Isadora não imaginava que, após o encontro tenso com Dante, sua vida tomaria um rumo tão inesperado. Na manhã seguinte, ela foi chamada novamente ao escritório dele. O prédio estava imponente como sempre, e o ar lá dentro parecia denso, carregado de algo que ela não conseguia identificar. Ela estava acostumada à frieza dele, mas havia algo diferente naquele dia.
Ao entrar na sala, viu Dante atrás de sua mesa, seu olhar fixo no computador. Ele não a olhou imediatamente, como de costume. Apenas fez um gesto com a mão, como se indicasse que ela podia se aproximar.
Isadora sentiu uma leve tremedeira nas mãos. Seu estômago estava embrulhado, mas ela tentou esconder a ansiedade. Caminhou até ele, parando na sua frente.
"Você disse que gostaria de falar comigo, senhor?" perguntou, sua voz mais baixa do que ela gostaria que fosse.
Dante levantou os olhos, uma expressão inexpressiva em seu rosto. "Sim, Isadora. Sente-se." Ele fez um movimento para a cadeira diante da mesa, e ela obedeceu, sentando-se com as mãos rígidas sobre o colo.
"Eu não tenho muito tempo", disse ele, virando a cadeira para observá-la mais atentamente. "Você tem sido eficiente, o que é bom. Mas estou começando a pensar que você precisa de mais... estabilidade." Sua voz era firme, mas ao mesmo tempo não demonstrava nenhum afeto.
Isadora franziu a testa. "Estabilidade? Eu não... Eu não entendo, senhor."
Dante pousou as mãos sobre a mesa e inclinou-se ligeiramente para frente. Seu olhar, frio e calculista, se fixou em ela. "Estou falando de um tipo de estabilidade que vai além do seu trabalho aqui, Isadora." Ele pausou por um momento, como se estivesse decidindo qual palavra usar.
Ela sentiu um arrepio percorrer sua espinha. Algo no ar parecia diferente. Mas ela não sabia o que ele queria dizer.
"Você vai me casar comigo", ele disse abruptamente.
O silêncio que se seguiu foi ensurdecedor. Isadora não conseguiu conter a surpresa. “Casar… com o senhor?” Ela gaguejou, os olhos arregalados de incredulidade.
"Sim. Não se preocupe", ele continuou sem emoção, como se fosse algo trivial. "Não estou pedindo por amor. É apenas uma formalidade. O nome do meu casamento irá ajudar a fortalecer minha posição. E você será bem recompensada por isso."
Ela ficou em silêncio, processando as palavras dele, ainda sem saber se estava ouvindo aquilo de verdade. Casar-se com Dante, chefe da máfia? Ele não parecia o tipo de homem que se importava com compromissos, muito menos com relacionamentos reais. O que ele queria, então? Ela olhou para ele, tentando entender se havia algum jogo por trás daquele pedido.
“Não estou entendendo, senhor", ela disse finalmente, tentando manter a calma. "Por que eu?”
Dante se recostou na cadeira e cruzou os braços, seu olhar penetrante fixado nela. "Porque você está na posição certa. Não tem outra escolha. Eu preciso de alguém em quem eu possa confiar, alguém com quem minha imagem estará segura. E, além disso, você está se saindo bem no trabalho, então você se encaixa. Não vejo razão para recusar."
Aquelas palavras caíram sobre ela como uma sentença. Não havia emoção em sua voz, nada que indicasse que ele via nela mais do que uma ferramenta, um meio para alcançar seus próprios objetivos. Mas ele estava certo de uma coisa: ela não tinha outra escolha.
Ela engoliu em seco, olhando para ele, se perguntando se havia algum outro motivo por trás daquela proposta. Mas, no fundo, sabia que não poderia recusar. Estava sozinha, sem família, sem recursos. A ideia de estar ao lado de Dante, por mais frio e calculista que fosse, talvez fosse a única chance de sair do buraco em que se encontrava.
“Eu... aceito”, disse ela, a voz tremendo, mas firme. Ela não sabia se estava fazendo a escolha certa, mas sabia que não podia voltar atrás. Não quando ele estava lhe oferecendo tudo o que ela precisava.
Dante permaneceu em silêncio por alguns segundos, observando-a como se estivesse testando sua reação. Quando finalmente falou, sua voz era mais baixa, mas sem nenhum sinal de afeto.
“Ótimo. O casamento será uma formalidade. Não espere que ele seja... convencional. Não haverá romance. Não haverá promessas.” Ele fez uma pausa, analisando cada palavra. “Eu não preciso de um casamento real. Preciso de um contrato, algo que possa ser usado a meu favor.”
Isadora assentiu, tentando absorver tudo aquilo. Dante estava oferecendo-lhe uma vida que, até aquele momento, parecia um pesadelo. Um casamento sem amor, sem sentimento. Mas, no fundo, ela sabia que não teria outra opção a não ser aceitar.
“Entendido, senhor”, ela disse, a voz firme, mas o coração apertado. Ela não sabia o que esperar, mas estava prestes a embarcar em uma nova realidade. E, embora soubesse que não havia nada romântico naquele casamento, algo em seu peito ainda se mexia de uma maneira inexplicável.
Dante se levantou da cadeira, sinalizando que a conversa estava encerrada. "Ótimo. Então, prepare-se. A partir de amanhã, você será oficialmente minha esposa." Ele se virou para a janela, ignorando-a completamente, como se o assunto já estivesse resolvido.
Isadora ficou ali, sentada, olhando para as costas dele, ainda sem entender completamente as implicações da sua decisão. Mas uma coisa era certa: sua vida estava prestes a mudar para sempre.
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Atualizado até capítulo 22
Comments
Sena Kobayakawa
Não consigo parar de imaginar o que vai acontecer em seguida! 😫
2025-03-02
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