Descanso.

Depois de passar um tempo com sua tia, Asuka finalmente conseguiu voltar a dormir em um quarto de hóspedes no apartamento de Kuti. Enquanto isso, Alex não pregava seus olhos e se manteve firme.

“Alex, não é?” Perguntou Kuti.

“Sim, isso mesmo,” respondeu Alex, sem tirar os olhos da porta do quarto de Asuka.

Kuti se aproxima.

“Alex, você parece cansado,” disse ela. “Acho que deveria descansar, talvez até dormir um pouco.”

Alex balançou a cabeça, ainda sem tirar os olhos da porta do quarto de Asuka.

"Não posso dormir agora", disse ele. "Preciso garantir que Asuka esteja segura".

Kuti olhou para Alex com uma expressão de compreensão.

"Eu entendo", disse ela. "Mas você não pode se esgotar. Precisa descansar para poder proteger Asuka de forma eficaz".

Alex hesitou por um momento antes de responder.

"Eu estou bem", disse ele. "Posso aguentar um pouco mais".

Kuti balançou a cabeça, com uma expressão de desaprovação.

"Alex, você não é invencível", disse ela. "Precisa aprender a se cuidar também".

Alex suspirou e finalmente concordou em descansar um pouco. Kuti o levou a um quarto próximo ao de Asuka e lhe disse para dormir um pouco.

"Eu vou ficar de olho em Asuka", disse ela. "Você pode confiar em mim".

Alex assentiu e se deitou na cama, sentindo-se um pouco mais relaxado agora que sabia que Asuka estava sendo cuidada. Ele fechou os olhos e logo adormeceu, exausto.

Enquanto dormia, Alex acabou sonhando com lembranças de seu passado.

“Eu… Não consigo,” lamentou um menino de 12 anos.

“Alex você não é um covarde,” disse Donato. “Você deve a mim, e eu estou te criando para que você possa pagar essa dívida, agora acabe logo com isso!”

Naquele exato momento, o cão feroz avançou na direção de Alex que com lágrimas nos olhos, o socou assim que o cão saltou para abocanhá-lo.

O cão caiu, mas logo se recuperou e avançou contra Alex. Alex se esquivou da investida do animal, mas o agarrou pela garganta colocando sob seu braço e lhe aplicou uma guilhotina.

“Isso garoto,” disse Donato. “Agora acaba com ele.”

Ouvindo o desejo de seu tudor, Alex apertou a guilhotina estrangulando o animal até quebrar o seu pescoço. Assim que o animal parou de se mexer, Alex jogou de lado o seu corpo sem vida.

“Ah cara, não acredito.” Lamentou o dono do cão.

“Aposta é aposta,” disse Donato. “Eu disse para você que meu cão era melhor do que o seu, agora passa a grana para cá, seu mau perdedor.”

De repente Alex acorda. A princípio ele estranha o quarto onde estava.

Alex olhou de um lado para outro, e viu que os raios de sol passavam pelas cortinas da janela Ele se colocou de pé assim que se lembrou que sua missão de proteger Asuka continua, mas antes que pudesse sair do quarto, ele viu que havia uma muda de roupas limpas para ele na beira da cama e um bilhete.

“Bom dia, eu sei que sua missão continua, mas tome um banho primeiro. Minha sobrinha não pode ficar andando por aí com um homem fedorento,” dizia o bilhete.

Alex fez uma careta enquanto cheirava por baixo de suas axilas.

“Eu acho que deveria mesmo tomar um banho,” resmungou Alex.

Então após o banho, Alex seguiu o cheiro de café recém-preparado até a cozinha.

Ao entrar na cozinha, Alex viu Kuti preparando o café da manhã. Ela sorriu ao vê-lo entrar.

"Bom dia, Alex", disse ela. "Eu espero que você tenha dormido bem".

Alex assentiu, sentando-se à mesa.

"Sim, obrigado", disse ele. "Eu preciso admitir que eu estava precisando".

Kuti sorriu e serviu um copo de café para Alex.

"Eu imaginei que você estivesse precisando", disse ela. "Você pareceu muito cansado ontem à noite".

Alex pegou o copo de café e tomou um gole, sentindo-se revigorado.

"Obrigado", disse ele. "Isso é exatamente o que eu precisava".

Enquanto Alex tomava seu café, Kuti começou a preparar o café da manhã para Asuka. Alex olhou para ela e perguntou:

"Como está Asuka?"

Kuti sorriu e respondeu:

"Ela está bem. Ainda está dormindo, mas eu acho que ela vai acordar logo".

Alex assentiu, sentindo-se aliviado.

"Ótimo", disse ele. "Eu estou ansioso para falar com ela novamente".

Kuti termina de pôr a mesa.

“Vocês dois já devem ter passado por muita coisa em tão pouco tempo, não é mesmo?” Perguntou Kuti.

"Sim, é verdade", respondeu Alex, olhando para Kuti com uma expressão séria. "Nós temos que estar sempre em alerta, pois a organização Kuroba não vai parar até que consiga o que quer".

Kuti assentiu, com uma expressão de compreensão.

"Eu sei", disse ela. "Eu também tenho experiência com a organização Kuroba. Eles são perigosos e não hesitam em usar a violência para alcançar seus objetivos".

Alex olhou para Kuti, com uma expressão de curiosidade.

“Você deve ter visto muita coisa, não é?” Perguntou Alex.

Kuti hesitou por um instante, antes de responder.

“É, eu vi sim, e também fiz… Foram coisas que eu não tenho orgulho de dizer que vi ou fiz é claro,” lamentou Kuti.

Alex olhou para Kuti com certa compreensão.

“É, eu… Meio que te entendo,” disse ele. “Eu também vi e fiz coisas de que não me orgulho, mas que foram necessárias para a minha sobrevivência.”

Kuti olhou para Alex com surpresa, pois mesmo depois de já ter tido uma conversa parecida antes, ela não esperava tamanha compreensão.

“Obrigada, Alex,” disse Kuti.

Confuso, Alex perguntou:

“Pelo quê?,” ele franziu a testa.

“Por ser tão compreensível,” respondeu Kuti.

De repente um bocejo interrompe a conversa de Alex e Kuti.

“Bom dia tia, Alex,” disse Asuka ainda meio sonolenta.

Kuti sorriu gentilmente.

“Bom dia minha pandinha, sente-se,” disse Kuti. “O café está servido.”

Asuka caminhou lentamente até a mesa e se sentou com Alex e Kuti.

Vendo que Asuka ainda tinha um semblante cansado, Alex ficou preocupado.

“O que houve, Asuka?” Perguntou ele. “Você não parece ter dormido muito bem.”

Asuka ficou olhando para o nada por alguns segundos se recordando do porque não havia dormido bem.

“Pesadelos… Pesadelos de tudo isso que está acontecendo,” disse Asuka. “O rosto daquelas pessoas que morreram não sai da minha cabeça.”

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