ANDREW
Claro que a minha esperança foi em vão. Acordo e vou ao quarto da Mia, acordá-la para a escola.
Bato à porta e não sou atendido.
Andrew_ Mia? Te espero lá embaixo em cinco minutos, não se atrase.
Desço e a Regina, já está com a mesa posta.
Andrew _ Bom dia Regina!
Regina_ Bom dia Andrew, a nossa princesa vai descer?
Andrew _ Tem aula hoje, e vou com ela até a escola, falar com os professores.
Tomo o café e ela não desce.
Andrew _ Regina por favor suba e tente colocar um pouco de juízo na cabeça dessa menina.
Ela sobe e em alguns minutos desce correndo.
Regina _ Andrew, ela não está no quarto, e falta uma mala e algumas roupas.
Andrew _ Será possível? Essa menina quer me enlouquecer. Vou olhar as câmeras da casa.
Vou até o escritório e abro a filmagem da noite passada. A vejo descer as escadas com uma mala nas mãos, para que as rodinhas não façam barulho. Ela olha para cima e faz uma cara determinada, tão parecida comigo. Destrava as portas com a senha de acesso e trava novamente. Vai para os jardins do fundo, se esgueirando onde sabe que tem câmeras e os vigias ficam de olho. Abaixa no arbusto e depois que a luz de vigilância passa, ela joga a mala e espera a luz passar novamente, parece que já fez isso antes. Sobe no muro com destreza e antes que a luz volte ela já está do outro lado.
Andrew _ Filha da mãe! A casa com tanta segurança e ela consegue escapar.
Regina _ Ela sabe os pontos cegos das câmeras, com certeza já fez isso antes e nós não percebemos!
Andrew _ Deve ter saído antes para alguma festa, mas agora não pretende voltar já que levou até a mala.
Regina _ O que vai fazer?
Andrew _ A minha vontade é de deixar ela quebrar a cara por aí para vê se aprende. Mas não posso fazer isso! É só uma menina boba, achando que sabe tudo da vida, não está preparada para as loucuras e maldade desse mundo.
A primeira providência é procurar nas casas das amigas, mas ninguém sabe onde está, ou pelo menos é o que dizem. Uma, o pai até a ameaçou para que contasse e ela jurou não saber.
Vou para os pontos de ônibus, estações do metrô, aeroporto, procuro em todos os lugares e nada, a polícia diz que não pode fazer nada, pois ela não foi sequestrada e sim fugiu. Me sugerem um investigador particular e eu faço isso.
Dois dias se passam sem nenhuma notícia, ela não pode ter sumido assim, bloqueei a conta dela, sem dinheiro não conseguirá ir a parte alguma. Com certeza teve ajuda, já verifiquei no notebook esse cara com quem ela estava falando.
Fiquei cismado, pois a conta já foi deletada, eu e o detetive conseguimos ver as mensagens que trocavam, ela compartilhou a foto dele com uma amiga, por isso a imagem dele foi salva.
O detetive conseguiu informações sobre a conta e a foto. E as coisas que ele descobriu foram estarrecedoras.
Essa pessoa que se passa por um garoto de dezessete anos, na verdade é um aliciador de menores. Todas as meninas que tiveram contato com ele, desapareceram sem deixar rastro.
O meu desespero vai ao auge quando o delegado me mostra o tamanho das pastas que ele tem sobre menores desaparecidas. Mais de cem garotas só na cidade de Nova York.
Eu fico sem saber o que fazer, e me lembro do meu amigo Fred Caine que é delegado em Miami. Sei que ele está por dentro desses casos, pois li no jornal, algum tempo atrás, que ele limpou a cidade de Miami desses sujeitos.
Ligo para ele buscando ajuda, ele me conta que não é mais delegado e sim juiz, mas a esposa dele conhece alguém que pode me ajudar.
Ele me passa o contato do Rastreador, um ex agente que faz esse trabalho. Garante que o cara acha qualquer coisa.
Mando o e-mail como ele pediu, ele disse que se a pessoa aceitasse o caso ligaria para mim, logo recebo a resposta. Ele marca encontro comigo hoje mesmo, pois já está trabalhando num caso em Nova York.
Que sorte, não terei que esperar muito, ele marca a noite no Greenwich Village, um bairro boêmio de NY.
As dez da noite estou esperando o cara sentado no bar, de repente uma mulher lindíssima com uma mini saia e top de couro senta-se ao meu lado. Provavelmente uma prostituta.
Andrew _ Desculpe, não estou interessado.
