A Vingança de Emilia
A pequena vila onde Isadora morava não era mais do que uma lembrança distante quando ela passou a viver sob o controle de Dante. A mansão, imponente e fria, afastava a jovem de tudo o que conhecia, e cada dia parecia mais um peso sobre seus ombros. Mas enquanto ela lutava para entender seu novo mundo, um outro drama se desenrolava nas sombras, longe dos olhos de Dante.
Emilia, uma mulher da vila, não conseguia aceitar o que havia acontecido. Ela não conseguia entender como Dante, o homem que ela amava em silêncio por tanto tempo, havia se casado com Isadora, uma mulher que nem sequer pertencia ao mundo dele. Ela sentia o veneno da inveja rastejando dentro de seu peito.
Em uma das noites mais sombrias, Emilia estava sentada à mesa de um pequeno bar da vila, o copo de vinho à sua frente, o olhar fixo na bebida. Ela estava com os olhos vermelhos, não por causa do álcool, mas pelo rancor que queimava dentro dela. A raiva era como um monstro em seu peito, e ela não sabia como lidar com isso.
“Eu não acredito que ele escolheu ela... Eu nunca fiz nada além de amá-lo”, murmurou para si mesma, a voz baixa e cheia de amargura.
Ela não estava sozinha. Ao seu lado, Carlos, um homem alto e de olhos penetrantes, ouviu cada palavra. Ele era um aliado nas sombras, alguém que tinha suas próprias intenções. Sua presença na vila estava diretamente ligada aos negócios de Dante, mas ele também tinha um interesse pessoal no que Emilia estava tramando.
“Dante é difícil de entender, Emilia", disse Carlos, a voz grave, mas suave. “Mas há algo que podemos fazer. Algo que vai colocar você de volta na posição que merece.”
Emilia o olhou com desconfiança, mas a vingança ainda falava mais alto. “O que você sugere? Quero vê-lo sofrer. Ele e aquela... Isadora.”
Carlos sorriu, um sorriso que não refletia bondade, mas astúcia. “O que você deseja é simples. Eu posso te ajudar a separar esses dois. Dante não vai deixar que ninguém o desafie, especialmente uma mulher como você. Mas, se ele souber que Isadora não é tão... pura quanto pensa ser, ele vai se afastar dela por conta própria.”
Emilia olhou para ele, pensativa, o coração acelerado. “E como você sugere que eu faça isso?”
Carlos se aproximou, a voz mais baixa, quase um sussurro. “Eu sei o que Dante valoriza. Mas ele não sabe que sua esposa tem um segredo. Um segredo que pode ser revelado. A chave está na vulnerabilidade dela. Nós apenas precisamos... puxar os fios certos.”
Os olhos de Emilia brilharam com uma mistura de raiva e excitação. “Você está falando de expor o que ela realmente é. Um erro. Ela não pertence àquele mundo.”
“Exatamente. Dante ama poder, não confiança. E se ele souber que ela é mais do que apenas uma mulher inocente, ele irá perdê-la.” Carlos deu um passo para trás e deu um sorriso enigmático. “Mas, para que isso funcione, você precisará estar bem preparada, e Isadora... bem, ela precisa se tornar a culpada.”
...
Enquanto isso, em sua mansão, Isadora estava tentando se acostumar com a vida ao lado de Dante, mas o ar ao redor dela estava sempre tenso, como se ele estivesse aguardando algo que ela não conseguia entender. Ela passou os primeiros dias se adaptando à nova rotina, mas Dante se manteve distante. Ele falava com ela o mínimo necessário, e suas interações se limitavam ao que era estritamente necessário.
Isadora se via perdida em seus próprios pensamentos, sentindo-se mais desconectada a cada dia. Ela sabia que ele a usava, e que nada entre eles poderia ser real. Mas havia algo em seu coração que ainda se apegava à esperança. Ela não sabia por quê, mas sentia que, talvez, um dia as coisas pudessem mudar.
Naquela manhã, ela estava organizando alguns papéis na mesa quando recebeu um bilhete anônimo, dobrado de forma simples. Quando o abriu, leu com pressa:
"A verdade sobre o seu casamento está prestes a ser revelada. Cuidado com quem você confia, Isadora. Seu marido não é o único que pode destruir sua vida."
Ela sentiu uma onda de pânico subir por sua garganta. Quem seria capaz de fazer algo assim? E por que alguém queria alertá-la? Mas a mensagem não falava de forma clara; apenas mais perguntas surgiam. Ela olhou em volta, mas não viu ninguém.
Nesse momento, Emilia estava observando à distância. Ela estava parada em um ponto discreto do jardim, vendo Isadora ler o bilhete, com um sorriso satisfeito nos lábios. A sementinha da dúvida estava plantada. Agora, bastava regá-la.
...
Alguns dias depois, Isadora tentou buscar respostas. Ela encontrou um homem da vila, um antigo amigo da mãe, que conhecia bem os segredos da cidade e das pessoas que nela moravam. Ao se aproximar dele, perguntou sobre quem poderia estar tentando sabotá-la.
“Você tem que tomar cuidado com Emilia”, ele disse, olhando para os lados com desconfiança. “Ela tem seus próprios motivos, e esses motivos não incluem você sendo feliz com Dante. Ela sempre foi obcecada por ele, e não lida bem com o fato de ele ter se casado com você. Não se engane, Isadora. Ela fará qualquer coisa para separar vocês.”
Isadora ficou em silêncio, a mente cheia de pensamentos contraditórios. Mas agora, ela sabia que o casamento dela com Dante estava sendo alvo de algo muito mais perigoso do que ela imaginava. Ela teria que estar atenta, porque as peças do jogo estavam se movendo rapidamente, e talvez ela fosse apenas uma delas.
Emilia, do outro lado da vila, observava tudo com um sorriso frio, sentindo que a batalha estava só começando. Ela havia dado o primeiro passo. Agora, seria uma questão de tempo até que Dante visse Isadora de uma forma bem diferente.
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Atualizado até capítulo 22
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