— Nanda como você cresceu -Murmura Arthuro com um enorme sorriso.
— O senhor também, nem parece aquele garoto que vivia descalço correndo de um lado para o outro com a Maribel.
-E falando nela, cadê ela? — Pergunta, essa era uma informação que ele estava desejando saber desde a sua chegada.
— Ela está...
A sua fala é interrompida por um rapaz e uma moça, eles estavam rindo e pareciam muito felizes.
— Finalmente vocês chegaram -Disse Helena irritada. — Todos nós esperamos para o almoço e nem sinal de vocês.
— Desculpas mãe -Fala a moça de cabelos dourados, de sorriso largo, enquanto abraça a mãe ainda sentada à mesa.
— Senta para almoçar. Fernanda traz mais dois pratos para esses dois -Manda Helena.
— Sim, senhora.
Fernanda sai do jardim e vai direto para a cozinha da fazenda. A moça loira e o rapaz se sentam a mesa para almoçarem.
— E quem é esse moço bonito -Fala a loira sem rodeios.
- O seu primo Arthuro. — Afirma Rogério.
— Eu não lembro de vocês dois. — Diz Arthuro tentando buscar na memória.
— Estudamos no colégio interno, estamos na fazenda faz um ano mais o menos. — Diz o rapaz, enquanto se serve.
Cristina e Rubens eram irmãos, ambos tinham 27 anos, viveram a maior parte da vida no internato. Os pais exigiram que voltassem, pois, os seus avós logo mais não estariam mais ali na fazenda, dessa forma eles precisavam aprender a cuidar dos negócios da fazenda e da fam— Mais
-Mais tarde você vai fazer algo? — Pergunta Rubens enquanto se serve.
-Na verdade, ainda não sei, estou me adaptando. — Afirma desconcertado.
-A noite vamos para a cidade, acabou de abrir um bar com música ao vivo.
— Por mim tudo bem, eu vou andar a cavalo agora, relembrar os velhos tempos.
-Toma muito cuidado meu filho.
-Pode deixar vó.
Arthuro levanta da mesa, vai até os estábulos escolher um cavalo para montar. Sebastião está no estábulo escovando um dos cavalos.
-Boa tarde, Sebastião? -Pergunta Arthuro.
-Isso mesmo Doutor, posso te ajudar? -Pergunta o rapaz de rosto nenhum pouco simpático.
-Eu preciso cavalgar um pouco, conhecer um pouco a fazenda. Qual cavalo posso montar?
-Pode ser esse, ele é o trovão, é o preferido do Senhor Otávio. Completou 17 anos de idade ontem.
-Está novo -Diz enquanto alisa o cavalo.
-Seu avô comprou depois que vocês pararam de passar as férias aqui. Eu vou prepara-lo para você montar.
-Obrigada.
Depois de quinze minutos mais o menos o cavalo já estava pronto, Arthuro subiu com a ajuda do Sebastião e saiu, ele precisava espairecer um pouco, sua mente ainda estava na cidade e em tudo que havia ocorrido.
O desprezo da família e o abandono de todos o fazia se sentir cada vez mais um excluído. Enquanto saia pela a fazenda, Arthuro respirou fundo, sentindo o aroma terroso da fazenda misturado ao cheiro suave das flores silvestres.
O sol já estava se inclinando no horizonte, tingindo o céu de um laranja profundo que refletia sua confusão interna. Ele havia trocado a agitação da cidade grande pela tranquilidade do campo, mas essa transição não estava sendo fácil. Em um momento, sua vida era repleta de compromissos, reuniões e sonhos urbanos; no momento seguinte, ele se via sozinho entre vastas extensões de verde, buscando sentido para sua nova realidade.
Trovão
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Atualizado até capítulo 54
Comments
Creuza De Jesus Oliveira Alves
autora trás ele de volta e case ela com a secretária a nova katarina tadinho ele tá deslocado e voltar e falar com irmão
2025-03-06
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Creuza De Jesus Oliveira Alves
ele erro erro o pai devia ter conversado com ele não dá o desprezo quem não erra atire a primeira pedra.
2025-03-06
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