8 O cativeiro

Letícia 

Letícia (foto criada com Meta AI)

Me chamo Letícia, tenho 14 anos, sou fada híbrida, de natureza e fogo. Meu pai é magro de fogo e minha mãe natureza. Nasci híbrida.

Conheci Ana Clara há uns dois meses, na escola de magia, é , temos uma escola de magia em cada vila fora de Handra. Tem um centro de treinamento em Handra, mas só vamos para lá quando fizermos 18 anos, para treinar combates, até lá, vamos descobrindo nossa magia.

Eu já sei que eu tenho o dom da terra, posso abrir buraco no chão, posso trabalhar com agricultura, afofando a terra para o plantio.

Hoje eu vou dormir na casa da Ana, nós saímos da escola de magia, passamos em casa para que eu pudesse pegar algumas roupas, acabei que demorei um pouquinho. 

Já eram 8:00 da noite quando fomos pra casa dela. Faltando duas quadras fomos atacadas, foi tão rápido que quando me dei conta já estava no chão não consegui nem levantar o escudo e já estava tudo escuro.

Quando acordei estava numa cela com colchões no chão, além de Ana também estavam conosco Beatriz e Bruna.

A cela era mal ilimitada e fedia a mofo, estamos as quatro meio atordoadas.

– Vocês estão bem? - perguntei.

– Minha cabeça dói. - responde Ana.

– Meus braços e peito doem - falou Beatriz - aquela criatura estranha me pegou por traz quase me esmagou.

– Eu estou tonta, nem vi o ataque, acho que me aplicaram alguma coisa. - eu disse - mas não estou sentindo dor.

– Sorte a sua, estou toda dolorida - falou Bruna - tentei lutar mas as criaturas são rápidas, são esquisitos, parecem homens, mas tem presas longas e olhos vermelhos.

– Você lutou com eles? - perguntei 

– Sim, mas são fortes e velozes. Eles não iriam me levar, não me viram atrás do lençol. Então eu ataquei o que estava segurando a Bia que tinha desmaiado, mas apareceu mais dois e um deles me aplicou uma substância, eu apaguei. 

– O que será que eles querem? - pergunta Ana 

– Não sei, mas acho que vamos descobrir em breve.

A porta se abre e um homem vestido de mago entra, a roupa dele é antiga pois já faz muito tempo que os magos não se vestem assim, na frente da roupa tem uma faixa vertical com símbolo em vermelho, não são símbolos de Andraluz, são estranhos.

Atrás do mago entra uma criatura, o mago apontando um cajado preto para Ana diz:

– Leve essa, me parece a mais nova, vamos começar com ela.

A criatura pega Ana que está sentada no chão como se fosse um saco de batatas, eu me levanto tento ativar minha magia mas não consigo.

– Nem tentei, você não vai conseguir, está cela é protegida contra magia, sua magia não funciona aqui. - disse o mago - foi muito inteligente e providencial Carmela ter deixado essa cela.

😱 Nós estamos nas cavernas da montanha sombria, como? As cavernas tinham sido soterradas há 500 anos atrás.

Eles levaram Ana e depois de meia hora vieram e pegaram Bia, Bruna tentou impedir, mas foi jogada contra a parede pela criatura.

O que será que estão fazendo com elas? Porque não voltam? Achei que seria minha vez depois de meia hora que levaram Bia, mas não, pegaram Bruna, acho que é porque ela estava meio apagada querendo acordar.

Eu estava esperando quando ele veio me buscar, fui sem residência, mas assim que saí da cela, eu ativei meu escudo, qualquer coisa que fossem fazer comigo, teriam que passar pelo meu escudo.

Entrei numa sala bem iluminada, chegou a arder meus olhos, mas eu vi as meninas sentadas em um canto, pareciam fracas. 

Eu estava com minha magia ativa poderia sair com teleporte, mas e as meninas? Não entendi o que aconteceu com elas, então resolvi esperar.

A criatura me colocou na parede e me amarrou nela. Mesmo com as mãos amarradas, não impedia de eu usar meu dom de terra.

O mago entra e fica na minha frente recita umas palavras e uma fumaça preta sai do cajado, a fumaça bate no meu escudo mas não entra, envolve todo o meu corpo. 

Neste momento eu ativo o meu dom e quebro a parede onde está a algema, quando o pó levanta eu saio da fumaça, corri até às meninas.

– Preparadas? Vamos fugir.

– Como estamos sem magia. - diz Bruna.

– Você consegue  andar? - pergunto baixinho.

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