todos os lados da igreja que é literalmente enorme.

Está cheia de convidados, também não conheço ninguém, mas na outra também não conhecia então tanto faz. No altar está o noivo, sexy pra caralho num smoking preto com gravata vermelha. Eu estou fodida nas mãos desse homem… Ele é mesmo um diabo de tão lindo.

Após a cerimônia que não foi interrompida por ninguém seguimos para outro lugar. Na limusine pergunto:

— Por que saiu do quarto daquela maneira? Parecia que ninguém podia tocar em você?

— Só uma mulher pode tocar em mim e ela acabou de receber meu sobrenome!

Ele falou lançando um sorriso de lado, merda, não consigo cruzar as pernas por causa do vestido, que calor filho da puta. Finjo cara de paisagem e olho para fora do carro.

Chegamos em um lugar enorme e luxuoso, a festa de casamento. Maxim não estava brincando, estou me sentindo uma rainha com tanto luxo e dedicação. Não faço o tipo materialista, mas ele conseguiu me surpreender. Pena que esse casamento não é por amor e não será consumado.

Ele estende a mão para mim, como um cavalheiro. Minha nova vida, esposa de um mafioso russo… Esposa por contrato.

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