o sequestro

Talita acordou lentamente, sentindo uma dor intensa na cabeça. Ela estava deitada em uma cama estranha, em um quarto que não reconhecia. A janela estava fechada, e a luz que entrava era fraca e difusa.

Talita tentou se sentar, mas sentiu uma tontura intensa. Ela precisou se deitar novamente, fechando os olhos para tentar se orientar. Quando ela abriu os olhos novamente, viu uma figura sentada em uma cadeira ao lado da cama.

Era um homem alto e magro, com olhos negros que pareciam estar olhando direto para a alma de Talita.

"Quem é você?", Talita perguntou, tentando manter a voz firme.

O homem não respondeu. Em vez disso, ele se levantou e saiu do quarto, fechando a porta atrás de si.

Talita ficou sozinha no quarto, sem saber onde estava ou o que havia acontecido. Ela precisava encontrar uma maneira de escapar e descobrir a verdade sobre o seu sequestro.

O homem retornou ao quarto, trazendo consigo uma expressão séria e preocupada.

"Meu nome é Elijah", disse ele. "E você, Talita, é uma jovem muito especial. Você tem poderes mágicos, um dom, um presente que poucas pessoas da sua idade possuem."

Talita franziu a testa, confusa.

"Poderes mágicos?", perguntou ela.

Elijah sorriu, um sorriso que parecia mais uma expressão de tristeza do que de alegria.

"Você tem a capacidade de fazer magia", explicou ele. "Você é uma bruxa, vinda de uma poderosa linhagem de bruxos Lockwood."

Talita sentiu um arrepio na espinha.

"O que você quer de mim?", perguntou ela, tentando manter a voz firme.

Elijah suspirou.

"Eu quero ajudá-la a controlar seus poderes", respondeu ele. "Eu quero ajudá-la a entender o que está acontecendo com você."

Talita não sabia se podia confiar em Elijah, mas sabia que precisava de ajuda.

"Mas antes de te ajudar, eu preciso saber dos seus pais", disse Elijah. "Onde eles estão? Existe uma pessoa muito interessada em ter contato com eles."

Talita sentiu um arrepio na espinha ao ouvir as palavras de Elijah.

"Meus pais estão mortos", mentiu Talita, tentando manter a calma.

Elijah sorriu, um sorriso que parecia mais uma expressão de desdém do que de alegria.

"Não minta para mim, Talita", disse ele. "Eu sei que seus pais estão vivos. E eu sei que eles têm algo que eu quero."

Talita sentiu um medo intenso ao ouvir as palavras de Elijah.

Os pais de Talita haviam abandonado ela e o irmão quando ainda eram muito novos. Talita tinha um irmão mais velho, Kai Lockwood, que tinha 22 anos. Para Talita, Kai sempre foi o irmão protetor e leal, que a ensinou a ser bondosa e a ajudar todos em sua volta.

No entanto, apenas aqueles que não o conheciam de verdade viam Kai dessa forma. Os que o conheciam mesmo sabiam exatamente como ele era: um homicida, psicopata, que só se importava com as pessoas que seriam úteis para os seus planos. Se você não fazia parte dos planos dele, para ele conseguir o que queria, você seria descartável.

Mas a sua irmã não o via dessa forma. E, apesar da sua personalidade sociopata, Kai também era um jovem muito charmoso, com cabelos pretos lisos e olhos verdes. Em alguns traços físicos, ele se parecia muito com sua irmã.

"Eu não vou levar você até meus pais", disse Talita, tentando manter a voz firme.

Elijah suspirou. "Então, você não quer minha ajuda", disse ele. "Muito bem. Você vai ter que encontrar outra maneira de controlar sua magia."

E com isso, Elijah se levantou e saiu do quarto, deixando Talita sozinha e confusa.

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