Ela joga o cabelo para trás e ri escandalosa, olha para aquela boca, pintada com um batom vermelho e ela inclina-se na minha direção.
Taylor _ Sou Taylor o Rastreador.
Ela fala sussurrando no meu ouvido.
Eu não posso ter entendido direito! Essa é o ex agente que chamam o Rastreador?
Ela se reclina sobre o balcão do bar ficando em pé na minha frente, com as pernas no meio das minhas.
Andrew _ Você deve estar brincando!
Ela ri, como se eu tivesse contado alguma piada. Se inclina e coloca os braços no meu pescoço.
Taylor _ Melhor você colocar o braço na minha cintura e fingir que acabamos de fechar negócio, ou podemos não sair vivos daqui.
Eu faço o que ela manda, mas a proximidade com aquela deusa já está mexendo comigo. Tiro o dinheiro da cerveja que eu nem cheguei a tomar e coloco no balcão. O barmam me olha e franze as sobrancelhas. Eu ergo as minhas para ele, como a dizer que me dei bem. Ele sorri e vai atender outra pessoa.
Saio com a mulher rebolando a minha frente e não posso deixar de admirar aquele traseiro.
Assim que chegamos na rua, ela me puxa para um beco escuro. O meu coração dispara, nem sei se de medo, pois posso estar caindo numa armadilha, ou de excitação por aquela mulher.
Andrew _ Quem é você?
Taylor _ Eu te disse no bar. Desculpe, mas terei que abraçar você.
Andrew _ O quê?
Ela me abraça e a luz do farol de um carro me cega. Alguém está nos vigiando.
Taylor_ Droga.
É a única coisa que eu ouço antes de ter os meus lábios colados naquela boca linda.
Se ela está fingindo, problema dela, porque eu a beijo de verdade. O nosso contato ascende um fogo dentro de mim, que eu nunca senti antes nessa proporção.
Exploro a sua boca e língua com a minha, ouço um gemido vindo dela, não sei se está gostando ou reclamando, mas as suas mãos apertam a minha nuca.
Quando o beijo termina, sinto o meu corpo em brasas, ele está tenso e duro. Ela se afasta um pouco e me olha desconcertada.
Taylor_ Porque fez isso?
Diz numa voz rouca, que ascende ainda mais a minha libido.
Andrew _ Você começou!
Taylor _ Era para ser um beijo técnico!
Andrew _ Eu não sou ator de Hollywood!
Taylor _ Vamos pegar o seu carro e sair daqui.
Vamos até o meu carro é entramos.
Andrew _ Para aonde vamos?
Taylor _ Siga em frente, preciso saber se não seremos seguidos.
Eu faço o que ela diz
Andrew _ Porque está fazendo isso?
Taylor _ Estou infiltrada como prostituta, mas parece que estavam desconfiando do meu disfarce. E pelo jeito não ficaram convencidos, estão nos seguindo.
Pare nesse hotel e vamos para um quarto, poderemos conversar e eles vão achar que estou fazendo o programa.
Paramos no hotel de quinta, e subimos para o quarto abraçados. Entro no quarto sujo e fedido.
Andrew _ Tenho até medo de sentar nessa cama.
Taylor _ Tem uma cadeira bem ali. Pelo e-mail que você me passou com as informações sobre o caso, eu já comecei a investigar. Amanhã terei a resposta se a sua filha ainda está aqui ou foi mandada para outro lugar.
Andrew _ Você já começou a investigar? Mas ainda nem conversamos, e se não acordarmos o valor ou o seu modo de agir?
Taylor _ Isso importa? Estamos falando sobre uma garota de 16 anos e não vou deixá-la nas mãos desses criminosos.
Ela fica quieta e olha para a porta, se desloca devagar e já está com uma arma nas mãos que nem sei de onde tirou. A porta se abre e dois homens armados entram e antes que eu possa pensar em qualquer coisa, os dois estão mortos no chão.
Andrew _ Caramba! Quem é você? Lara Croft?
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Atualizado até capítulo 120
Comments
Ana Lucia Silva
Depois do beijo, deixar ele de p*u duro, só falta o Andrew dizer: É AGORA? EU FICO COMO?
OU EU FICO E "COMO"!!!
😊😊😊🤗🤗🤗😅😅😅😅😅😅😅😅😅
2025-03-28
6
Andre Santos
Já estou gostando da estória. kkkk
2025-04-10
3
Graça Fernandes
kkkkkkk nem viram o que aconteceu kkk
2025-04-06
2